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Mostrando postagens de 2014

Por quê? (348) – Vem, vamos embora...

Cláudio Amaral A aula desta manhã com a Professora Silvia Cristina Lambert Siriani me levou de volta aos anos 1960. À minha infância e parte da juventude que vivi em Adamantina, no Interior paulista. E espero jamais esquecer da primeira vez que fui até o auditório do Prédio 7 da FMU, no quinto andar do edifício de número 97 da Rua Fagundes, na Liberdade, em São Paulo. Estamos começando a II Semana de História de 2014 no curso de licenciatura, aquele que nos habilitará a ser Professor de História e Historiador, ao mesmo tempo. No meu caso, especificamente, Historiador, pois pretendo continuar a pesquisar e a produzir biografias, como tenho feito há anos. Pois bem. Nesta primeira aula – mais palestra do que aula –, a Professora Silvia, que nos ministra a disciplina de História do Brasil desde o segundo semestre, nos falou a respeito de um tema que me diz bem de perto e cujo tema foi “Cale-se”! A música, o protesto e a censura durante o regime militar brasileiro . O púb

Por quê? (347) – A importância de estudar História

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Laurentino Gomes (com microfone) falou na Bienal do Livro,  tendo ao lado o também Jornalista Jorge Félix Cláudio Amaral Jamais pensei que estudar História fosse tão importante. E se tivesse sabido antes, teria procurado voltar aos bancos escolares muito antes de 2013. Foi naquele ano, precisamente no dia 1º. de fevereiro, que sentei pela primeira vez num banco da FMU, no Campus Liberdade, em São Paulo. E de lá pretendo sair apenas ao término do curso de Licenciatura em História, no final de 2015. Escolhi História para voltar à faculdade porque gosto da matéria e desde então ouço cada vez mais gente falar que desejava estar fazendo o mesmo. E neste domingo (31/08/2014) minha alegria aumentou – e com isso a certeza de que estou a fazer o curso certo – quando eu e Sueli fomos à Bienal Internacional do Livro, no Parque Anhembi, em São Paulo, para ouvir o Jornalista Laurentino Gomes. Ele é autor de três livros que já podemos considerar históricos: 1808 – Como uma r

Por quê? (346) – Didática, a bola da vez.

Cláudio Amaral No primeiro semestre de História, no início de 2013, me apaixonei por Teoria da História , disciplina que nos era ministrada na FMU pela Professora Yara Gabriel. No segundo, também em 2013, minha paixão ficou dividida entre Psicologia da Educação e História do Brasil Colonial , uma ensinada pela Professora Denise Canal e outra pela Professora Silvia Siriani. No terceiro, já neste ano de 2014, me encantei profundamente pela História da Arte e pelas aulas do Professor André Oliva Teixeira Mendes. Neste quarto semestre, que começamos a estudar no dia 1º de agosto, estou encantado pela disciplina da Professora Bernardete Carbonari: Didática . Já tivemos – meus colegas e eu – três aulas com ela e, particularmente, senti uma atração especial e crescente pela matéria a cada aula. Na terceira aula, nesta terça-feira (19/08/2014), o tema principal foi cativante. Na primeira parte, a Professora Bernadete completou as explicações iniciadas na aula anter

Por quê? (345) – Marília, Chão do Nosso Amor

Cláudio Amaral São 101 crônicas a respeito das raízes da Capital da Alta Paulista . Textos cuidadosamente divididos em 11 capítulos, pela ordem: 8 em Tradição e Raízes , 7 em Eterno Retorno , 9 em Vivência e Coisas de Nossa Gente , 9 em Segredos de Nossa Fé , 8 em Homens Fazendo a História , 9 em Mulheres Guerreiras , 6 em Saúde de Nosso Povo , 9 em Memórias , 6 em Anos Encantados , 16 em Manifestações Culturais e Sociais e 14 em Travessia rumo ao progresso . A publicação é de 2003 e foi patrocinada pela Comissão Organizadora dos Registros Históricos da Câmara Municipal e da Cidade de Marília, outrora chamada de Cidade Menina por um de seus filhos mais apaixonados, o Jornalista José Arnaldo, que por mais de 40 anos escreveu a coluna De Antena e Binóculo no diário Correio de Marília . E a autora (?), deve estar me perguntando o e-eleitor amigo. Afinal, quem é a autora? A autora é uma das mais conhecidas mulheres dentre todas as que vivem em Marília: Rosalina Tanuri. O

Por quê? (344) – CDF? Sim!

