Por quê? (341) – Noite feliz


Cláudio Amaral

Há tempos não participava de um evento público da importância do Prêmio Personalidade da Comunicação 2014. Mas, na noite desta terça-feira (06/05/2014), atendi ao convite dos Amigos Eduardo Ribeiro e Marco Rossi, e fui assistir à homenagem que eles e a Telefônica Vivo prestaram – com justiça – à Jornalista Miriam Leitão.

Fui e não me arrependi. Fui e iria mais quantas vezes fosse convidado.

Fui e aproveitei para me sentir novamente em meio a Amigos e Jornalistas, o que não fazia desde que passei a frequentar – pela quinta vez – o ambiente acadêmico e as aulas de História na FMU/Campus Liberdade/SP, desde o início de 2013.

Disse e repito: fui ao Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, e aproveitei para rever e matar a saudade de inúmeros Amigos. Entre eles, e além dos dois já citados, Sérgio Kobayashi (meu Presidente na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo entre 1998 e 2003, no Governo de Mário Covas), Audálio Dantas, J. J. Fornes, Decio Paes Manso e Thales Toffoli (diretores do Maxpress), Alexandre Martins (meu repórter nos bons tempos de Correio Brasiliense) e Paulo Vieira Lima.

Foi uma noite realmente feliz, porque, em pé, no auditório principal do Rebouças, incontáveis filmes me passaram pela cabeça, enquanto Miriam Leitão era homenageada por cerca de 400 pessoas.

·       O filme dos meus tempos de curso no Batalhão do Exército, em São Vicente, onde cantávamos o Hino Nacional do Brasil antes do início de cada aula.
·       O filme dos cinco anos e 45 dias em que trabalhei ao lado – e sob o comando – de Sérgio Kobayashi e Carlos Conde, na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
·       O filme dos tristes anos de chumbo após o golpe civil e militar de 1964 e até 1985, durante os quais Miriam Leitão foi presa ainda grávida do primeiro filho porque lutava nas ruas e em passeatas pela redemocratização do Brasil.
·       O filme da campanha pelas Diretas Já no Vale do Anhangabaú, em que ambos estivemos (ela e eu, em meio a dezenas de milhares de pessoas que lá foram para ouvir gente do porte de Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Mário Covas…).
·       O filme das lembranças dos tempos em que a homenageada fazia as primeiras entrevistas para a televisão com aquele que foi sem nunca ter sido nosso primeiro presidente civil na Presidência da República, Tancredo Neves.
·       O filme dos meus netinhos, Beatriz e Murilo, no momento em que Miriam Leitão homenageou os quatro netos que ela tem e nos quais pensa toda vez que imagina o futuro do Brasil.
·       O filme das emoções, alegrias e tristezas que vivi e senti nas ruas de São Paulo, em campanha para eleger o saudoso Mário Covas quando ele foi candidato a deputado federal, a senador, a presidente da República e a governador paulista.
·       O filme (ou filmes?) das últimas campanhas eleitorais, que me deixaram tão descrentes na nossa classe política e que para a próxima, como comentei com Sérgio Kobayashi, só irei votar porque ele me lembrou que ainda nos resta uma esperança: o deputado Bruno Covas, o único que não nos deixa perder a fé nos políticos do futuro. Aquele futuro em que Miriam Leitão tanto acredita – como disse ontem à noite – ao pensar nos quatro netinhos que os dois filhos deram a ela.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968, Mestre em Jornalismo para Editores pelo IICS/SP (Turma de 2003) e estudante de História na FMU/Liberdade/SP desde 1º. de fevereiro de 2013.


06/05/2014 22:54:58

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