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Mostrando postagens de agosto, 2011

Por quê? (248) Carlos Conde

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Cláudio Amaral Carlos Conde – ou melhor, José Carlos Novoa Conde – é advogado diplomado e jornalista por opção e convicção. Nascido em Santos a 2 de outubro de 1940, sempre torceu pelo Santos FC, cujo dia a dia acompanhou por anos e anos, em especial na Era Pelé. Tem uma vantagem a mais: mora junto à Vila Belmiro, a vila mais famosa do mundo. E por isso, nunca perde um jogo do Alvinegro praiano. Chova ou faça sol, no frio e no calor, lá está Carlos Conde. Em geral, acompanhado de Maria Christina Gomes Saliba, sua companheira inseparável, de Lygia Conde, a filha única e queridíssima, e amigos como Onésio Rodrigues, Luiz Roberto Serrano e Dario Palhares. Mais a prima-irmã Magaly ("somos como irmãos", costuma dizer Conde, que invariavelmente acrescenta: "O marido dela, Antonio de Paula Souza, o Toninho, é corintiano. Contraiu esse vírus na cidade natal, Araraquara, e nunca se livrou dele"). Embora também corintiano desde criancinha, estive ao lado deles

Por quê? (247) Mundo bom

Cláudio Amaral O que eu posso fazer de bom por este mundo que me trata tão bem? O que eu posso fazer de bom por este mundo que insiste em me tratar tão bem? Há 61 anos – quase 62, que completarei no dia 3 de dezembro de 2011 – este mundo insiste em me tratar bem. Desde o dia 23 de maio de 2011, então – quando fiquei sabendo das origens de meus desequilíbrios físicos (que começaram em Santos, quando eu trabalhava na Redação d’A Tribuna) e de minhas falhas de memória (que se revelaram quando entrei em depressão, já de volta a São Paulo e por consequência da traumática demissão do jornal diário de Santos), este mundo tem sido sempre bom para comigo. Foi bom também ao orientar-me rumo a um novo plano de saúde (para quem ainda não sabe, digo que no final de 2010 troquei o Bradesco Saúde pelo Prevent Senior, mais adequado aos nossos ganhos, de Sueli e meus). Isso não é tudo, não. No Prevent Senior, conhecemos a figura incrível do Dr. Gentil Silva, que veio a se tornar

Por quê? (246) Felicidade renovada

Cláudio Amaral Sempre – ou pelo menos desde que me conheço por gente – fui uma pessoa feliz. Meus familiares e Amigos sabem bem disso. Eles sabem o valor que dou para a vida, para eles e para todos que sempre procuraram me ajudar, me ver feliz. Ainda que eu não mereça, estou sempre procurando valorizar aquilo que recebo da vida e, em resumo, de Deus Pai Todo Poderoso. Minha felicidade é tão grande que procurei agradecer a cada profissional da Prevent Senior (o plano de saúde que Sueli e eu temos desde o final do ano passado), do Hospital Sancta Maggiore/Paraíso/SP (onde fui operado no dia 29 de julho de 2011), a cada parente e a cada Amigo que me telefonou ou me escreveu ou veio me visitar antes e após a cirurgia. Tudo – imagino – se completou nesta quinta-feira, dia 25 de agosto de 2011, com a visita que fiz ao Dr. Gentil Silva, na Prevent Senior da Rua São Carlos do Pinhal, proximidades da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, no Bairro da Bela Vista, aqui em São Paul

Por quê? (245) Vamos cantar?

