Por quê? (431) – A inesquecível Dona Cidinha



Cláudio Amaral

Até quando estamos com o pensamento longe dela, a gente se lembra da inesquecível Dona Cidinha, a Cidadã Aparecida Grenci Bravos, nascida em Marília a 22 de Maio de 1928 e falecida em São Paulo a 7 de Novembro de 2021.

Pois bem: a Sueli Bravos, o filho Flávio Amaral e eu fomos ao Parque do Ibirapuera, na zona sul da Capital paulista, na tarde ensolarada desta terça-feira, 15 de Novembro de 2022, para comemorar o Dia da Proclamação da República.

Caminhando, chegamos junto ao QG do Exército, que fica ao lado da sede da Assembleia Legislativa do Estado e do prédio que abriga o Círculo Militar de São Paulo.

Estávamos nós três e mais centenas de milhares de pessoas que para lá fomos pedir proteção a Deus e ao Nosso Senhor Jesus Cristo neste delicado momento pelo qual passa a nossa Amada Pátria Brasil.

Exatamente às 15 horas todos nos unimos e rezamos o Pai Nosso, fazendo um círculo enorme e forte em torno do Quartel General do Sudeste, antigo II Exército.

Sentimos, então, uma emoção inenarrável, indescritível... uma sensação que nunca havíamos vivido, em lugar algum deste planeta... nem mesmo nas vezes em que estivemos dentro e fora do Vaticano, em 1974 e em 2019.

Ficamos misturados a uma imensa multidão por quase duas horas.

Era gente por todos os lados... gente de todas as classes sociais... gente de todos os rincões da pauliceia... gente vestida dos mais diferentes jeitos, mas todas e todos com um ponto em comum: as cores verde, amarela, azul e branca... as cores do Pavilhão Nacional... era gente manifestamente preocupada com o futuro do Brasil... gente que ainda desconhece o que nos espera a partir de 1º de Janeiro de 2023.

Cansados, esgotados, com fome... saímos de lá e subimos, caminhando como fomos, em direção à estação Paraíso do Metrô.

Saímos, mas milhares e milhares de outros ficaram.

Subimos, mas milhares e milhares de outros caminhavam em sentido contrário, preocupados, mas esperançosos.

Foi na subida que nos emparelhamos com uma outra das muitas famílias que também buscavam os rumos das casas delas. Caminhavam e falavam... conversavam animadamente... e o tema principal da conversa era uma senhora até então desconhecida para nós... mas incrivelmente familiar.

Virei para o lado e disse a um senhor, vestido com uma camiseta amarela como a minha:

- Vocês parecem estar falando da minha sogra...

Todos e todas caímos na risada. Riram demoradamente e me explicaram que eles e elas falavam de uma senhora de mais de 90 anos, mãe, avó, bisavó, sogra, tia, madrinha... uma figura alegre, divertida, de muito bom humor, sempre pronta para tudo e para ajudar a quem quer que fosse...

- Então, vocês falam da minha sogra, a mãe da Sueli aqui presente.

Disse isso e expliquei a eles e a elas, com mais detalhes e mais vagar, como era a mãe da Sueli, da Salete, do Zé Cláudio, do Paulo César, do Mário Márcio e do Sérgio Luiz... a minha sogra e do Fernando... a avó dos meus filhos Cláudia, Mauro e Flávio... a avó da Paula e do Bruno, filhos da Salete e do Fernando... a avó da Vanessa, da Thaís e da Renata, filhas do Paulo César e da Marilena... a avó do André Guilherme, do Rogério e da Paula, filhos do Zé Cláudio e da Lúcia Helena... a avó do Mário Márcio II e da Bethânia, filhos do Mário Márcio e da Marlene... a avó da Maíra Mônica, filha de Mário Márcio e da Lenis... a avó do André e da Gabriela, filhos do Sérgio e da Berenice... a bisavó, a tia, a madrinha de uma multidão de gente quase tão grande quanto aquela que esteve neste dia no Parque do Ibirapuera a pedir a Deus pelo Bem do Brasil... do Brasil que o falecido marido da Dona Cidinha, o Cabo Padilla (José Padilla Bravos – 1922-1999) defendeu com Amor e Patriotismo, garra e coragem, durante a Segunda Guerra Mundial, na Itália, e de uma forma tão marcante que mereceu um livro-biografia publicado no dia do centenário dele: O Cabo e o Jornalista – José Arnaldo 100 Anos.

Como foi bom, gratificante, emocionante e inesquecível ir à concentração cívica deste Dia da Proclamação da República do Brasil realizada junto ao QG do Exército, em São Paulo.

(*) Cláudio Amaral (claudioamaral49@gmail.comé Católico Apostólico Romano. Patriota. Autor do livro-biografia O Cabo e o Jornalista (José Arnaldo 100 Anos). É Jornalista desde 01/05/1968, Mestre em Jornalismo para Editores pelo IICS/SP (2003) e Biógrafo pela FMU/Faculdade de História/SP (2013/2015) 

15/11/2022 19:05:00 (pelo horário de Brasília)

Comentários

Maira Mônica disse…
Necessita de uma retificação: Maíra Mônica Bravos, filha de Mário Márcio e Lenis.
Unknown disse…
Parabéns pela sua linda família querida nota 10 com louvor. Parabéns pela sua linda iniciativa e atitude nota 10 com louvor. Graças a Deus amém eu tive a honra e privilégio de conhecer todos vocês desta linda família que sempre me tratou muito bem como se eu fosse um membro familiar. Muito obrigado pela atenção e carinho e amizade sincera de tantos anos. Abraços com saudade de vocês todos. Durvalzinho Brandão

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