Por quê? (358) – Escola de Caligrafia?
Cláudio
Amaral
Você, caro e-leitor, sabia
que existe uma Escola de Caligrafia em São Paulo?
Eu sabia, mas não me lembrava.
Recordei agora, exatamente no meio da tarde chuvosa desta terça-feira
(29/3/2016), enquanto aguardo a visita de um técnico especializado em instalação
de tevê a cabo e telefone.
E como se deu essa minha lembrança?
Acredite: lendo um jornal-revista em papel, exatamente no momento em que os
impressos, especialmente jornais e revistas, estão acabando, por conta do avanço
das publicações via Internet.
Trata-se de piauí 113, edição de fevereiro deste
ano, que comprei e levei para ler durante as férias nos Estados Unidos, onde
estive entre 14/2 e 4/3.
Levei mas não li. Afinal,
fiquei ocupado com as brincadeiras dos netinhos Murilo (6 anos) e Beatriz (8),
com a leitura de livros e as poucas saídas com a Filha, o Genro e o irmão dele.
Fomos três vezes a Washington, ora para ver hóquei sobre patins e basquete universitário
no Verizon Center (http://www.verizoncenter.net),
ora para conhecer por dentro o campus principal da Georgetown University (https://www.georgetown.edu).
De volta ao Brasil, peguei a piauí e tenho lido aos poucos, texto por
texto. Até que hoje cheguei à página 15 e ao texto CONSCIÊNCIA DO TRAÇO – Uma escola paulistana de caligrafia.
Por essa reportagem fiquei
sabendo da existência “da centenária Escola de Caligrafia De Franco”, fundada
em 1915 pelo Professor Antônio De Franco.
Instalada na Zona Oeste da
Capital paulista, a escola é dirigida pelo neto do fundador, o também Professor
Flávio José De Franco Júnior.
Segundo a autora do texto em questão,
Ana Lima Cecilio, o Professor De Franco Júnior “é um homem alto, de 58 anos e
cabelos brancos”. Ele “fala com voz grave e se veste de maneira sóbria”,
detalhes só observados por repórter muito observador e daqueles que sempre
procurei imitar, desde que optei pela profissão de Jornalista, em 1º de maio de
1968.
Outro detalhe bem observado
por Ana Lima Cecilio: a Escola de Caligrafia De Franco tem 120 alunos
matriculados. São aprendizes que buscam a instituição “atrás de volteios da
letra inglesa manuscrita tipo comercial moderna, a base do curso”.
Ainda de acordo com as explicações
do diretor, essa escrita “é uma das mais simples” e que “dá ao estudante a consciência
do traço”. E depois? “Depois ele pode escrever o que quiser”.
Nunca tive o privilégio de
entrevistar o Professor De Franco, o avô. Mas lembro-me bem dele dos meus bons
tempos de repórter do Estadão. Era nas páginas do então maior e melhor diário do
Brasil que ele publicava pequenos anúncios em busca de novos alunos.
Mais uma que aprendi nas
páginas 15 e 16 de piauí: o fundador
da Escola de Caligrafia De Franco “aprendeu a arte caligráfica com a mãe, uma
italiana da região de Vêneto que veio solteira para o Brasil e se casou com um conterrâneo
que achou por aqui por volta de 1890”.
Hoje, segundo o neto, “a técnica
ali ensinada continua importante”.
Por quê?
Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?
Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?
(*) Cláudio Amaral (clamaral@uol.com.br) é jornalista desde 1º de maio de 1968, Mestre em Jornalismo para Editores pelo IICS/SP (Turma de 2003) e Biógrafo pela FMU/Faculdade de História/SP (Turma de 2013/2015).
29/03/2016 23:10:40 (pelo horário de Brasília)
Comentários