Cláudio Amaral Fiquei revoltado no domingo (27/07/2014) pela manhã, no páteo da Paróquia Santa Rita de Cássia de Vila Mariana (SP), quando um paroquiano me classificou de CDF. Depois de algumas gargalhadas (da parte dele e de outros que estavam na mesma roda de conversa mole), ele explicou: - Você tem coragem de dizer que vai retomar as aulas na FMU em plena sexta-feira? Disse e gargalhou mais ainda. Eu? Eu confirmei que sim e ainda expliquei os motivos: - A FMU marcou o início das aulas para o primeiro dia de agosto e lá estarei (no campus Liberdade) , até porque no semestre passado, quando estava nos Estados Unidos, perdi a primeira semana de aulas e depois foi um custo me recuperar. Mesmo assim, ele, a mulher (que também estuda na FMU, embora em outro curso) e outros paroquianos continuaram a rir na minha cara. À noite, já em casa e feliz com a vitória do meu Corinthians sobre o rival (mas nunca inimigo) Palmeiras, por 2 a 0, voltei a pensar no ass

Por quê? (343) – Cortez, o livreiro do Brasil.

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O TUCA no dia 10/6/2014 e as paredes preservadas após o incêndio de 30 anos passados Cláudio Amaral Tive, na manhã desta quinta-feira (03/07/2014), oportunidade de conhecer bem de perto uma das figuras mais interessantes dentre todas as com quem dialoguei pessoalmente nestes meus 64, quase 65 anos de vida: José Xavier Cortez, que a partir de agora, para mim, é “o livreiro do Brasil”. A primeira vez que vi Cortez ao vivo foi no auditório do TUCA, o Teatro da Universidade Católica de São Paulo. Era noite de 10 de junho de 2014 e eu estava lá por conta de uma palestra e do lançamento do livro Educação, Escola e Docência: novos tempos, novas atitudes . O Professor Mario Sergio Cortella era o palestrante e o autor do livro. Mas quem providenciara (e bancava) tudo era a Cortez Editora. E nada mais justo que o diretor-presidente da empresa fizesse a apresentação do evento. Pois bem: de repente, do nada, um senhor de pouco mais de 70 anos de idade, estatura baixa, forte

Por quê? (342) – O fuzilamento de Marc Bloch

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  Marc Bloch, o historiador Cláudio Amaral Hoje, 16 de junho, é dia de lembrarmos a morte, por fuzilamento, de um dos mais ilustres historiadores: Marc Bloch.   Nascido a seis de julho de 1886 em Lyon, na França, Marc Léopold Benjamin Bloch ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Marc_Bloch ) foi um dos mais notórios historiadores do século passado e do mundo em todos os tempos, um dos fundadores da renomada Escola dos Annales ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_dos_Annales ) e nem por isso deixou de ter um fim triste, muito triste: foi fuzilado a 16 de junho de 1944, na localidade francesa de Saint-Didier-de-Formans ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Saint-Didier-de-Formans ), depois de ter sido aprisionado por nazistas que lutavam na Segunda Guerra Mundial (1939-1945 – http://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial ), o mesmo conflito em que lutou meu saudoso sogro, José Padilla Bravos ( http://josearnaldodeantenaebinoculo.blogspot.com.br ). Apesar da trajetória gloriosa que

Por quê? (341) – Noite feliz

Cláudio Amaral Há tempos não participava de um evento público da importância do Prêmio Personalidade da Comunicação 2014. Mas, na noite desta terça-feira (06/05/2014), atendi ao convite dos Amigos Eduardo Ribeiro e Marco Rossi, e fui assistir à homenagem que eles e a Telefônica Vivo prestaram – com justiça – à Jornalista Miriam Leitão. Fui e não me arrependi. Fui e iria mais quantas vezes fosse convidado. Fui e aproveitei para me sentir novamente em meio a Amigos e Jornalistas, o que não fazia desde que passei a frequentar – pela quinta vez – o ambiente acadêmico e as aulas de História na FMU/Campus Liberdade/SP, desde o início de 2013. Disse e repito: fui ao Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, e aproveitei para rever e matar a saudade de inúmeros Amigos. Entre eles, e além dos dois já citados, Sérgio Kobayashi (meu Presidente na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo entre 1998 e 2003, no Governo de Mário Covas), Audálio Dantas, J. J. Fornes,  Decio Paes M

