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Por quê? (450) – A Simplicidade que nos falta

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  O Natal é importante porque é o dia em que Cristo nasceu Cláudio Amaral (*)   Ontem à noite, sentado no banco da igreja, na Paróquia Santo Inácio de Loyola e São Paulo Apostolo, na Vila Mariana, aqui em São Paulo, ouvi algo tão simples quanto profundo. Não era teologia complicada, nem metáfora difícil, nem revelação inédita. Era apenas aquilo que, de tão óbvio, a gente esquece: o Natal é importante porque é o dia em que Cristo nasceu. Pronto. Simples assim. E, no entanto, o Natal é tão grande. O sacerdote, um senhor de cabelos brancos, branquinhos, o Padre Marin (Pe. Darci Luiz Marin, ssp), disse isso com uma calma que atravessou o templo inteiro. Ele não levantou a voz, nem fez malabarismos homiléticos (**) . Ele, com autoridade que Deus lhe deu, só lembrou, como quem chama de volta uma criança distraída na rua, que toda a beleza deste tempo nasce de um acontecimento único: Deus se fez um de nós. E eu fiquei ali, ruminando a frase, percebendo que,...

Por quê? (448) – O Amigo Bebeto

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Luiz Roberto de Souza Queiroz  (1942-2025 ) Cláudio Amaral Muitos Amigos e Amigas me fazem falta. Os vivos e os que já foram chamados para a Casa do Pai. Muitos. Mas tem um em especial que me faz uma falta enorme, muito grande: é Luiz Roberto de Souza Queiroz (1942-2025). Bebeto, como era mais conhecido, foi dos primeiros profissionais do Jornalismo que conheci ao chegar à Redação de O Estado de S. Paulo, em 1970. E a nossa empatia aconteceu de imediato. Ele era cobra criada e eu um mero candidato a repórter. Acabara de ser admitido como correspondente do Estadão em Marília, por obra e graça de pessoas do bem como Stipp Jr. e Raul Martins Bastos. Stipp era correspondente no Vale do Paraíba (SP) e Raul Bastos o todo-poderoso chefe de todos os Jornalistas que a serviço do Estadão atuavam fora da sede, ou seja, pelo Brasil todo. A mando de Raul, Stipp havia viajado a Marília em Junho de 1969 com duas missões: fazer reportagens especiais e encontrar um corresponde...

Por quê? (447) – O reconhecimento de Arnon Gomes

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  Arnon Gomes dos Santos (arquivo pessoal) Cláudio Amaral O reconhecimento humano e pessoal tem uma importância enorme, indescritível, inenarrável. E não por vaidade, mas por essência. É uma das formas mais puras de validação da nossa existência e do nosso valor como pessoa, como ser do bem. Pois foi isso, em resumo, que eu senti às 19h03 desta segunda-feira, dia 10 de Novembro de 2025. Naquele exato momento eu recebi a seguinte mensagem do Amigo Arnon Gomes dos Santos: - Grande amigo Cláudio! Hoje completo 20 anos morando no Interior, desde o dia em que você me "sequestrou" (rsrs) de Santos. Obrigado por tudo. Você foi marcante em minha vida.   Confesso que, apesar de chorão, consegui conter as lágrimas . Fiquei emocionado, sim, mas ainda estou emocionalmente equilibrado. Ainda que o baque tenha sido forte. Bem forte. Arnon Gomes vivia em Santos, onde nasceu. Eu, em Franca, no interior paulista. Lá eu era responsável, entre outras atividades, pe...

Por que? (446) - Santos, Santos, Santos...

