Por quê? (406) Um novo modo de vida
Cláudio Amaral (*)
2020 ficará na História como o ano que tivemos
que conhecer um novo modo de vida. No Brasil e no mundo.
Por quê?
Porque tivemos que mudar completamente o
nosso jeito de viver e de ver a vida. Deixamos, por exemplo, de nos encontrar
com os amigos e as amigas, de viajar com a frequência que fazíamos (e como era
bom frequentar as praias de Santos e visitar familiares fora do Brasil, por
exemplo). Nunca mais fomos a cinemas e a teatros, de reunir a família, de
almoçar e jantar com as pessoas de quem mais gostamos. Até de ver os filhos, os
netos e outros parentes nós paramos.
Trabalhar em pequenas, médias e grandes
coberturas jornalísticas, então nem pensar. No meu caso, especificamente,
deixei de me reunir uma vez por mês com os colegas do grupo de estudos de
poesia e leitura na Biblioteca Mário de Andrade, no centro da Capital paulista.
Nunca mais tive encontros com os parceiros da Pascom (a Pastoral da Comunicação
Social da Regional Sé da Arquidiocese de São Paulo), nem com os integrantes do
Grupo Vizinhança Solidária. Muito menos com os filiados a Academia Paulista de
Jornalismo. Tudo passou a ser feito por meios eletrônicos. Até as consultas
médicas.
Outras questões importantes: ficamos meses
sem ir ao dentista e sem cortar os cabelos, até porque isso ainda não é
possível fazer de outra forma que não seja a presencial.
As palestras que fazíamos para falar dos
nossos livros ficaram na saudade, assim como as respectivas sessões de
autógrafos.
Votar, sim, ainda foi possível. Mas com
muitos cuidados e precauções.
Voltar a frequentar os parques públicos
também, embora tenhamos sido obrigados a passar ao largo deles todos por mais
de seis meses deste ano atípico.
Agora só nos resta continuar seguindo os
protocolos recomendados pelas autoridades médicas, como uso adequado de
máscara, aplicação de álcool em gel, lavar as mãos sempre que necessário, tirar
os calçados ao entrar em casa, por exemplo.
E rezar. Rezar sempre. Rezar muito. Porque sem Fé tem sido difícil, muito difícil, viver nestes dias de pandemia.
(*) Artigo escrito a pedido da Jornalista Arminda Augusto, Editora-Chefe do jornal diário A Tribuna de Santos, e publicado neste domingo (06/12/2020) no caderno Cidades, à página A-9.
Cláudio Amaral
Jornalista e Biógrafo
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