Por quê? (397) – O que será de nós?(1)



Cláudio Amaral

A primeira vítima do Coronavírus, o maldito vírus chinês, foi registrada nas estatísticas oficiais brasileiras no dia 17 de Março de 2020. E até agora, às vésperas de completar um mês e mais de 1.200 mortes depois, ainda nos perguntamos: o que será de nós? qual é o futuro que nos espera?

Briguinhas políticas à parte, até porque o Governador de São Paulo e o Presidente do Brasil são grandes e eles que se explodam, ninguém tem conhecimentos e experiências suficientes para nos dizer e prever o que vai acontecer nos próximos dias, meses e anos.

Só temos perguntas. Muitas perguntas. E nenhuma resposta. Apenas suposições.

Entre as nossas dúvidas, temos, por exemplo, as seguintes questões:

1)    ao final dessa pandemia, se é que essa pandemia terá fim, sobrará pedra sobre pedra?

2)    quantos de nós estaremos vivos?

3)    quantos de nós estaremos mentalmente sadios e equilibrados?

4)    estaremos todos empregados?

5)    entre os empregados, quantos estaremos de volta aos nossos antigos postos de trabalho e quantos seguirão trabalhando em casa?

6)    teremos, todos, a garantia dos nossos benefícios, no caso dos aposentados?

7)    quem pagará as contas que estão sendo abertas pelos nossos governantes, aqui incluídos o Presidente da República e respectivos ministros, os Governadores, os presidentes dos nossos Parlamentos, os parlamentares em todos os níveis?

8)    as nossas escolas, também em todos os níveis, voltarão a funcionar como no período antes da pandemia?

9)    os nossos bravos Professores saberão o que é melhor para os respectivos alunos, agora que tiveram que aprender a ensinar à distância?

10)                     e as famílias? E nós todos, como seres humanos, saberemos manter a reprogramação que fomos obrigados a adotar durante a pandemia? Ou voltaremos a ser como éramos?

11)                     e a nossa Economia, aqui incluídos todos as práticas comerciais? Voltará a ser tal qual sempre foi ou será mais humana e solidária, como temos visto durante essa pandemia?

12)                     e os profissionais de saúde, todos os nossos profissionais de saúde, seguirão sendo valorizados, prestigiados, elogiados, respeitados e ouvidos?

13)                       e nós, todos nós, especialmente aqueles que, respeitosamente, ficamos em casa, em isolamento, seguiremos obedientes ou voltaremos a ser como éramos antes do fenômeno do vírus chinês?

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?
(*) Cláudio Amaral (clamaral@uol.com.br) é Católico Apostólico Romano e devoto de Santo Agostinho e Santa Rita de Cássia. É autor dos livros Um lenço, um folheto e a roupa do corpo (2016) e Por quê? Crônicas de um questionador (2017). É Jornalista desde 01/05/1968, Mestre em Jornalismo para Editores pelo IICS/SP (2003) e Biógrafo pela FMU/Faculdade de História/SP (2013/2015).

13/04/2020 11:08:26 (pelo horário de Brasília)

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