Por quê? (182) Aguenta, coração!!!
Cláudio Amaral
Confesso que não sei a razão, mas a verdade é que não dei a devida importância ao Grande Prêmio de Monza, na Itália, disputado neste domingo.
Tanto não me importei quando deveria, que no sábado quase não vi as tomadas de tempos para a largada do domingo.
Mais ouvi do que vi.
Estava em São Paulo, na residência que hoje é mais dos meus filhos Flávio e Mauro do que minha e da Sueli, que vivemos em Santos há quase um ano.
E, sentado na cabeceira da mesa da sala, bem em frente ao meu computador portátil, que sobe e desce a Serra do Mar comigo, dei mais importância às mensagens do correio eletrônico do que às informações e comentários de Galvão Bueno, Reginaldo Leme, Luciano Burti e Mariana Becker, assim como às imagens transmitidas pela TV Globo.
Fato raro, porque desde que me conheço por gente – e como jornalista – que eu acompanho a Fórmula 1 pela televisão.
Pela TV e, sempre que possível, pessoalmente, seja em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, seja em Interlagos, em São Paulo.
A verdade, entretanto, era que neste sábado eu estava mais ligado à Internet do que à Fórmula 1.
No domingo, não foi diferente.
Preferi ir à Celebração da Missa das 8 horas da manhã, na Capela das Irmãs da Visitação, na Rua Dona Ignácia Uchoa, na Vila Mariana, mesmo sabendo que poderia perder a largada da Fórmula 1.
E perdi.
Só não perdi a oportunidade de me lembrar de Rubens Barrichello quando faltavam alguns segundos para a largada.
Lembrei-me dele e de pedir, mentalmente:
- Senhor, preteja o Rubinho, que neste instante está fazendo a volta de apresentação e pronto para a largada em Monza.
Quando eu consegui ligar o rádio do meu Honda Fit, em frente à Capela, a largada já havia sido dada.
Ouvi, então, Téo José, o narrador da Rádio Jovem Pan, dizer:
- Rubinho largou bem.
Aí eu me animei.
Fiquei mais animado quando ele, Téo, acrescentou:
- Além de largar bem, Rubinho ganhou uma posição.
Fui rapidamente para casa, liguei a televisão e vi a corrida até o fim.
Primeiro, com atenção.
Depois, com apreensão, porque Rubinho assumira a ponta, fizera a única parada no boxe da Brown GP com sucesso e voltara em primeiro.
Era uma situação inacreditável para quem viu tantas mancadas e até sacanagens em relação ao piloto que acompanho desde os oito anos de idade (dele).
Quando Rubinho recebeu a bandeirada final... eu não agüentei: chorei como uma criança.
Chorei e falei para Sueli, ao meu lado:
- É a segunda vitória dele no ano e agora ele está realmente na disputa pelo título.
Sueli lembrou-se de imediato dos pais de Rubinho e eu, ato contínuo, disse:
- Vou enviar um e-mail para o Rubão.
Por quê?
Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?
(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968, repórter, editor, professor e orientador de jovens jornalistas, palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação empresarial e institucional.
14/9/2009 10:38:02
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