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Mostrando postagens de julho, 2010

Por quê? (204) O Repórter

Cláudio Amaral Aproveitei as férias de julho e o friozinho do Outono aqui no Hemisfério Sul para colocar parte da minha leitura em dia. Entre os muitos livros que me passaram pelas mãos esteve “A Vida de um Jornal”. Esta obra faz parte da minha coleção de publicações especializadas em Jornalismo e foi escrita nos Estados Unidos por Alvin Silverman, então “Chefe do Escritório de Washington do Plain Dealer, de Cleveland, um dos mais influentes diários da América”. A primeira edição brasileira saiu aqui em junho de 1965 pela Editôra (era assim que se escrevia na época, com acento circunflexo) Lidador, cuja matriz estava sediada no Rio de Janeiro. Em meio às perguntas que você pode vir a me fazer, imaginei: - Por que ler uma obra cujo título é “A Vida de um Jornal”? - Por que ler um livro publicado há 45 anos? - Por que “perder tempo” com uma publicação vinda dos Estados Unidos? - Por que, enfim, dedicar tempo precioso a saber detalhes a respeito do “Jornal Moderno” que está totalmente sup

Por quê? (203) Boa vontade

Cláudio Amaral “Pequena Cinderela” nem sempre teve boa vontade para a ir à escola, mas hoje foi demais. Vovó ligou do caminho, antes de cruzar a Avenida Lins de Vasconcelos, rumo ao Metrô Alto do Ipiranga, e – acredite se quiser – ela atendeu com visível boa vontade. Disse que já estava pronta. Estava vestida, penteada... só não falou que estava descalça e sem agasalho. Omitiu também que faltava escovar os dentes... mas tudo isso era detalhe de somenos (palavra que ela ainda desconhece, mas que está no meio da segunda coluna da página 1196 do Dicionário Escola da Língua Portuguesa, editado pela Academia Brasileira de Letras e Companhia Editora Nacional em 2008). A boa vontade era tanta, mas tanta, que ela até perguntou do “titio-padrinho”. E deu gargalhada diante da resposta da vovó. Quando, entretanto, vovó e vovô chegaram ao apê em que ela mora com papai, mamãe e irmãozinho, ao invés de pular do sofá de uma só vez e correr para apertar o botão do elevador, como ele gosta de fazer, a

Por quê? (202) Afonso Dias

Cláudio Amaral Certa vez, e lá se vão muitos anos, Sueli e eu estávamos hospedados na confortável residência de Anita e Luiz Augusto Michelazzo, em Ribeirão Preto (SP). Confortável e ampla, a residência deles, que na época ficava ao lado da Cava do Bosque, praticamente no centro de “Rébis”, como eles chamam Ribeirão Preto. Papo vai, papo vem, eu com ele e elas entre elas, eu disse a ele: - Sempre que venho a Ribeirão Preto vou visitar meu Amigo Afonso Dias . Na sequência, Mic retrucou: - Dessa vez, só se você conseguir alcançá-lo num outro plano . Fiquei branco, com certeza. Desconhecia por completo a passagem de Afonso Dias deste mundo para um outro, que, dizem, é bem melhor (e, ainda que seja, eu ainda prefiro este em que estamos). Afonso Dias, para quem não conheceu, era jornalista e funcionário público. Como jornalista, trabalhou em incontáveis revistas, diários e semanários. Como funcionário público, dava expediente na Dira, a Divisão Regional Agrícola de Ribeirão Preto, subordina

Por quê? (201) Parque da Aclimação

Cláudio Amaral Sempre tive identificação pessoal e próxima com os nossos parques públicos. Sempre. Se me lembro bem, as praias de Santos foram as únicas que me distanciaram dos nossos parques. Em Adamantina, cidade onde nasci, na falta de parques, eu procurava as praças públicas. Especialmente a praça onde hoje (8/6/2010) funciona a Secretaria de Cultura e a Biblioteca Municipal. Ainda em Adamantina, eu frequentava sempre a praça que fica em frente à estação ferroviária. Até porque era lá que eu ia para encomendar as transmissões das minhas primeiras notícias para a Rádio Bandeirantes de São Paulo. Em Marília, em Campinas, em São Paulo, em Campo Grande e em Franca, cidades onde vivi e trabalhei nos últimos 60 anos, 7 meses e cinco dias, sempre procurei conhecer e frequentar os nossos parques públicos. As praças também. Lembro-me bem dos parques e praças de Brasília, Curitiba, Porto Alegre..., que frequentei quase todas as vezes que lá estive. Aqui em São Paulo o primeiro parque que con