Por quê? (329) – Saudades e emoções


Cláudio Amaral

Na solidão do meu lar, doce lar, e em meio ao frio, muito frio, que faz em São Paulo nestes dias finais de julho de 2013, ou pelo menos aqui pelos lados da minha querida Aclimação, fico a pensar, cá comigo e com meus botões: como é bom ter capacidade e condições de sentir saudades e emoções.

Saudades da minha Sueli, que foi até a nossa Marília com a querida Bisa Cida (Aparecida Grenci Bravos), na segunda-feira, pela hora do almoço. E que, três noites depois, está na estrada, voltando para nossa casa, em companhia da mamãe Cidinha e a bordo do automóvel da Amiga Vera.

Saudades, também, da filha, do genro e dos dois netinhos queridos que na quarta-feira da semana passada se foram para o Rio de Janeiro e agora estão se deliciando nas praias e no calor da ilha de Paquetá, onde vivem os paes e parentes de Márcio Gouvêa.

Saudades, ainda, do filho que se mudou no final de junho para o apartamento que arrumou para viver com o Amor da vida dele. E pelos quais torcemos como nunca, desejando sempre muitas felicidades para o novo casal.

Emoções? Sim, tenho sentido emoções fortes – fortíssimas – toda vez que o Papa Francisco aparece nas telas dos meus aparelhos de televisão. Ora no televisor da sala, ora no do quarto ou no meu “escriptório”, onde neste momento batuco as pretinhas do meu computador. Ora na TV Globo, ora via Globo News, ora na Bandeirantes ou na TV Cultura. Ora nas emissoras católicas, como a Rede Vida ou Canção Nova ou Rede Aparecida.

Emoções que têm surpreendido até a mim mesmo, por mais católico que eu seja e saiba disso. Por mais simpatia que sinta pelo ex-Cardeal de Buenos Aires, eleito Papa ainda este ano.

Emoções provocadas, sei, pela humildade do Papa Francisco; pela simplicidade dele; pelo despojamento que ele tem pregado e praticado; pelo Amor que ele tem demonstrado – em gestos e palavras – em relação a Jesus Cristo e à Mãe Maria, representada entre nós, os brasileiros, na figura de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a Padroeira do Brasil.

São essas saudades e tais emoções que me animam e me fazem sentir vivo nos momentos em que mais me sinto sozinho.

Essas saudades e emoções… Saudades de Sueli, Cláudia, Márcio, Beatriz, Murilo, Flávio, Graziella  Emoções provocadas pelo Papa Francisco, especialmente agora que está a peregrinar e a pregar pelas terras brasileiras e a demonstrar o respeito mais profundo por todos nós, católicos ou não, cristãos ou não, crentes de todas as seitas ou religiões. Ou seja, ele tem demonstrado que respeita e admira a todos os seres humanos, sejamos homens ou mulheres, pequenos ou grandes, jovens ou idosos. Ele, o Papa Francisco, tem demonstrado respeitar inclusive as nossas autoridades (ainda que pensemos que elas não façam por merecer).

É por causa dessas saudades e emoções que sigo acreditando que vale a pena viver e a acreditar em Deus, em Cristo e na Humanidade.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968 e estudante de História na FMU/Liberdade/SP desde 1º. de fevereiro de 2013.


25/07/2013 16:59:26

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