Por quê? (432) – Clarice morreu
Cláudio Amaral
Para mim, a Escritora Clarisse Lispector morreu às 13h16 de hoje, 17 de Novembro de 2022.
Pois foi exatamente naquele horário que terminei a leitura de Eu
sou uma pergunta, uma biografia escrita por Teresa Cristina Montero
Ferreira e publicada pela Editora Rocco, Rio de Janeiro, em 1999.
Ideia nenhuma eu tenho de quem me deu ou me emprestou esse
livro.
Sei apenas que gostei muito de ler a biografia de Clarice Lispector.
Até porque biografia é um dos gêneros literários dos quais mais
gosto.
Gosto tanto que me especializei nele após ter concluído o curso
de Licenciatura em História na FMU/Liberdade, em São Paulo, em fins de 2015.
Na época eu já estava mergulhado de cabeça nesse gênero literário.
Tão mergulhado que havia colaborado com um colega na produção da
biografia de um empresário português que havia se radicado em Santos, mas que
até hoje está inédita.
Estava há muitos anos pesquisando a vida de um ex-combatente da
Segunda Guerra Mundial e tinha o firme propósito de publicar a História da vida
dele.
Só interrompi aquela produção porque fui chamado a trabalhar na produção
de uma outra biografia, a da vida do casal Julia e Affonso Chaves, que nos
deixou um legado extraordinário, todo ele registrado em Julia e Affonso: Vida
de Amor, respeito e exemplo, um livro publicado pela Ponto Vital, Curitiba,
2021.
A partir de então eu mergulhei fundo, com a minha parceira de
sempre, Sueli Bravos, na produção de O Cabo e o Jornalista (José Arnaldo 100
Anos), que lançamos no dia 7 de Abril de 2022, na Biblioteca Municipal de
Marília, com a colaboração do Editor Adriano Patriani, titular da Editora
Patriani.
Este foi, sem dúvida, o livro da minha vida. E da vida da Sueli
e do Adriano, pois, além de muitas vitórias do personagem principal, o Cidadão
José Padilla Bravos (1922-1999), conseguimos reunir uma preciosidade: O Diário
de Guerra que ele, o Cabo Padilla, nos deixou e que ficou inédito até a data em
que o Jornalista José Arnaldo faria 100 anos de vida.
Mas, ao longo de quase um mês, incluindo dias de Outubro e de Novembro
de 2022, eu dei prioridade para a leitura da História de vida de Clarice Lispector,
nascida em 1920 na Ucrânia e falecida no Rio de Janeiro em 1977.
Foram quase 30 dias em que eu só não me dediquei integralmente a
essa leitura porque tinha outras tantas tarefas a cumprir.
Entretanto, todo o tempo que tive, cedo, à tarde, à noite e de madrugada
foi dedicado à leitura da vida que ela viveu na Ucrânia, em Maceió, em Recife,
no Rio de Janeiro, em Belém, em Nápoles, em Berna, em Torquay, em Washington e
outras cidades importantes, como Paris.
Fiquei encantado com tudo o que foi dado a conhecer de Clarice
Lispector. Mas fiquei especialmente deslumbrado com a participação dela na
Segunda Guerra Mundial.
Sim, porque, como esposa do diplomata Maury Gurgel Valente (1921-1994),
ela foi com ele para Nápoles e lá conviveu com as tropas da Força Expedicionária
Brasileira (FEB) no hospital em que os feridos eram socorridos e tratados.
Como foi bom ter tido contato com a vida e as obras da Escritora
Clarice Lispector. E como eu gostaria de descobrir quem me deu a oportunidade
de conhecer o livro-biografia Eu sou uma pergunta.
(*) Cláudio Amaral (claudioamaral49@gmail.com) é Católico Apostólico Romano. Patriota. Autor do livro-biografia O Cabo e o Jornalista (José Arnaldo 100 Anos). É Jornalista desde 01/05/1968, Mestre em Jornalismo para Editores pelo IICS/SP (2003) e Biógrafo pela FMU/Faculdade de História/SP (2013/2015).
17/11/2022 17:59:30 (pelo horário de Brasília)
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