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Mostrando postagens de agosto, 2009

Por quê? (171) O valor da leitura

Cláudio Amaral Quando comecei a aprender a ler e a escrever, criança pequena lá em Adamantina (SP), não tinha ideia do quanto a leitura me seria importante. Hoje, prestes a completar 60 anos de idade, continuo a valorizar a leitura e cada vez a valorizo mais. Sem possuir o domínio que tenho da leitura – em português, claro – eu não seria capaz de ter lido centenas e centenas de livros. Livros que ainda tenho comigo, como quase todos de Machado de Assis. Livros que me foram emprestados e que devolvi, por respeito aos seus donos e a outras pessoas a quem eles, os livros, pudessem ser cedidos, ainda que por tempo determinado. Livros que ainda estão me esperando, aqui em Santos e lá em São Paulo, onde está a maioria de todos quantos consegui acumular. Mas não são apenas os livros que me deliciam e me encantam, a ponto d’eu valorizar a minha capacidade de ler e ler muito. As revistas, também. Os jornais, então, nem te falo, caro e-leitor. E essa conversa toda – que parece “conversa fiada”,

Por quê? (170) Santos, uma benção!

Cláudio Amaral Mudar para Santos me foi uma benção. Uma benção que, sinceramente, não sei se mereço. Mas, penso que, se Deus me deu essa oportunidade, é porque fiz jus. É porque mereci. Ou será que Ele está apostando em mim, mais uma vez? Ou estaria Ele me testando? Pelo sim, pelo não, sinto-me num paraíso, estando em Santos. E não é só pelas praias que tenho à minha frente, aqui em Santos. Não é, também, só pelos raios solares que nos banham – como ontem e hoje, por exemplo – aqui em Santos. Nem pelas chuvas, que são frequentes e refrescam a temperatura em quase toda a Baixada Santista. Não é, igualmente, apenas pela vista que tenho do Oceano Atlântico (“o marzarzão, vovô”, como diz a pequena e querida Beatriz, olhando a partir da janela da sala do apartamento que estamos, Sueli e eu, a ocupar na Aparecida, quase Ponta da Praia). Nem o brilho que vejo nos olhos dela, a pequena Beatriz, quando vê um “naviozão” passar pelo “marzarzão”, rumo ao cais do Porto de Santos ou a alto-mar, me f

Por quê? (169) Santos para não santistas

Cláudio Amaral Para fazer jus ao que ouvi de um Amigo santista, na semana passada... - Você escreve a respeito de Santos como se aqui houvesse nascido ... ...me dispus a fazer uma caminhada especial na manhã desta segunda-feira. O dia não estava dos mais claros. Antes, entretanto, que escurecesse mais, fui à luta. Primeiro, tomei um bom café da manhã na Padaria Cristo Redentor, na esquina da Avenida Epitácio Pessoa com a Rua Trabulsi, na Ponta Praia. Depois, fui em direção a avenida da orla santista e, ao invés de virar à esquerda e seguir rumo à balsa que liga Santos com Guarujá, tomei o caminho contrário. Passei pelos canais 6, 5, 4, 3, 2 e 1. Fui até a divisa de Santos com São Vicente, mas, antes de cruzar a linha divisória entre as duas cidades, fiz algumas incursões. No Canal 2, por exemplo, andei rumo à Vila Belmiro, aonde vou sempre que me disponho a visitar o casal de Amigos Cristina Saliba e Carlos Conde e ou aos jogos do Santos FC, no “Alçapão”. Desta vez, entretanto, descobr

Por quê? (168) Acelera, Rubinho!!!

Cláudio Amaral Exatamente às 9h41 deste domingo chuvoso, aqui em Santos, meu filho caçula me chamou pelo celular para dizer: - Um dia, pai, alguém tinha que errar a favor do Rubinho . Flávio Murilo do Amaral, meu filho caçula, estava em São Paulo e não acreditava no que via ao vivo, pela TV Globo, direto de Valencia, na Espanha. Ele queria saber do pai, que acompanhou de perto, bem pertinho, quase todos os GPs de Fórmula 1 disputados no Brasil, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro, ora a serviço do Estadão, ora pelo Correio Braziliense, se era verdade o que via pela televisão. Sim. Era verdade, sim. Mas poucos acreditavam no que estava acontecendo. Rubens Barrichello, o nosso querido Rubinho, havia largado em terceiro no grid do Grande Prêmio de Valencia, passara para a segunda colocação após a primeira parada do líder e atual campeão mundial Lewis Hamilton (McLaren/Inglaterra) e atrás de Heikke Kovalainen (McLaren/Finlândia), que havia saído em segundo. Flávio e todos nós, os f

