Por quê? (172) Dez meses


Cláudio Amaral

Hoje, exatamente hoje, dia 1º de setembro de 2009, completam-se dez meses que Sueli e eu ocupamos o apartamento de número 71 do edifício localizado na Avenida Epitácio Pessoa, 555, em Santos.

Estamos no bairro da Aparecida, a 30 metros da Avenida Coronel Montenegro, que tem ao centro o Canal 6 da Capital da Baixada Santista.

Temos uma vista lindíssima do Oceano Atlântico a partir das janelas da sala e de dois dos nossos três dormitórios.

E não poderia ser diferente porque estamos a exatos 742 passos contados, um a um, da areia da praia da Aparecida.

Essa é a distância – 742 passos – que somos “obrigados” a percorrer diariamente entre a porta do nosso apartamento e a areia, logo após atravessarmos a Avenida Bartolomeu de Gusmão, a chamada “avenida da orla santista”.

Sueli foi quem escolheu esse apartamento e negociou o aluguel e todas as condições com o proprietário, o Sr. Nelson Fabretti, que na época morava em Santo André, no ABC paulista.

O Sr. Nelson não está mais entre nós, infelizmente. E desde junho nós nos entendemos com a viúva, Sra. Filomena.

Ficamos tristes, muito tristes, com o falecimento do Sr. Nelson. Mandamos até celebrar missa de sétimo dia em intenção da alma dele, mas nem por isso perdemos o gosto pelo apartamento que ele nos confiou.

Nem pelo apartamento, nem pelo bairro Aparecida, nem por Santos.

Até porque o apartamento é espaçoso o suficiente para recebemos quase todo fim de semana e feriados prolongados pessoas queridas como a filha Cláudia, o genro Márcio e nossa princesa Beatriz.

Dona Cidinha, a mãe de Sueli, também está aqui conosco desde as primeiras semanas. Desde que aqui morava o Amigo Mário Evangelista, jornalista como eu e companheiro de tantas e tantas jornadas, que hoje – com a mulher Mônica e a filha Marcela – habita uma casa grande e confortável do condomínio localizado bem em frente ao nosso prédio.

Inicialmente, Dona Cidinha ficou conosco. Mas, depois que teve certeza de que queria trocar Marília, no interior paulista, por Santos, aqui no litoral, alugou um apartamento só para ela, o 63, que fica um andar abaixo, no mesmo prédio.

E é assim que nós vamos vivendo nossa nova vida, desde que deixamos a casa da Aclimação, em São Paulo, quase que integralmente para os filhos Flávio e Mauro: caminhando na praia, fazendo nossas orações com os pés nas águas do Oceano Atlântico, frequentando as salas de ginástica e de leitura, o teatro e o restaurante do Sesc (o único de Santos), assistindo brilhantes apresentações de nossas orquestras na Praia do Gonzaga (Osesp) e no Coliseu (Sinfônica Municipal), participando das celebrações na Catedral e nas paróquias da região (especialmente no Sagrado Coração de Jesus), almoçando e jantando com os amigos de Santos e de São Paulo.

Tendo sempre como base o apartamento 71.

O apartamento de onde a pequena e querida Beatriz aprendeu a admirar o “marzarzão” e a ver com alegria sem igual os “navisãos”, como ela diz.

Sempre.

Há exatos dez meses.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968, repórter, editor, professor e orientador de jovens jornalistas, palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação empresarial e institucional.

1/9/2009 00:11:48

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