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Mostrando postagens de junho, 2008

Por quê? (100) 100 vezes

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Cláudio Amaral 100 vezes eu disse sim . 100 vezes eu me recusei a dizer não . 100 vezes eu nasci e 100 vezes me recusei a morrer. 100 vezes eu disse te amo . 100 vezes eu disse te amo para centenas e centenas de pessoas. 100 vezes eu me recusei a dizer te odeio . 100 vezes eu elogiei e centenas e centenas de vezes eu me recusei a ofender alguém. 100 vezes eu enalteci a criatividade, a inteligência, a iniciativa, a coragem, a honestidade, a lisura, a boa vontade de alguém, assim como centenas e centenas de vezes me recusei a jogar na cara de centenas e centenas de meus semelhantes que por centenas e centenas de outros eram chamados de burros, palermas, tapados e centenas e centenas de outros impropérios. 100 vezes eu me levantei, sacudi a poeira e dei a volta por cima e centenas e centenas de vezes ajudei a outros a se levantarem. 100 vezes eu disse muito obrigado a centenas e centenas de pessoas que jamais me pediram por favor . 100 vezes eu escrevi palavras de amor, de carinho, de i

Por quê? (99) A felicidade da figura

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Cláudio Amaral Amanheceu chovendo na Capital paulista, nesta segunda-feira, 23 de junho de 2008. Mesmo assim, aquela figura no mínimo inusitada , à qual me referi pela primeira vez no dia 9 de janeiro de 2008, uma quarta-feira, pulou cedo da cama, se vestiu com simplicidade, tomou o café da manhã, pegou o guarda chuva e foi para a rua. Para espanto geral, na família, saiu a pé. Estava bem agasalhada e protegida do frio e da chuva. Na mão esquerda, tinha uma sacola de plástico que ganhara no sábado, numa papelaria da Rua Dr. Diogo de Faria, onde comprara 40 envelopes. Na mão direita, carregava o guarda chuva. No Metrô Ana Rosa, tomou o rumo do terminal Jabaquara. Duas estações depois, desceu. Estava no Shopping Santa Cruz e, como o relógio ainda marcava 8 horas da manhã, todas as lojas permaneciam fechadas. Abertas, somente as cafeterias e as lanchonetes. Nenhuma delas, entretanto, chamou a atenção da figura. Ela estava satisfeita com o café da manhã tomado em casa, com a esposa. Ao sai

Por quê? (98) Qual é a sua meta?

Cláudio Amaral Desde que me conheço por gente eu tenho uma meta. Pelo menos uma. E você? Qual é a sua meta? Aprendi a trabalhar com meta por pura intuição? Sabe aquela coisa de “o que você quer ser quando crescer?” Pois foi assim que eu descobri que é preciso ter meta. Sempre. Foi por isso que me chamou a atenção a afirmativa do treinador da seleção brasileira de basquete feminino, classificada no fim de semana passado para as Olimpíadas de Pequim. Paulo Bassul, o comandante da equipe que garantiu a presença do Brasil no basquete feminino em Pequim, disse ao Estadão, em Madri, na Espanha, que não tem meta para as Olimpíadas deste ano. Inacreditável! Acredito que tão logo reflita a respeito do que falou, Bassul mudará de idéia e imediatamente estabelecerá uma meta para as meninas do Brasil. Ser medalha de ouro em Pequim é uma meta. Real? Irreal? Visionária? Impossível? Isso é ele, Paulo Bassul, quem sabe. Mas, uma meta, pelo menos uma, ele deve e precisa ter. Sêneca (Lucius Aneus Sêneca

Por quê? (97) A volta da figura

Cláudio Amaral Domingo é dia de descanso, não é mesmo? Para as pessoas normais, pelo menos. Pois bem: para essas pessoas, domingo é dia de levantar mais tarde, tomar o café da manhã e ler o jornal de pijama, de tomar banho demorado, de sair para caminhar (só ou muito bem acompanhado), de levar as crianças ao parque, de almoçar fora com a família, de ir ao estádio de futebol ou ao ginásio do Ibirapuera (onde hoje, por exemplo, jogam as seleções masculinas de vôlei que querem uma vaga nos Jogos Olímpicos de Pequim), de tomar sorvete, de ver Faustão ou Gugu (ou os dois) e a seleção brasileira de futebol contra o Paraguai na TV... enfim, domingo é um dia especial. Foi por conta disso tudo que aquela figura no mínimo inusitada, à qual já me referi em três crônicas, saiu de casa pouco antes das 9 horas da manhã deste domingo, 15 de junho de 2008, para assistir à celebração da Missa na Paróquia de Santa Rita de Cássia, na Rua Dona Ignácia Uchoa, na Vila Mariana. Com a fé renovada, em seguida,

Por quê? (96) Vamos acordar e agir, pessoal?