Por quê? (167) Santos e os Objetivos do Milênio

Cláudio Amaral Ninguém pode acusar as cabeças pensantes de Santos de não estarem de olhos voltados para o futuro. Sejam elas do setor público, da iniciativa privada ou do terceiro setor. A prova disso foi exposta clara e publicamente no final da tarde desta segunda-feira, no Salão Nobre Prefeito Esmeraldo Tarquínio, no Palácio José Bonifácio, onde funciona a sede da Prefeitura de Santos. Lá estiveram, por cerca de uma hora, toda a cúpula da administração pública municipal, seis parlamentares com mandatos junto à Câmara de Vereadores e 50 representantes de organizações comunitárias da Capital da Baixada Santista. Entre elas, o comandante e autoridade máxima da cidade, o engenheiro e prefeito João Paulo Tavares Papa, mais o vice-prefeito Carlos Teixeira Filho (também secretário da Assistência Social) e quase todo o secretariado municipal. Representando o setor empresarial estava Ronaldo de Souza Forte, um dos mais atuantes da Baixada Santista, diretor Regional Titular do Centro das Indús

Por quê? (166) Dance, Santos! Dance!

Cláudio Amaral Santos, a cidade mais importante do litoral paulista, tem uma dívida para com Niterói, no Estado do Rio de Janeiro. Uma dívida impagável. A população de Santos para com os habitantes de Niterói. A dívida é resultado de uma apresentação impagável que o Ballet da Cidade de Niterói nos ofereceu na noite de sexta-feira, no palco do Sesc, no bairro Aparecida. Tínhamos, Sueli e eu, comprado ingressos para a apresentação deste domingo, 16/8/2009, a partir das 16 horas. Mas trocamos as entradas em cima da hora, no sábado, logo após a missa que marcou a passagem do décimo aniversário da morte do nosso saudoso José Arnaldo, o jornalista, herói da Segunda Guerra Mundial, nascido José Padilla Bravos. Trocamos e não nos arrependemos. Foi uma noite diferente. Não pelo teatro. Nem pela dança. Foi diferente por tudo: pelo teatro, pela dança, pela companhia e... pela homenagem a Pixinguinha. Sim, a apresentação do corpo de baile de Niterói – ou melhor, da Companhia de Ballet da Cidade de

Por quê? (165) Mamãe, mamãe, mamãe...

Cláudio Amaral Exatamente neste domingo, o Dia dos Pais de 2009, eu me dediquei integralmente à minha mãe. Até porque não tenho pai desde 1985, quando o senhor Lázaro Alves do Amaral, o ‘seu’ Lazinho, nos deixou, vítima de insuficiência cardíaca, em Marília. Acordei cedinho, peguei meu Honda Fit e às 7h30 estava a sair do prédio em que vivo com Sueli, em Santos, rumo a São Paulo. Subi a Serra do Mar e fui direto ao endereço de minha irmã caçula, no Ipiranga. Como havia combinado com meu sobrinho Gustavo Moreno, que agora está mais palmeirense do que nunca, cheguei lá minutos, poucos minutos após 9 horas da manhã. Clélia, a caçulinha, me aguardava. Ela, os filhos Gustavo e Luciano, torcedor do Santos FC, e mulher dele, Thaís. Os dois, mais jovens e fortes do que eu, desceram Dona Wanda usando uma cadeira de rodas, colocaram ela e as bagagens no carro e fomos, os três – minhas mãe e irmã, mais eu – rumo ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Foi de lá que saiu para Campo Grande o avião

