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Mostrando postagens de abril, 2024

Por quê? (442) – Saudade

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Cláudio Amaral Eu tenho saudade. E você? Eu tenho saudade dos meus tempos de menino pequeno em Adamantina. Tenho saudade dos meus bons tempos de garoto em Marília. Também tenho saudade da minha meninice em São Paulo. E me recordo com saudade da minha criancice quando da minha volta a Adamantina. E você? Eu tenho saudade dos tempos em que nem sabia o que era responsabilidade. Sim, porque a responsabilidade era toda dos meus pais. Era deles a responsabilidade de me alimentar, de me trocar e me manter limpo e saudável. Deles era também a responsabilidade de me educar, de me ensinar o que era certo, de me mandar para a escola e de me apresentar ao meu primeiro livro, a Cartilha Caminho Suave, de Branca Alves de Lima . E você? Você também tem saudade dos tempos de infância? Eu tenho saudade dos meus bons tempos de curso primário, ou seja, do primeiro ao quarto anos do grupo escolar. E você? Eu tinha pouco mais de seis anos quando fui matriculado numa escola p

Por quê? (441) – Cartas a Théo

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Cláudio Amaral Uma mulher simples é comum nas ruas de São Paulo. Mas uma mulher simples e vestida com elegância, nem tanto. Agora, uma mulher simples, jovem, elegante e com um livro nas mãos... isso, sim, é raridade em qualquer das ruas dessa imensa cidade. Pois foi isso que eu vi na tarde de sexta-feira, dia 12 de Abril de 2024, ao meu lado, no Largo Ana Rosa. Estava eu a caminho duma das maiores agências bancárias da Vila Mariana. Parei no farol vermelho e fiquei a esperar a vez dos pedestres. Ela também parou. O farol fechou para os veículos e abriu para nós, pedestres. Atravessamos, mas paramos logo à frente e ficamos a esperar, outra vez, porque o farol fechado, agora, era o da Rua Domingos de Moraes. Foi quando ela e eu ficamos lado a lado. Pude, então, ter clareza de que ela estava com um livro na mão esquerda. Tímido como sou, respirei fundo, criei coragem e perguntei: - Posso saber qual é o livro que você está a ler? Gentil, ela sorriu e virou para