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Mostrando postagens de maio, 2008

Por quê? (89) A SP-294, a inoperância e a política

Cláudio Amaral A Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros só está no estado lastimável que vimos durante a viagem de quarta-feira (21) e sábado (24/5/2008) da semana passada, entre Bauru/Marília/Bauru, porque os políticos da região nunca conseguiram se entender com os governadores do Estado. De Laudo Natel a José Serra, passando por Paulo Maluf, Paulo Egydio Martins, Franco Montoro, Orestes Quércia, Mário Covas, Geraldo Alckmin e Cláudio Lembo, todos os ocupantes do trono do Palácio dos Bandeirantes jamais tiveram a menor boa vontade para com os usuários da SP-294. Todos esses governadores, assim como os respectivos secretários dos Transportes, receberam insistentes pedidos de melhorias da pista asfaltica da Ribeiro de Barros por parte de gente de Jaú a Panorama, passando por Bauru, Garça, Marília, Tupã, Lucélia, Adamantina, Tupi Paulista e Dracena, entre outros municípios. Nenhum deles, entretanto, se interessou pelo problema. Nem mesmo o saudoso engenheiro civil Mário Covas, que foi

Por quê? (88) Os caminhos que nos levam a Marília

Cláudio Amaral Sempre que volto às duas cidades em que nasci, pessoal e profissionalmente, eu me renovo. Renovo minhas energias, embora elas sejam sempre positivas. Renovo meu ânimo, minha disposição, minha alegria, minhas amizades. Enfim, eu me renovo por inteiro. Foi assim no segundo semestre de 2006, quando voltei a Adamantina, onde minha mãe me colocou neste mundo. Foi assim na quarta, na quinta e na sexta-feira da semana passada, quando estive em Marília, a cidade sede do jornal em que me iniciei como jornalista, há 40 anos. Sim, porque foi no Jornal do Comércio de Marília, editado e dirigido na época pelo Mestre Irigino Camargo que eu vi publicada minha primeira reportagem, feita no dia 1º de maio de 1968. Mas, confesso, publicamente, que tem algo que me aborrece, me entristece, me contraria nessas minhas viagens de ida e volta a essas duas cidades: o lastimável, o lamentável, o desagradável, o revoltante estado de conservação da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, a SP 29

Por quê? (87) As confidências de Xico Giaxa

Cláudio Amaral Devidamente alertado pelo Amigo Ivan Evangelista, assim que cheguei a Marília, na quarta-feira, 21 de maio de 2008, liguei para o jornalista Francisco Manoel Giaxa com o objetivo de me informar a respeito do lançamento de A quem interessar possa . Trata-se de um livro de memórias do meu ex-colega de Redação no Jornal do Comércio de Marília. Liguei para ele e marcamos um encontro para 14h30 do mesmo dia, na sede da Secretaria Municipal de Saúde, na Avenida República, a mesma via pública em que ficava a primeira residência de meus pais em Marília. Além de meu colega no JC, Xico Giaxa foi contemporâneo de Sueli, minha mulher, no Colégio Estadual Amilcare Mattei. Ele cursava o Cientifico e ela o Normal. Ele queria ser engenheiro e ela professora primária. Ambos, entretanto, acabaram jornalistas. Ele porque fazia jornais estudantis desde o curso primário e ela porque era filha e irmã de jornalistas. Para completar, ela se casou com um jornalista, o felizardo aqui de

Por quê? (86) Os 80 anos de Dona Cidinha

Cláudio Amaral A cidade de Marília vai parar nesta quinta-feira, 22/5/2008. E não será apenas por conta do feriado de Corpus Christi, não. Marília, a “cidade menina”, como dizia José Arnaldo, colunista do Correio de Marília por mais de 40 anos seguidos, vai parar por conta do aniversário de Dona Cidinha. Aparecida Grenci Bravos vai completar 80 anos de vida. Neta dos italianos Francisco Grenci e Mariângela Parisi por parte de pai e Giro Lotitto e Maria Antônio Dinoia por parte de mãe, Dona Cidinha nasceu da união de outros dois italianos: Nicola Grenci e Anunciata Lotitto, ambos falecidos e sepultados no Cemitério da Saudade, em Marília. Dona Cidinha nasceu a 22 de maio de 1928, ou seja, mais de dez meses antes da criação oficial do município de Marília, que se deu no dia 4 de abril de 1929, por iniciativa de Bento de Abreu Sampaio Vidal. Ela foi a primeira menina registrada no “Registro Civil das Pessoas Naturais deste Distrito, Município e Comarca de Marília”. Ou seja: Dona Cidinha é

Por quê? (85) Rumo a Marília

Cláudio Amaral No momento em que eu e a família nos preparamos para mais uma viagem a Marília, a minha primeira de 2008, eis que chega pelos Correios um exemplar do Jornal da Fundação . Trata-se do “Órgão informativo da Fundação de Ensino Eurípides Soares da Rocha, mantenedora do Centro Universitário Eurípides de Marília – Univem”. A remessa, com certeza, me foi feita por iniciativa do Amigo Ivan Evangelista Júnior, que aparece no expediente como responsável pela “Organização Geral”. Curioso, e com tempo de sobra, felizmente, fui conferir o conteúdo e as ilustrações da publicação, datada de abril e que leva o número 123 – Ano XIII. Coincidência – ou não? – a manchete “Vento a favor” e o enunciado principal da capa logo me chamaram a atenção: “Confira como a formação contínua, espírito de liderança e responsabilidade social formam o tripé que o mercado de trabalho tanto valoriza e que aponta o caminho da realização profissional. Alunos e ex-alunos falam de suas experiências e contam com