Cláudio Amaral A minha veia política está pulsando tanto, mas tanto, que às vezes tenho a impressão de que vai saltar do corpo. Por quê? É fácil explicar: quando criei esta série de artigos, prometi para mim mesmo que não escreveria de política. Nada de política. A respeito de política eu escrevia para Jornal de Debates, o portal do Paulo Markun, hoje presidente da Fundação Padre Anchieta, responsável pela Rádio e Televisão Cultura. Desde então, ou seja, dia 4 de outubro de 2007, tenho conseguido evitar temas que me levem a fazer críticas e análises de políticos. Mas, hoje, meu caro e-leitor, vou quebrar meu juramento. Por quê? Porque não consigo suportar tanta incompetência, tanta falta de inteligência (para não dizer burrice, porque fico irritado quando ouço esta palavra: burrice, burro, etc.). Pois bem: que os nossos políticos são incompetentes e pouco inteligentes, não me resta a menor dúvida. Nem para mim, nem para você, com certeza. Ou você conhece algum político competente e int

Por quê? (95) Sonhei de novo, mas não foi com a tragédia...

Cláudio Amaral Nem mesmo a inesperada, indigesta e inesquecível tragédia da Ilha do Retiro (Sport 2 X Corinthians 0) me tirou o sono. Nem a capacidade de sonhar. Nem o sono, nem a capacidade de sonhar, nem o bom humor. Fui dormir triste, sim, é verdade. Por quê? Porque acreditava no Timão e na possibilidade de os comandados de Mano Menezes se aproveitarem da vantagem que fizeram no Morumbi (3 a 1) e trazer para São Paulo o título de campeão da Copa do Brasil pela terceira vez (ainda que sem o direito de gritar “tri-campeão”). Ainda assim, ou seja, triste com a derrota imposta pelo Leão do Norte ao meu Timão, sempre Timão, dormi a noite inteira. Dormi bem e sonhei, novamente. Sonhei ter encontrado o corintianissimo Juca Kfouri num evento em que os convidados eram jornalistas, como ele e eu, mas também escritores, políticos, intelectuais, etc. Foi um encontro casual, bem diferente daquele que tivemos certa vez, na sede da Rede Globo de Televisão, na Praça Marechal Deodoro, no centro velh

Por quê? (94) Dormi e sonhei

Cláudio Amaral Dormi e sonhei como poucas vezes havia sonhado. Sonhei tanto e tão intensamente, que foi difícil acordar nesta manhã de domingo, 8 de junho de 2008. O despertador do meu telefone celular tocou exatamente às 7 horas da manhã, como todo dia ele faz. Tentei espreguiçar e não consegui. Fiz um esforço enorme para alcançar o aparelho, mas estava difícil. O braço direito doía e se recusava a esticar. Não esticava nem sequer para alcançar o celular, pousado sobre o criado-mudo em que guardo objetos pessoais de vestir, como meias, cuecas, pijamas. Relógios e canetas, também. Logo senti que havia dormido sobre o braço direito. Com dificuldade, levantei-me e sentei na cama. Peguei o celular, desliguei e fui com ele para o banheiro. Por que eu levei o celular para o banheiro? Não sei. No banheiro, com iluminação natural e artificial, vi marcas que comprovavam que eu havia dormido sobre o braço direito. Relaxei e comecei a lembrar de detalhes do sonho, interrompido pelo alarme do cel

