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Mostrando postagens de janeiro, 2021

Por quê? (409) – Quando...

Cláudio Amaral Quando tudo era importante, ele pouca importância dava para o que tinha, sabia e podia fazer. Quando ele tinha a boca cheia de dentes, ele não sorria, nem fazia a mínima questão de mostrar a alegria que estava a sentir. Quando ele era considerado um homem bonito, não valorizava a própria beleza. Quando ele estava cheio de saúde, fazia pouco caso do próprio bem-estar. Quando o dia estava claro, ensolarado, para ele era o mesmo que estar carrancudo, nublado. Quando ele ganhou o primeiro brinquedo, a reação foi nenhuma; ele reagiu como se tivesse milhares e milhares de objetos para brincar e se divertir. Quando ele recebeu o primeiro elogio da vida, nada, nenhuma reação ele teve; nem contra, nem a favor. Quando alguém perguntou qual era a cor favorita dele, ele não fez a menor questão de dizer ou azul ou preta ou vermelha; tudo para ele era cor, a mesma cor. Quando a moça mais bela do pedaço deu bola para ele, a reação dele foi de indiferença; até parec

Por quê? (408) – O ano de 2120

Cláudio Amaral Como será o ano de 2120? Sim: como estará o Mundo e a Humanidade daqui a 100 anos? Saber eu não sei e nem me atrevo a prever. A única certeza que tenho hoje, em princípios de 2021, é que nenhum de nós estará aqui para falar com conhecimento de causa e lucidez de 2020, o ano da pancadaria do vírus chinês . Ou será que a ciência estará tão evoluída a ponto de permitir que o ser humano viva mais, muito mais, que 100 anos? Pelo sim, pelo não, certeza não há não. Disso tenho certeza. Mas qu’eu gostaria de estar aqui em 2120, sim, disso estou certo, certíssimo. Gostaria, por exemplo, de saber – e ver bem de perto – como estará a maldita classe política, a pior raça do mundo em todos os tempos. Como estarão os defensores e os críticos de políticos como os atuais, todos eles, sem exceção. Os jornais impressos ainda existirão? E aqueles órgãos e empresas que se intitulam institutos de pesquisa da opinião pública? E os livros, como estarão (os meus, inclusi

Por quê? (407) – O bolo preto

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Paulo César Bravos está na capa do livro Por quê? Crônicas de um questionador   ao lado da sobrinha Cláudia e em pelo menos sete crônicas de Cláudio Amaral Cláudio Amaral O bolo preto foi tema do café da tarde de hoje, dia 1º de Janeiro de 2021, que vem a ser também primeira sexta-feira do mês e do Ano-Novo. Estávamos sentados à mesa da nossa cozinha, Sueli Bravos do Amaral e ieu , quando ela me relatou a conversa que teve instantes atrás com a mãe dela, Aparecida Grenci Bravos. Sueli queria fazer a Bisa Cida se lembrar do aniversário do terceiro filho que o casal José e Aparecida tiveram em 1951, em Marília (SP). E como a mãe custou a se recordar, a filha cerrou os punhos, bateu com os dois na mesa e disse: Eu não quero bolo preto. Eu não quero bolo preto . Foi o suficiente para a mãe/avó/bisa dizer na hora: Hoje é aniversário do Paulo César! Sim. Acertou. Hoje, se vivo estivesse, Paulo César Bravos estaria completando 70 anos de idade. Só não está porque Deus, como acredita