Por quê? (84) Dono de nada

Cláudio Amaral “Quem pensa que é dono de tudo, na verdade, não é dono de nada”. A frase me foi dita nesta manhã de terça-feira, 13, mais uma manhã fria, em São Paulo. Tão fria, mas tão fria, que eu quase imitei um famoso treinador de futebol, que no domingo à tarde foi trabalhar, em Curitiba, sem tirar a calça comprida do pijama com o qual dormiu. Mas, como Curitiba é uma coisa e São Paulo é outra, tirei o pijama por volta das 7 horas da manhã, sob um frio de 9 graus centígrados, vesti o uniforme de trabalho e encarei mais um dia de frio. Um dia que promete ser longo, e frio. Longo porque hoje tem jogo do Corinthians, que vai enfrentar o São Caetano, em Ribeirão Preto, uma das cidades mais quentes do território paulista (será que faz frio, também, hoje, em Rébis, terra dos meus Amigos Guto e família Piñol?). O jogo faz parte da Copa do Brasil, cujo campeão terá direito a disputar a Copa Libertadores de 2009, tal qual o Fluminense está fazendo neste 2008, por ter sido o melhor na compet

Por quê? (83) Vãobora, vãobora?

Cláudio Amaral Ela voltou. Feliz. Sorridente. Cantante. Sarrista. Apesar do frio de menos de dez graus registrado na manhã desta segunda-feira, 12/5/2008, na velha e querida São Paulo da garoa, aquela figura no mínimo inusitada , à qual me referi pela primeira vez na crônica do dia 9/1/2008, reapareceu com tudo. Acordou cedo, cedinho, e ainda de pijama, desceu para a parte térrea da casa em que vive, na Aclimação, abriu a porta, pegou o Estadão e o folheou inteirinho. Tal qual havia feito na noite anterior com as edições de sábado e domingo. Em seguida, deu uma geral na cozinha, colocou a água para ferver (na chaleira, para o café; na leiteira, para as mamadeiras da netinha), arrumou a mesa para a primeira refeição do dia e saiu correndo quando a filha chegou com a figurinha mais amada da família. Estava feliz, a figura. E tinha motivos, muitos motivos. A vitória do Timão, no sábado à tarde, na reabertura do Estádio Municipal Dr. Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, por 3 a 2 sobre o

Por quê? (82) Duas mães?

Cláudio Amaral É comum ouvirmos ou até dizermos que “mãe é uma só porque ninguém agüentaria duas”. Mentira! Isso é argumento de cara de pau, de gozador, no mínimo, e, talvez, de quem não tem coração ou não teve a felicidade de possuir uma mãe de verdade. Eu tenho mais de uma mãe e sei bem o quanto isso é bom. Sim... Dona Wanda, aquela que me gerou, me colocou no mundo, me alimentou, me deu amor e carinho nos primeiros anos de minha vida é, como eu disse e repeti muitas e muitas vezes, “a primeira e única”. Mentira! Balela! A verdade, e isso eu não posso negar, é que Dona Wanda foi a primeira, mas a única... jamais! Nunca! Ao longo de minha longa e rica vida, uma vida mais rica do que longa, eu tive, e tenho, muitas mães. A primeira, sim, de fato, sem dúvida, foi – e é – Dona Wanda, que, graças a Deus, continua viva. Não tão bem de saúde quanto eu gostaria, mas viva e me reconhecendo e dizendo meu nome, meu primeiro nome, toda vez que vou vê-la na casa de minha irmãzinha, a caçula, lá p

Por quê? (81) Isabella?

Cláudio Amaral Sou avesso a sensacionalismo. Jamais me vi na posição de editor de Polícia de jornal sem compromisso com a seriedade e, por conseqüência, de casos polêmicos e ou crimes hediondos como o da pequena Isabella. Sei deste caso por cima, superficialmente. Fico arrepiado diante da hipótese de que foi o pai quem a matou ou pelo menos contribuiu para o fim trágico que a garota teve, aqui em São Paulo. Como pai, tio e avô de meninas lindas, meigas, carinhosas, amáveis e amadas, algumas já mulheres, outras ainda pequenas, como Be(bê)atriz, Laura e Sofia, fico arrepiado cada vez que sou lembrado que Isabella foi estrangulada e jogada de um prédio de apartamentos. Como pode o ser humano ser tão insensível a ponto de maltratar e até matar um semelhante inocente e indefeso? Por tudo isso, me nego a ver e a ler o noticiário a respeito de Isabella. Recuso-me, inclusive, a aceitar o tratamento que os jornais, as revistas, as emissoras de rádio e de televisão dão a este rumoroso caso. Sim,

Por quê? (80) “Fenômeno”?

Cláudio Amaral Um Amigo, com A, me questionou na manhã fria desta segunda-feira, 5/5/2008, por telefone, a respeito da entrevista que Ronaldo, o dito “Fenômeno”, concedeu à fenomenal Patrícia Poeta, repórter e apresentadora do Fantástico, o principal programa dominical da Rede Globo e da televisão brasileira. Sem pensar, respondi: - Não vi e tenho certeza de que nada perdi. Pensando melhor, horas depois eu admiti pra mim mesmo que havia perdido, sim. E perdi muito. Perdi de agradar meus olhos com a beleza de Patrícia Poeta, de admirar a competência dela como jornalista e de analisar o desempenho da substituta de Glória Maria como entrevistadora. Conclusão: perdi muito. Mas, ganhei, também. E ganhei muito, com certeza, porque me livrei de encarar uma figura estranha, certamente falsa, autora de uma atitude recente no mínimo desprezível. Dei de cara com Ronaldo pela primeira vez quando ele jogava no Cruzeiro, o principal time de futebol de Minas Gerais. Já naquela época ele era chamado d