Por quê? (371) – Em vida


Cláudio Amaral

Dois dias antes de publicar o meu primeiro romance(*), estive em Osasco, cidade que faz limite com São Paulo, a Oeste da nossa Capital. E lá ouvi algo que me levou a pensar muito e profundamente na vida.

- Por que você não iniciou este trabalho há um ano? Você teria ouvido tudo isso diretamente de meu pai e não precisaria estar aqui, agora, perguntando, perguntando e perguntando a mim.

Parei, pensei e sai de Osasco pensando na pergunta do meu entrevistado.

Fiz todo o caminho de volta, até minha residência, na Aclimação, zona sul de São Paulo, pensando quase que tão somente nisso. Ou seja, na pergunta...

- Por que você não iniciou este trabalho há um ano?

De volta ao meu home office lembrei-me dos meus tempos de estudante universitário de Licenciatura em História.

Naquela época, entre 2013 e 2015, não foi um, nem dois os Professores que me recomendaram guardar tudo o que pudesse ser utilizado no futuro para produzir uma biografia.

Uma biografia como a que estou a produzir desde o dia 3 de setembro de 2016. Naquele dia fui encarregado de pesquisar, ordenar e escrever a história de Amor de um casal que já nos deixou.

Uma belíssima história de Amor, por sinal.

Uma história de Amor tão bela e comovente, que os filhos, noras e netos querem deixar registrada para a posteridade.

Felizmente terei muitas informações para produzir o meu trabalho. Até porque uma das pessoas do casal elaborou mais de um documento histórico, que ela chamou de Livro de Ouro. E é nele que estou me baseando para montar a biografia em produção.

Imagino, entretanto, quantas histórias de Amor existem, como esta, no Brasil e no mundo. Histórias que, no entanto, não foram registradas, não deixaram documentos – escritos, falados e ou fotografados – e que, por isso, não poderão ser registrados e deixados para filhos, netos, bisnetos...

Para felicidade de meus filhos, meus netos e meus bisnetos estou deixando textos e imagens que pelo menos um deles poderá utilizar para registrar minha passagem por este mundo. Minha e de Sueli, com quem estou casado desde 5 de setembro de 1971.

Temos, por exemplo, tanto ela quanto eu, centenas de cartas escritas à mão e a dedo desde que começamos a namorar, lá pelos idos de 1971, em Marília (SP). E mais: possuímos centenas de escritos e imagens desses anos todos.

Tudo isso poderá ser utilizado a partir do dia em que algum dos nossos decidir escrever a nossa biografia, a nossa história de vida, como as que produzi e produzo atualmente.

(*) Um lenço, um folheto e a roupa do corpo é, em resumo, “a estória do Jornalista Católico Apostólico Romano praticante que ficou 40 dias e 40 noites perambulando pelas ruas de São Paulo, em busca de solução para um caso de relacionamento humano, complicado de se entender”. Está publicado na plataforma PerSe: http://www.perse.com.br/novoprojetoperse/WF2_BookDetails.aspx?filesFolder=N1475173658621. Nela é possível ler uma prévia gratuitamente e, caso o leitor queira ter uma versão exclusiva, pode optar entre o formado e-book (por R$ 7,30 e só) ou impresso (R$ 37,28 + custo da entrega pelos Correios).

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral (clamaral@uol.com.br) é autor do recém-publicado Um lenço, um folheto e a roupa do corpo. É jornalista desde 1º de maio de 1968, Mestre em Jornalismo para Editores pelo IICS/SP (Turma de 2003) e Biógrafo pela FMU/Faculdade de História/SP (Turma de 2013/2015).


05/10/2016 18:34:56 (pelo horário de Brasília)

Comentários

Sueli Amaral disse…
Facilitando a vida dos herdeiros? Ou alertando muitas pessoas, com estórias de vida em família que servem de exemplo para futuras gerações?

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