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Mostrando postagens de julho, 2021

Por quê? (415) – No tempo dos bondes elétricos

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Os bondes elétricos circularam pelas vias paulistanas até 1968 Cláudio Amaral Na minha primeira passagem por São Paulo, Capital, nos anos 1950, a cidade era bem diferente. Tinha poucos arranha-céus, trânsito tranquilo, gente sem estresse e o número de veículos era bem menor nas nossas estreitas vias públicas. O sistema metroviário só era conhecido de perto por quem viajava, por exemplo, para Nova Iorque ou alguma cidade grande da Europa. Aqueles que seguem essas minhas crônicas sabem que nasci em Adamantina, no Interior paulista. Já leu também qu’eu vim de lá, via Marília, quando ainda tinha cinco anos. E conhece o motivo da mudança de minha família: meu pai buscava cura para a paralisia infantil de meu irmão Clóvis, pois na época ainda não existia a vacina descoberta pelo Cientista Albert Sabin ( Albert Sabin – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) , que só chegaria ao Brasil nos anos 1960. Vivemos aqui até logo depois da Copa do Mundo de 1958, a primeira ganha pela se

Por quê? (414) – Cinquenta anos de SP

Cláudio Amaral   Vim para a Capital paulista em Maio de 1971 e cá estou vivendo há 50 anos. Estava noivo e me casei quatro meses depois com Sueli Teresinha Bravos em 5 de Setembro daquele ano. Quando o Estadão, ou melhor, o jornal O Estado de S. Paulo, me transferiu da sucursal de Campinas para a Redação central, na maior e mais importante cidade do Brasil, tinha ieu apenas 21 anos de idade. Era, na linguagem jornalística, um foca , a alcunha que se dava a um repórter em início de carreira, que mal sabia das coisas do dia a dia de um diário. Escrever ieu sabia. Até porque os muitos professores de Português que tivera até então haviam me ensinado que escrever é fácil: basta iniciar a frase com uma letra maiúscula e terminar com um ponto final . E isso repito até hoje para quem me diz que escrever é difícil . Sabia escrever também para jornal diário, porque bons professores de Jornalismo tivera. O primeiro foi Irigino Camargo, criador do Jornal do Comércio de Marília e o prim

Por quê? (413) – Como é bom ser Avô!

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Murilo, Beatriz e Mariana, os nossos netinhos queridos Cláudio Amaral Por muitos e muitos anos me declarei presidente da associação dos sem netos . Mas, no dia em que minha Filha querida Cláudia Márcia do Amaral, hoje Gouvêa, veio com o marido nos comunicar que estava grávida, a tal presidência virou passado. Hoje, 14 anos depois do nascimento da queridíssima Beatriz do Amaral Gouvêa, meu mundo é outro. O meu e o da Vovó Sueli. Até porque depois da Beatriz vieram mais dois netinhos: o Murilo do Amaral Gouvêa, irmão dela há 11 anos, e a sapequinha Mariana Bellizzi. Cada um dos três netinhos tem uma característica marcante. Claro, lógico, evidente , como diria um dos meus Amigos. E não poderia ser diferente. Beatriz foi por muitos anos nossa preferida, simplesmente porque era a primeira e também a única. Ela passou um bom tempo conosco, aqui em casa, porque a Vovó decidira que, por pelo menos um ano a criança não deve ir para a escolinha . A mamãe Cláudia, ou, às vezes, o p

Por quê? (412) – O meu coelhinho de estimação

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O meu coelhinho de estimação era bem parecido com esse Cláudio Amaral Assim como o Poeta Manuel Bandeira teve um bichinho de estimação, o chamado Porquinho da Índia (*) , também tive o meu. E o meu bichinho de estimação não era um porquinho, mas um coelhinho. Isso foi lá pela segunda metade dos anos 1950, quando, tal como Bandeira, tinha ieu em torno de seis anos de idade. Na época, minha família, toda formada por caipiras do Interior paulista, morava, aqui na Capital paulista, no bairro do Sacomã, logo depois do famoso e histórico Ipiranga. Havíamos vindo de Adamantina, a cerca de 600 quilômetros da Capital, porque meu pai, Lázaro Alves do Amaral, buscava cura para a paralisia infantil do terceiro, Clóvis Francisco. E fomos morar no único lugar em que existia um imóvel com aluguel que ele, o pai, conseguia pagar. Como a situação financeira da família era difícil, todos nós trabalhávamos: o pai como tintureiro, ieu como ajudante numa sapataria do bairro e depois como auxiliar

Por quê? (411) – Meu primeiro curso online

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Cláudio Amaral Apesar de estarmos há mais de um ano em regime de trabalho interno, o chamado home office , só no dia 23 de Junho de 2021, e depois de quatro semanas, concluí meu primeiro curso online, ou seja, via aulas à distância. Foi o curso de Ética e Literatura que frequentei sem sair do lugar, graças a iniciativa do EDEM (Estratégias Digitais para Empresas de Mídia). As aulas, ministradas toda quarta-feira, das 9h às 10h45, nos dias 2, 9, 16 e 23 de Junho, tiveram o comando do Professor Rafael Ruiz ( foto ). Eu, particularmente, o conheci em 2003, quando do mestrado que fiz em Jornalismo para Editores. Rafael Ruiz é Historiador, com H maiúsculo. Ele tem o dom de ensinar. E ensina tudo explicadinho, nos mínimos detalhes. Nasceu no ano de 1.956, na cidade de Sevilla, na Espanha. Está no Brasil desde 1.975 e nos disse ao final da última aula que gosta do nosso País porque aqui as pessoas exalam carinho. Têm calor humano, mais precisamente. Foi com esse carinho e muito calor