Por quê? (410) – O que pensar?


Cláudio Amaral

No 64º dia do ano de 2021, hoje, 5 de Março, estou cá a pensar em tudo o que nos aconteceu neste ano novo, que já não é tão novo assim. E o único fato importante que fica claro na minha cabeça é que estamos vivos. Vivos, fortes e saudáveis, com a graça de Deus.

Fazendo um recorte nas nossas vidas aqui em casa, como me ensinaram meus Professores de História no curso que fiz na FMU, entre 2013 e 2015, apurei que Sueli e ieu vimos três séries e 22 filmes pelo Netflix desde o início desta temporada marcada pela pancadaria do vírus chinês.

Todos, séries e filmes, marcantes e emocionantes. Claro que uns mais e outros menos. Mas todos, com certeza nos marcaram e nos emocionaram.

Entre todos, dois nos deixaram pensativos e nos levaram a imaginar os motivos que tiveram seus autores quando escreveram os respectivos roteiros.

Em Risco Duplo (https://pt.wikipedia.org/wiki/Double_Jeopardy), por exemplo, nos perguntamos durante o café da tarde desta sexta-feira: como o personagem principal, Nick, interpretado por Bruce Greenwood, teve coragem de montar toda a trama que levou a mulher dele, Libby (Ashley Judd), a ser acusada e condenada a sete anos de prisão por um assassinato que não houve?

Outra questão: o caso dele com a professora Angie (Annabeth Gish) começou antes ou após ele ter sido dado como morto, como ele jurou ter acontecido depois que foi descoberto e desmascarado pela ex-esposa?

Intrigante, não é?

Mas, mais intrigante ainda é o fato dele ter tido coragem de planejar e perpetrar esse crime, sabendo que envolveria pelo menos três inocentes: a esposa, o filho de 4 anos do casal e a professora do menino, futura amante do pai.

Ao ser descoberto, ele tentou explicar que fez tudo pensando apenas em livrar a esposa e o filho das consequências desastrosas dos atos que ele havia praticado no mercado financeiro local e que, certamente, o levaria para a cadeia.

Será? Dá para acreditar num cidadão com tal personalidade?

Outro filme que nos deixou pensativos: Nossas noites [(https://en.wikipedia.org/wiki/Our_Souls_at_Night_(film)]. Neste, os famosíssimos Robert Redford e Jane Fonda interpretam dois vizinhos viúvos solitários que buscam companhia para preenchimento do vazio que sentem à noite. Por iniciativa dela, Addie Moore e Louis Waters (Fonda e Redford, respectivamente) começam a dormir juntos, na cama dela.

Noite vai, noite vem, e mesmo sem troca alguma de caricias, eles vão se conhecendo e se afeiçoando, a ponto de se tornarem motivos de fofocas e intrigas. Por parte dos vizinhos e dos filhos. O filho dela, por exemplo, se revolta e não aceita que a mãe tenha outro. A filha dele, por sua vez, recebe bem a novidade e dá o maior apoio ao pai.

Por quê? Foi o que nos perguntamos entre um gole e outro de café nesta tarde escura e chuvosa de sexta-feira. Para nós, a reação do filho dela se deu por ciúmes da mãe. E a reação da filha dele, foi normal? Sim, e provavelmente porque as mulheres costumam ser mais sensíveis em casos desse tipo.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral (clamaral@uol.com.bré Católico Apostólico Romano, Corinthiano e devoto de Santo Agostinho e Santa Rita de Cássia. É autor dos livros Um lenço, um folheto e a roupa do corpo (2016) Por quê? Crônicas de um questionador (2017). É Jornalista desde 01/05/1968, Mestre em Jornalismo para Editores pelo IICS/SP (2003) e Biógrafo pela FMU/Faculdade de História/SP (2013/2015).

05/03/2021 18:02:36 (pelo horário de Brasília)

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