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  Santos é a mais importante cidade do Litoral Paulista e foi onde vivi por dois anos ( https://pt.wikipedia.org/wiki/Santos#/media/Ficheiro:Panoramica_Santos.jpg) Cláudio Amaral (*)             Eu era jovem, muito jovem, jovem meismo, quando fui a Santos pela primeira vez. Fomos eu e uma turma de adolescentes de Adamantina, minha cidade natal, que passava férias em São Paulo, Capital. Descemos a Serra do Mar e passamos um dia muito divertido nas praias da Capital da Baixada.             Depois disso, voltei outras vezes a aquela agradável e aplausível cidade praiana. Na maioria das vezes a trabalho e a mando dos meus chefes no jornal O Estado de S. Paulo, que nos anos 1970 era o maior diário do País.             Foi numa dessas idas a Santos que antecipei o fim da carreira de Pelé no Glorioso SantosFC. E, igual...

Por quê? (445) – Sêneca

Cláudio Amaral O Metrô é uma boa fonte de inspiração para essas crônicas que eu amo escrever e que tenho produzido desde 2008. É no Metrô, sem dúvida, onde mais encontro temas para criar e produzir textos como esse. E foi no Metrô , na manhã fria e chuvosa dessa terça-feira, que saquei o assunto de hoje, 30 de Julho de 2024. Estava indo para mais uma sessão de Reabilitação Ortopédica no Núcleo de Medicina Avançada da Prevent Senior, na Avenida Cruzeiro do Sul, 2463, junto à estação Carandiru. E, ao entrar no vagão do trem que me levaria para o meu destino, dei de cara com um jovem que, ao invés de empunhar o celular, como a maioria, se dedicava a algo mais saudável e produtivo : um livro impresso, um dos muitos livros escritos por Sêneca. De imediato me lembrei da ocasião em que fui chamado pelo Amigo Corrêa Neves Júnior para dar treinamento na redação do jornal diário Comércio da Franca, em Franca, em Abril de 2005. Preparei-me para aquela missão lendo textos e mais ...

Por quê? (444) – Darci Higobassi

Cláudio Amaral Sai do Metrô na estação Ana Rosa, nessa manhã fria de 24 de Julho de 2024, decidido a escrever uma nova crônica e o tema escolhido era o livro O lado feio do Amor . Estava a voltar da quarta sessão de Reabilitação Ortopédica no Núcleo de Medicina Avançada da Prevent Senior Santana na Avenida Cruzeiro do Sul, 2463, junto ao Metrô Carandiru. E ao entrar no trem que me traria para casa vi uma jovem a ler O lado feio do Amor e fiquei a me perguntar: E o Amor tem lado feio? Pensei em pergunta a ela, a leitora, mas não tive oportunidade. Mudei de ideia logo ao chegar à calçada da Rua Vergueiro, no Largo Ana Rosa, porque dei de cara com um conhecido de meio século, Darci Higobassi. Darci e eu trabalhamos na mesma redação e no mesmo jornal, O Estado de S. Paulo, logo que para São Paulo retornei, em Maio de 1971. Ele era redator da Editoria de Esportes, na época dirigida por Ludenbergue Góes (o Editor) e Luiz Carlos Ramos (o imediato do chefe). E eu um jovem apre...

Por quê? (443) – Pontes, Céus e Miragens

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O autor Paulo Roberto von Atizingen  e o Editor Adriano Patriani O livro Pontes, Céus e Imagens está disponível na www.editorapatriani.com.br Cláudio Amaral Pontes, Céus e Miragens é o título do novo livro do Jornalista Paulo Roberto von Atizingen. O lançamento aconteceu em alto estilo numa sala da consagrada Biblioteca Mário de Andrade, no centro de São Paulo, Capital, na noite de 13 de Junho de 2024. Naquele dia todos nós, Católicos, comemorávamos o Dia de Santo Antônio. E lá fomos nós para prestigiar o premiado autor de livros como Conto: 2 Autores (1989), Contos/Crônicas que foi uma publicação coletiva de 1991, O Turista Encantado (Editora Meca, 2007) e Em Busca da Realidade Mágica (Editora BBS, 2018). Dessa vez, e por indicação do Jornalista Gabriel Emídio, Atizingen escolheu a Editora Patriani ( www.editorapatriani.com.br ), baseada em Marília, no Interior paulista, criada e dirigida pelo Editor Adriano Patriani. A mesma empresa e o mesmo profissional que produz...