Cláudio Amaral Logo que comecei a frequentar as missas da Igreja Católica Apostólica Romana, por obra e graça de Sueli, descobri uma vantagem: cantar. Gosto de cantar desde criança. Desde os tempos em que minha irmã Cleide cantava no coral de Adamantina e chegou a gravar um disco. Um discão de vinil, daqueles que não existem mais. Tentei entrar no coral da minha cidade natal. Minha irmã até tentou me ajudar, mas não foi possível e eu fiquei frustrado por anos a fio. Até que, já em Marília, em 1969, conheci Sueli e com ela fui à Celebração da Missa na Igreja de São Bento. Logo depois eu descobri que poderia cantar à vontade, no meio da multidão. Poderia cantar e até desafinar, porque em meio a aquele povo todo ninguém iria perceber. Agora, soltar a voz, mesmo, como eu gosto, só vim a fazer em São Paulo, aonde Sueli e eu viemos morar após o casamento, no dia 5 de setembro de 1971. E na primeira oportunidade que tive, entrei num coral. Foi no coral da Imprensa Oficial do Estado de São Pau

Por quê? (244) Fora, censura!!!

Cláudio Amaral A censura, quando atinge a nós, pessoalmente, é algo tão marcante, que fica difícil nos livrarmos dela por completo. De tempos em tempos, algo nos faz lembrar de quando e como fomos censurados. No sábado, 20 de agosto de 2011, por exemplo, conversamos – o fotógrafo e Amigo Marcello Vitorino e eu, na volta de uma visita à exposição que ele montou na Caixa Econômica Federal, na Praça da Sé – a respeito de um amigo meu de infância, dos tempos de Adamantina (SP), que nos censurava no Estadão. Isso – a censura – aconteceu na primeira metade dos anos 1970. E eu só soube da atividade dele porque nos encontramos, casualmente, numa viagem de ônibus urbano, aqui em São Paulo. Vitorino ainda me perguntou, no sábado, se ele censurava com convicção e eu disse acreditar que não. Falei que acreditava que ele, o meu amigo de infância, censurava por obrigação profissional, uma vez que era funcionário da Polícia Federal. Neste domingo, 21 de agosto de 2011, o assunto vo

Por quê? (243) Sofrendo por antecipação

Cláudio Amaral Desde que me conheço por gente, ouço dizer que não devemos sofrer por antecipação. Afinal de contas, aquilo que nos aflige pode nem vir a se confirmar. E se não se confirmar, ficamos com um sofrimento desnecessário. Mesmo sabendo disso, estou sofrendo. Há semanas. Cada vez mais. E não é por conta da cirurgia a que me submeti no cérebro. O motivo do meu sofrimento é a mudança da Família Amaral Gouvêa para os Estados Unidos. A filha Cláudia (a primeira), o genro Márcio e os netinhos Beatriz e Murilo, os unidos até agora, embarcam nesta sexta-feira, uma hora da madrugada. Márcio Gouvêa já está a trabalhar por lá desde o dia 1º de agosto de 2011. Voltou para São Paulo no dia 13 (sábado passado), trabalhou aqui todos os dias e embarca levando – além da mulher e filhos – a Bisa Cida, 83 anos. Aparecida Grenci Bravos, a Bisa Cida, é uma das pessoas mais queridas da família. Aceito a viagem sem pestanejar e vai ficar nos Estados Unidos em torno de um mês.

Por quê? (242) Vivendo no Exterior

Cláudio Amaral Desde que Sueli e eu falamos pela primeira vez em ter filhos, no segundo semestre de 1969, lá em Marília, penso no quanto seria bom ter um deles vivendo no Exterior. De preferência, num país do primeiro mundo. Penso na Inglaterra, na França, no Japão, na Alemanha, na Itália, na Espanha, no Canadá... e, claro, nos Estados Unidos. Imagino a importância de conhecer Londres e em estudar inglês em Oxford. Como seria bom ir a Tóquio, Kioto e outras cidades do Japão. Paris, então, é um sonho indescritível. E, uma vez em Paris, aproveitar para ver Lion, por exemplo, entre outras cidades. Que tal aproveitar para rever Roma, Madri e Barcelona (afinal, Barça é um encanto de cidade)? No Canadá, aproveitaria para conhecer de perto o quanto é gratificante pagar imposto sem revolta, porque o governo devolve tudo (e mais um pouco) em benefícios aos contribuintes. Nos Estados Unidos? Ah... tem tanta coisa boa e interessante, tanta cidade civilizada e tantos