Por quê? (340) – O Patriarca está em casa

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Cláudio Amaral Minha biblioteca está temporariamente mais rica. Temporariamente porque os cinco livros que aqui entraram na tarde desta quarta-feira, 23/4/2014, não são meus. São do meu Amigo e Compadre Carlos Conde, Editor-chefe do diário A Tribuna de Santos. São todos ligados à figura do Patriarca da Independência do Brasil, José Bonifácio de Andrada e Silva (foto), que tem sido figura constante nas minhas aulas de Brasil Colonial, na FMU/Campus Liberdade/SP, com a Professora Silvia Cristina Lambert Siriani. Por conta disso, e como estou me preparando para ser Historiador, além de Jornalista, resolvi buscar informações as mais detalhadas possíveis sobre a vida de José Bonifácio. Sabendo que ele nasceu em Santos, onde trabalhei por um bom tempo, fui consultar quem também é nascido lá e para a Capital da Baixada voltou depois de rodar o mundo a serviço de grandes jornais. Entre eles, O Estado de S. Paulo, onde nos conhecemos nos anos 1970. Carlos Conde respo

Por quê? (339) – A alegria de morar aqui…

Cláudio Amaral Morar bem é um privilégio. Um privilégio que poucos podem dizer que têm. E eu sou um deles. Eu, minha Sueli, nossos filhos… Nossos netos, também, por que não? Vivo dizendo – sim, vivo dizendo, por que não admitir? – que gostaria de viver num apartamento. De preferência, num apê dos menores. Um apê tipo daquele que morei a partir do início de setembro de 1971, quando Sueli e eu nos casamos. Nosso primeiro apartamento ficava num prédio situado quase no final da Rua Nicolau de Souza Queiroz, na Aclimação. Era minúsculo. Não passava de 40 metros quadrados e nem garagem tinha. Mas, também, se não tínhamos carro, por que iríamos querer garagem. Na época – setembro de 1971, repito – eu me deslocava pela manhã até a Rua Major Quedinho, no centro velho de São Paulo, e de lá voltava, tarde da noite, usando os ônibus elétricos da CMTC. Eram os famosos “chifrudos”, assim apelidados porque tinham dois mastros saindo da parte traseira e ligando os motores à rede

Por quê? (338) – José Arnaldo 92

Cláudio Amaral Se vivo estivesse, o Jornalista e Pracinha José Padilla Bravos, o José Arnaldo, estaria a completar neste 7 de abril de 2014 exatos 92 anos. Sim, não se trata de uma idade cheia. Algo como 50, 80 ou 100 anos. Mas, por que seria preciso uma data cheia para falarmos de alguém que nos provoca tantas saudades como José Arnaldo? E por que, você, caro e-leitor, pensa que estou a escrever a respeito do pai da minha Sueli, ou seja, do meu sogro, marido de Dona Cidinha por mais de 50 anos? É simples: escrevo porque entendo que ele merece e pela simples razão de que precisa ser lembrado sempre. Especialmente agora quando a cidade que ele mais amou, Marília, acaba de completar 85 anos de emancipação política e administrativa. Exatamente: José Arnaldo teria neste sete de abril de 2014 sete anos a mais do que a querida “Cidade Menina”, como ele gostava de escrever a respeito de Marília. E como ele gostava de escrever bem de Marília. E como ele f

Por quê? (336) – Nada como tudo…

Cláudio Amaral “Nada como tudo em matéria de principalmente”, dizia, na nossa adolescência, minha hoje duplamente comadre Maria Erminia Santiago Rocha Molica. Duplamente porque ela é madrinha de minha filha e eu e minha mulher batizamos o único filho dela, o irriquieto Rafael. Mas, porque me lembrei disso hoje (algum dia de janeiro de 1996), tantos anos depois? Tantos quanto um quarto de século. Sim, pelo menos 25 anos, porque a primeira vez que ouvi esta frase foi em 1969. Ou teria sido em 1970? Ao certo, mesmo, não sei. Sei apenas que naquela época éramos todos solteiros e que ainda morávamos em Marília (SP). Lembrei dessa frase por causa de um fato acontecido na semana passada (janeiro de 1996), numa loja da Varig aqui do meu bairro, a Vila Mariana, quando uma amiga foi retirar uma passagem para ir de São Paulo ao Rio de Janeiro e voltar de lá para cá. A ordem de emissão do bilhete, o chamado PTA, não foi localizada na hora. Disseram que a passagem hav