Por quê? (164) Sem peça de reposição

Cláudio Amaral Certa vez, algo em torno de 1996, uma profissional de Recursos Humanos que me entrevistava para decidir se me contrataria ou não para trabalhar na empresa a que ela servia, me perguntou: - Por que você quer mudar de emprego? E eu, ingenuamente, respondi: porque meu diretor é uma pessoa complicada, muito difícil. E ela, a profissional de RH, quebrou minhas pernas ao me dizer, de pronto, na cara e na lata: - Todos os seres humanos são complicados. Diante da minha cara de interrogação, ela emendou: - Imagine você se todos nós fossemos descomplicados, previsíveis? E enquanto eu fazia o que ela havia me pedido, ou seja, imaginava seis bilhões de pessoas agindo sempre dentro da mesma lógica e do mesmo comportamento, ela, novamente ela, disparou: - O mundo seria a maior chatice. Monotonia total. Deixei o prédio em que funcionava a Reuters, a maior agência de informações do mundo, na região da Praça da Sé, bem no centro financeiro de São Paulo, e voltei com o rabo entre as perna

Por quê? (163) Um café, por favor

Cláudio Amaral Além da chuva, o frio também nos deu uma trégua, aqui pelos lados de Santos e da Baixada Santista. A quinta-feira amanheceu com previsão de “dia ensolarado” e aos poucos os raios solares foram tomando conta de tudo. Por isso, mas mais ainda por conta de um compromisso importante, acordei às 6h10, me espreguicei e, antes que me levantasse, tive uma grande alegria. Uma voz infantil, vinda de cerca de um metro de distância, indicando um sorriso angelical, disparou em minha direção: - Bom dia, vovô? Era Beatriz, a netinha que pedimos a Deus, Sueli e eu. A filha de nossa filha Cláudia, e de Márcio Gouvêa, está a passar a semana por aqui porque a escolinha também pediu férias e que mamães e papais mantivessem os filhos em casa por conta da gripe suína. Alegria, alegria, alegria. Nosso apartamento é só alegria, porque Beatriz do Amaral Gouvêa nos enche de alegria pela manhã, à tarde e à noite. De vez em quando, ela fica com sono e dá uns chiliques. Mas, nada que a vovó não cons

Por quê? (162) Em 30 anos!!!

Cláudio Amaral O frio continua, mas a chuva deu uma trégua, finalmente. Em Santos, pelo menos. Pois nem o frio me meteu medo neste início de semana, a primeira do mês de agosto de 2009. Tanto que, ainda em férias, coloquei roupa boa, capaz de impressionar aos mais exigentes, e fui para as ruas, literalmente, nestas segunda e terça-feiras. Fui disposto e voltei animado. Saí de casa (apartamento, na verdade), aqui junto ao Canal 6, no bairro da Aparecida quase Ponta da Praia, por volta da uma hora da tarde de segunda-feira e só voltei depois das 10 e meia da noite. E em todo esse tempo só fiz gastar solas de sapatos. Ou seja: fiz todos os trajetos andando, caminhando e sem pegar nenhum ônibus sequer. Carro? Nem pensar. O clima estava ameno, convidativo, tanto de dia quanto de noite. Fui cheio de vontade e retornei repleto de entusiasmo. A razão (melhor seria escrever... as razões) foi tudo o que vi e ouvi tanto na Associação de Engenheiros e Arquitetos quanto no Instituto Histórico e Geo

Por quê? (161) A Missa de domingo

Cláudio Amaral Em Santos, neste inverno, faz um frio de espantar pinguim. Hoje, domingo, 2/8/2009, especificamente, amanheceu tudo encoberto aqui pelos lados do bairro Aparecida: os prédios, as casas, o Canal 6 (que divide Aparecida da Ponta da Praia) e as árvores. Chuva, como nos últimos 15 dias, felizmente não tivemos nesta manhã. Acordei por volta das 7 horas e não dei trégua para a baixa temperatura. Nem para o termômetro eu olhei. Tirei o pijama, vesti roupa de missa e, mesmo sem o café de todas as manhãs, fui para a... Celebração da Missa. Sueli avisou que irá à tarde, na missa das 17 horas. Eu, não. Eu, hoje, preferi a primeira missa da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, aqui perto de onde moramos, Sueli e eu. Até porque das 16 às 18 horas estarei ligadíssimo no jogo a ser disputado no Pacaembu, em São Paulo, seja via rádio ou televisão. A fase do meu Corinthians não é das melhores, mas, como todos os corintianos que se prezam, eu continuo acreditando – e muito – no Timão. Me