Por quê? (93) Dormi ao volante

Cláudio Amaral Como é bom dormir. Muito bom. Bom mesmo. É sempre bom dormir. Por quê? Porque dormindo a gente descansa, sonha, viaja, navega, voa. Porque dormindo a gente revê pessoas, visita e ou revisita lugares, relembra passagens agradáveis. Porque dormindo a gente tem chance de dialogar com pessoas que estão distantes e também com aqueles que já se foram desta vida. Dormindo, enfim, temos oportunidade de fazer o que não fazemos acordados. Seja por falta de oportunidade ou de coragem. Dormi e durmo em qualquer lugar. Basta encostar... e eu durmo. Disse, em crônica recente, que já dormi e durmo muito bem em bancos de rodoviárias e aeroportos, em poltronas de ônibus e aviões. Dormi até em banco de jardim. Sim: até em banco de jardim eu já dormi. E não foi deitado, não. Dormi sentado. Dormir em pé? Hum... isso eu não me lembro. Creio que dormir em pé, não. Agora, dormir ao volante?! Essa experiência, confesso, eu nunca havia experimentado. Nunca, mesmo. Jamais! Mas, como tudo tem uma

Por quê? (92) Saudades de Adriana

Cláudio Amaral Esteja onde estiver, ela deve estar feliz. Muito feliz. O motivo? Simples: ela consegue manter unidos tanto a família quanto os amigos. Uma prova? A prova – mais uma – foi o jantar de quinta-feira, 5 de junho de 2008, quando nos reunimos na praça de alimentação do Shopping Higienópolis, na região central de São Paulo, para falar dela. Falar, simplesmente, é pouco. Muito pouco. Nos reunimos para nos rever, nos conhecer, lembrar, relembrar, sorrir e... chorar, ou para ser mais exato, segurar, reter, engolir o choro. De São Paulo, Sueli e eu, Álvaro (o irmão) e Taciana (a cunhada). Do Recife, Ana Lúcia (a mãe), Neto (o pai), Andréia (a irmã) e Rafaela (a tia). Nós dois, representando os amigos. Eles todos, a família. Uma família falante, alegre, risonha, divertidíssima. Uma família amiga. Cada vez mais amiga. Uma família que faz questão de manter vivas as lembranças, as peraltices, as estripulias, mas também a determinação de uma jovem que deveria estar e continuar entre nó

Por quê? (91) Meu joelho dói

Cláudio Amaral Eu, que sempre durmo bem, dormi mal nesta noite de segunda para terça-feira, 3 de junho de 2008. Logo eu, que, seja onde for, encosto e durmo. Durmo no sofá de casa vendo televisão, no banco do ônibus do Expresso de Prata entre São Paulo e Marília, no banco do ônibus da Cometa entre Franca e São Paulo, no banco do ônibus da Motta entre São Paulo e Campo Grande, nas poltronas dos aviões que já me levaram pelo Brasil e pelo mundo, e sempre me trouxeram de volta à Capital paulista, no bancos mais desconfortáveis de rodoviárias e aeroportos, etc. Pois é: logo eu, que encosto e durmo, dormi mal na noite passada. E, pior do que isso, acordei com dor. - Meu joelho dói . Foi o que eu disse assim que sentei na cama em que dormi na noite passada, no apartamento 611 do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, no Bairro do Paraíso, aqui em São Paulo. Por quê? Por que o quê? Por que eu dormi mal ou por que eu dormi no hospital? Dormi no hospital porque os médicos decidiram que Sueli, minha mulh

Por quê? (90) Cá entre nós

Cláudio Amaral Hoje, domingo, 1º de junho de 2008, um dia frio e chuvoso aqui pelos lados da Vila Mariana (onde estou a trabalhar) e da Aclimação (bairro em que moro há quase 40 anos), quero dedicar essa crônica a um Amigo. Não por acaso, um Amigo que, como eu, torce pelo grande e glorioso Sport Club Corinthians Paulista. Um Amigo com A. Um Amigo do peito. Um Amigo daqueles em quem eu posso confiar de verdade. Eu e você, também, porque ele é confiável em todos os sentidos, jeitos e situações. Cá entre nós, eu o conheci no início de uma nova fase da minha vida. Minha e dele. Cumprimos um processo seletivo juntos. Ele e eu estávamos no mesmo grupo e, por conta disso, passamos por uma mesma dinâmica. Ele quase desistiu, mas felizmente não o fez. Meses depois me contou que não desistiu por causa da minha determinação de ir em frente, enfrentar o desconhecido, conhecer atividades novas e pessoas totalmente estranhas aos nossos meios e atividades profissionais. Que bom, Cá entre nós, que ele