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Mostrando postagens de setembro, 2008

Por quê? (126) Adeus, Lourenço Diaféria

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Cláudio Amaral Perdi mais um Amigo. Lourenço Diaféria (foto) , o cronista de São Paulo, nos deixou na noite de terça-feira, dia 16 de setembro de 2008. Fizemos parte da turma que heroicamente elegeu Emir Nogueira presidente do Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo. Ficamos anos sem nos ver, nem nos falar, depois da morte de Emir Nogueira em pleno exercício do mandato. Fui reapresentado a ele em meados dos anos 1980 pelo também Amigo e jornalista Daniel Pereira. Daniel, o “Sogrão”, foi buscar Diaféria na Secretaria Estadual da Fazenda, onde ele era funcionário de carreira. Fizemos uma proposta e ele aceitou na hora. Aceitou e cumpriu plena e integralmente, do primeiro ao último dia. Diaféria escrevia três crônicas por semana e nós, Daniel Pereira e eu, comercializávamos os textos de autoria dele junto a jornais e revistas de todo o Brasil, via COMUNIC Comunicadores Associados. As crônicas de Diaféria eram tão interessantes que os mensageiros da COMUNIC disputavam, quase a tap

Por quê? (125) Nostalgia e Joel Silveira

Cláudio Amaral Passa do meio-dia. O dia está tão carrancudo quanto amanheceu. Sol? Nem pensar. Calor? De jeito algum. Ao contrário, faz frio. Frio de agasalhos leves, mas frio. Já choveu, mas foi tão pouco que não há mais sinais de chuva no asfalto. Sinto uma profunda nostalgia. Algo estranho toma conta do meu peito nesta metade de domingo, 14 de setembro de 2008. Há anos, muitos anos, hoje, se dia útil fosse, seria data de pagamento da prestação de meu apartamento na Rua Machado de Assis, 165, quase esquina da Rua Gregório Serrão, na Vila Mariana, divisa com a Aclimação. Mas, isso foi há muito tempo. O apartamento foi totalmente pago com uso do meu FGTS e anos depois, uma vez vendido, usei o dinheiro para pagar um terço de um sobrado que ainda é meu – ou melhor, da minha família – na mesma Rua Machado de Assis. Estou só, ou melhor, estamos eu e Deus, como quase todos os sábados e domingos dos últimos dez meses, num apartamento grande e vazio da Rua Dr. Diogo de Faria com a Rua Marselh

Por quê? (124) Entre livros

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Cláudio Amaral Se eu pudesse, pararia de trabalhar agora, não assumiria mais um único compromisso profissional e viveria só para a família e os livros. Talvez, mais para os livros do que para a família. Afinal, todos os seres humanos que vivem à minha volta têm vida própria. Sim, eles precisam de mim e eu deles. Mas, verdade seja dita, eles carecem cada vez menos de mim. Felizmente. Tenho cada vez mais certeza de que eu seria mais feliz se pudesse me dedicar quase que em tempo integral aos livros. Livros feitos de papel, é importante que se diga. Senti isso intensamente durante as poucas horas que passei dentro da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, localizado na confluência da Avenida Paulista com a Alameda Santos e as ruas Augusta e Padre João Manuel. Isso aconteceu na manhã de quarta-feira, 3 de setembro de 2008. Sueli precisava fazer contatos no Consulado da Itália e eu fui com ela, porque estava de folga no trabalho. Fui mas nem cheguei a entrar no prédio da representação dipl