Por quê? (241) O valor de um sorriso

Cláudio Amaral De alguns anos para cá, faço questão de cumprimentar meus semelhantes. Todos e em todas as oportunidades. Sejam eles crianças, pré-adolescentes, adolescentes, adultos ou idosos. Sejam eles do sexo masculino ou feminino. Bom dia, boa tarde, boa noite. Só depende do período do dia. Pois bem: hoje, 15 de agosto de 2011, fui à Celebração da Missa pelo décimo dia consecutivo. Fui porque tenho me sentido cada vez melhor dentro da capela do Convento da Ordem da Visitação de Santa Maria, na Rua Ignácia Uchoa, aqui na Vila Mariana, em São Paulo. Trata-se de uma Ordem criada por Santa Joana de Chantal (1572-1641). Por ela e por São Francisco de Sales, mestre e orientador de Santa Joana. Ao sair da capela, atravessei a rua e tomei o rumo de casa, na Rua Gregório Serrão, na Aclimação. Ainda na Rua Ignácia Uchoa, mas antes de chegar à Rua Vergueiro, passei por uma senhora e disse: - Bom dia . Ela não só respondeu à minha saudação como acresce

Por quê? (240) Dia da Família

Cláudio Amaral Para mim, este segundo domingo de agosto sempre foi o Dia dos Pais. Mas, para minha surpresa, fiquei sabendo que é mais do que isso. É mais do que Dia dos Pais. É o Dia da Família. Quem me abriu os olhos – e mais do que isso, a mente – para o Dia da Família foi o Padre Mario. Padre Mario foi quem celebrou oito das novas missas que acompanhei diariamente na capela do Convento das Irmãs da Visitação, na Rua Dona Ignácia Uchoa, aqui na Vila Mariana, em São Paulo. Além de Padre Mario, segundo Sueli, Padre Cláudio também chamou esse Dia dos Pais em Dia da Família. Afinal, tanto Padre Mario quanto Padre Cláudio, são da mesma congregação: a Ordem dos Xaverianos. E ambos são responsáveis pelas celebrações tanto nas Irmãs da Visitação quanto na capela dos Xaverianos, aqui mesmo na Rua Gregório Serrão. Senti-me sensibilizado ao saber que – mais do que Dia dos Pais – hoje é Dia da Família. Mesmo porque a família, para mim e para Sueli, tem significado esp

Por quê? (239) O centro das atenções

Cláudio Amaral Hoje, sábado, 13 de agosto de 2011, completei oito dias de ida diária ao Convento das Irmãs da Visitação, na Rua Ignácia Uchoa, na Vila Mariana, em São Paulo. Ou seja: fui à Celebração da Missa todos os dias que me foram possíveis após a cirurgia em que o Dr. Diogo Lins retirou por completo, no Hospital Sancta Maggiore do Paraíso/SP, o tumor que se alojava no meu cérebro e me incomodava há dois anos. De oito, em seis ocasiões fui sozinho. Ou melhor: eu e Deus. Numa oportunidade, sexta-feira, dia 12, dia consagrado a Santa Joana de Chantal, Sueli foi comigo e em seguida passamos na feira da região. Hoje, além de Sueli, tivemos uma companhia especial, muito especial: a netinha Beatriz do Amaral Gouvêa. Foi ela quem pediu para nos acompanhar. E nós concordamos no ato. Beatriz tem apenas 4 anos, completados no dia 12 de junho de 2011, o dia dos namorados. Mas, apesar da pouca idade, não raro ela nos acompanha à Celebração da Missa da Ordem dos Xaver

