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Por quê? (445) – Sêneca

Cláudio Amaral O Metrô é uma boa fonte de inspiração para essas crônicas que eu amo escrever e que tenho produzido desde 2008. É no Metrô, sem dúvida, onde mais encontro temas para criar e produzir textos como esse. E foi no Metrô , na manhã fria e chuvosa dessa terça-feira, que saquei o assunto de hoje, 30 de Julho de 2024. Estava indo para mais uma sessão de Reabilitação Ortopédica no Núcleo de Medicina Avançada da Prevent Senior, na Avenida Cruzeiro do Sul, 2463, junto à estação Carandiru. E, ao entrar no vagão do trem que me levaria para o meu destino, dei de cara com um jovem que, ao invés de empunhar o celular, como a maioria, se dedicava a algo mais saudável e produtivo : um livro impresso, um dos muitos livros escritos por Sêneca. De imediato me lembrei da ocasião em que fui chamado pelo Amigo Corrêa Neves Júnior para dar treinamento na redação do jornal diário Comércio da Franca, em Franca, em Abril de 2005. Preparei-me para aquela missão lendo textos e mais

Por quê? (444) – Darci Higobassi

Cláudio Amaral Sai do Metrô na estação Ana Rosa, nessa manhã fria de 24 de Julho de 2024, decidido a escrever uma nova crônica e o tema escolhido era o livro O lado feio do Amor . Estava a voltar da quarta sessão de Reabilitação Ortopédica no Núcleo de Medicina Avançada da Prevent Senior Santana na Avenida Cruzeiro do Sul, 2463, junto ao Metrô Carandiru. E ao entrar no trem que me traria para casa vi uma jovem a ler O lado feio do Amor e fiquei a me perguntar: E o Amor tem lado feio? Pensei em pergunta a ela, a leitora, mas não tive oportunidade. Mudei de ideia logo ao chegar à calçada da Rua Vergueiro, no Largo Ana Rosa, porque dei de cara com um conhecido de meio século, Darci Higobassi. Darci e eu trabalhamos na mesma redação e no mesmo jornal, O Estado de S. Paulo, logo que para São Paulo retornei, em Maio de 1971. Ele era redator da Editoria de Esportes, na época dirigida por Ludenbergue Góes (o Editor) e Luiz Carlos Ramos (o imediato do chefe). E eu um jovem apre

Por quê? (443) – Pontes, Céus e Miragens

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O autor Paulo Roberto von Atizingen  e o Editor Adriano Patriani O livro Pontes, Céus e Imagens está disponível na www.editorapatriani.com.br Cláudio Amaral Pontes, Céus e Miragens é o título do novo livro do Jornalista Paulo Roberto von Atizingen. O lançamento aconteceu em alto estilo numa sala da consagrada Biblioteca Mário de Andrade, no centro de São Paulo, Capital, na noite de 13 de Junho de 2024. Naquele dia todos nós, Católicos, comemorávamos o Dia de Santo Antônio. E lá fomos nós para prestigiar o premiado autor de livros como Conto: 2 Autores (1989), Contos/Crônicas que foi uma publicação coletiva de 1991, O Turista Encantado (Editora Meca, 2007) e Em Busca da Realidade Mágica (Editora BBS, 2018). Dessa vez, e por indicação do Jornalista Gabriel Emídio, Atizingen escolheu a Editora Patriani ( www.editorapatriani.com.br ), baseada em Marília, no Interior paulista, criada e dirigida pelo Editor Adriano Patriani. A mesma empresa e o mesmo profissional que produziram