Por quê? (238) Maria Salete

Cláudio Amaral Muita gente rezou por mim desde o dia 23 de maio de 2011, data em que o Dr. Gentil Silva disse que eu precisaria passar por uma cirurgia no cérebro. Ele disse isso após examinar as radiografias que havia pedido que eu fizesse no Hospital Sancta Maggiore do Paraíso, aqui em São Paulo. Disse mais: que eu ficasse tranquilo – e Sueli também – porque o tumor que ali aparecia era benigno. Isso me tranquilizou. Mas a mim, apenas. Ao chegar em casa, na Aclimação, Sueli imediatamente recebeu telefonema da irmã, Maria Salete Bravos Philipson. Ambas se falam todos os dias, esteja Salete em São Paulo (onde tem apartamento) ou em Bragança Paulista (onde tem casa em condomínio fechado). Salete é uma pessoa especial desde pequena. Tanto que Sueli e eu demos o nosso caçula Flávio para ela e Fernando batizar. Sueli e eu começamos a namorar em julho de 1969 e Salete desde então facilitava a vida de nós dois, em Marília, a 460 quilômetros de S

Por quê? (237) Bagunça e alegria

Cláudio Amaral Desde o dia 29 de julho de 2011 minha casa – ou melhor, a casa ocupada por mim, Sueli, Flávio, Mauro e Vivian – há quase 40 anos, está bagunçada. Bagunçada, mas... cheia de alegria, felicidade, de alto astral. Foi que exatamente naquele dia que minha filha querida, Cláudia Márcia do Amaral Gouvêa, a primeira, veio morar aqui por três semanas com os filhos dela e netos meus e da Sueli: Beatriz (4 anos) e Murilo (um ano e sete meses). Veio porque, em função da transferência do marido, Márcio Gouvêa, para os Estados Unidos, os três (Cláudia, Beatriz e Murilo), que deveriam ter ido também naquela data, ficaram por decisão do casal. Fui voto vencido na permanência deles no Brasil. Tanto quanto possível, eu estava tranquilo em relação à minha cirurgia para extração de um tumor de seis centímetros no cérebro. Acreditava no Dr. Gentil Silva, geriatra que atende a mim e a Sueli: ele havia nos garantido que o tumor era benigno. Como, alias, se

Por quê? (236) O mundo mudou de cor?

Cláudio Amaral O título desta crônica leva uma interrogação, mas eu tenho certeza absoluta de que o mundo mudou de cor. Qual é a nova cor? Azul, talvez, por ser a minha cor preferida. Rosa, quem sabe, por ser a cor preferida de Beatriz, minha netinha querida. Verde, sim, porque não, essa que é a cor da nossa bandeira. Branco, outra cor importante do pavilhão nacional. Pode ser amarelo, também. Pode sim. Seja qual for – azul, rosa, verde, branco ou amarelo –, a nova cor do mundo tem tudo a ver com o meu estado de espírito. A nova cor do mundo está ligada de perto, bem de perto, com o estado da minha alma. Afinal, muita coisa mudou para mim depois do dia 29 de julho de 2011. Mudou a forma como eu vejo as pessoas, que, hoje, para mim são mais gentis, mais dedicadas, mais aplicadas e dispostas a serem mais competentes. Por exemplo: os técnicos em enfermagem, os enfermeiros e os médicos que me atenderam no Hospital Sancta Ma

Por quê? (235) Tia Zinha

Cláudio Amaral Tia Zinha veio me visitar no início da noite deste primeiro domingo de agosto de 2011. Vieram ela e o filho Beto, ambos Gasparetto. Ela vive na Rua Itaboraí, no bairro da Saúde, aqui em São Paulo. Ele, próximo a São Judas. Tia Terezinha é casada com Tio Renato e ambos têm mais três filhos: Renatinho, que vive em Porto Alegre; Reinaldinho, que mora em Miami, nos Estados Unidos; e Patrícia, que reside na Chácara Santo Antônio, também na capital paulista. Irmã mais nova de minha mãe, Wanda Guido do Amaral, falecida ano passado, em Campo Grande (MS), e do Tio Walter, também falecido, Tia Zinha é como uma mãe para mim. Uma mãe que me dá atenção de mãe. Ou mais que isso. Falou comigo – ou com Sueli – todos os dias desta minha fase. Desde o pré-operatório, incluindo os três dias em que estive no Hospital Sancta Maggiore, no Paraíso, por conta do Prevent Senior. Ao longo de longas conversas telefônicas, Tia Zinha sempre lembrou que