Por quê? (442) – Saudade

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Cláudio Amaral Eu tenho saudade. E você? Eu tenho saudade dos meus tempos de menino pequeno em Adamantina. Tenho saudade dos meus bons tempos de garoto em Marília. Também tenho saudade da minha meninice em São Paulo. E me recordo com saudade da minha criancice quando da minha volta a Adamantina. E você? Eu tenho saudade dos tempos em que nem sabia o que era responsabilidade. Sim, porque a responsabilidade era toda dos meus pais. Era deles a responsabilidade de me alimentar, de me trocar e me manter limpo e saudável. Deles era também a responsabilidade de me educar, de me ensinar o que era certo, de me mandar para a escola e de me apresentar ao meu primeiro livro, a Cartilha Caminho Suave, de Branca Alves de Lima . E você? Você também tem saudade dos tempos de infância? Eu tenho saudade dos meus bons tempos de curso primário, ou seja, do primeiro ao quarto anos do grupo escolar. E você? Eu tinha pouco mais de seis anos quando fui matriculado numa escola p

Por quê? (441) – Cartas a Théo

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Cláudio Amaral Uma mulher simples é comum nas ruas de São Paulo. Mas uma mulher simples e vestida com elegância, nem tanto. Agora, uma mulher simples, jovem, elegante e com um livro nas mãos... isso, sim, é raridade em qualquer das ruas dessa imensa cidade. Pois foi isso que eu vi na tarde de sexta-feira, dia 12 de Abril de 2024, ao meu lado, no Largo Ana Rosa. Estava eu a caminho duma das maiores agências bancárias da Vila Mariana. Parei no farol vermelho e fiquei a esperar a vez dos pedestres. Ela também parou. O farol fechou para os veículos e abriu para nós, pedestres. Atravessamos, mas paramos logo à frente e ficamos a esperar, outra vez, porque o farol fechado, agora, era o da Rua Domingos de Moraes. Foi quando ela e eu ficamos lado a lado. Pude, então, ter clareza de que ela estava com um livro na mão esquerda. Tímido como sou, respirei fundo, criei coragem e perguntei: - Posso saber qual é o livro que você está a ler? Gentil, ela sorriu e virou para

Por quê? (440) – A 15ª vez, uma das melhores viagens

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  Cláudio Amaral Acabou. Vai ficar na saudade.  Uma saudade boa, em todos os sentidos. Essa foi a décima quinta vez que vim aos Estados Unidos da América do Norte. E, sem dúvida, foi uma das melhores que fizemos para esse lado do mundo. A primeira, lembro-me bem, foi por obra e graça do Amigo Álvaro Luiz Roberto de Assumpção (1930- 1978) , o Meninão, lá pelos idos de 1970. Depois vieram outras, muitas outras, especialmente a partir de 2011. Todas foram ótimas. As razões são muitas. Os netos cresceram. Beatriz e Murilo estão grandes em todos os sentidos, mais espertos e mais carinhosos do que nunca. Poucos dias após nossa chegada fomos para as supermodernas e seguras estradas dos EUA. Ficamos em Ashburn Village (que tem um pôr do Sol dos mais lindos, como mostra a foto acima ) e visitamos a Carolina do Sul e a Flórida. Estivemos em lugares que ainda nos eram desconhecidos. Visitamos, por exemplo, a localidade de Myrtle Beach, na Carolina do Sul, onde desfruta

Por quê? (439) – Os 101 anos de José Padilla Bravos

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O jovem Cabo Padilla pronto para ir à Segunda Guerra Mundial O Jornalista José Arnaldo na Redação do Correio, em Marília (SP) José Padilla Bravos e Aparecida Grenci Bravos Cláudio Amaral Se vivo estivesse, o Cidadão José Padilla Bravos (o Seu Zeca , como eu o chamava) estaria a completar 101 anos. Exatamente neste dia 7 de Abril de 2023. Ele nasceu a 7 de Abril de 1922 e viveu parte da infância na pequena cidade paulista de Avaí, localizada logo após Bauru. Depois mudou-se para outro pequeno município, Cafelândia. De lá foi para uma localidade maior, Lins, onde se alistou no glorioso Exército e foi mandado para a Itália para lutar na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Na volta, logo após a batalha final, a tomada de Monte Castello, o conhecido Cabo Padilla foi para Marília, onde estava a maior parte da família. E lá se dedicou a atividade que ele mais gostava: escrever. E como escriba (como ele gostava de se identificar), ele escreveu, escreveu e escreveu até o final da