Por quê? (153) Um dia inesquecível


Cláudio Amaral

Férias tem dessas vantagens: você dispõe de todo o tempo e, por consequência, faz o que quer.

Especialmente quando as férias não estavam programadas.

Eu tinha um programa de férias, sim: pretendia deixar o trabalho por um mês a partir do primeiro útil de 2010, por conta do casamento de um filho e do nascimento do segundo neto (ou neta, ainda não sei).

Pretendia passar minhas férias entre Santos, São Paulo (onde ainda tenho residência) e Blumenau, cidade em que meu filho do meio vai se casar no início de janeiro de 2010.

Mas, Deus quis assim (ou seja, que eu antecipasse meu período de descanso) e eu estou a aproveitar minhas férias inesperadas.

Depois de ter resolvido as questões burocráticas e financeiras das férias, em Santos, subi a Serra do Mar na quarta-feira (24/6/2009) e no dia seguinte tive “um dia inesquecível”.

Um dia daqueles que a gente só tem quando está disposto a relaxar e a descontrair.

Um dia livre de compromissos formais.

Um dia dedicado à família e aos Amigos.

Um dia em que nem o trânsito louco da Capital paulista é capaz de me irritar, de me tirar do sério.

Relaxei tanto, nesta quinta-feira (25/6/2009), que nem me lembrei que era rodízio da placa do meu Honda Fit. Só fui me lembrar desse detalhe quando faltavam 5 minutos para às 8 horas da noite. E aí pensei em fazer cálculos a respeito dos horários em que eu havia saído de casa para o sacolão, para saber se eu tinha rodado dentro do horário proibido, mas desisti. Afinal de contas, estou em férias.

E por que o dia foi inesquecível?

Porque, além de tudo e de todos, eu voltei ao centro de estudos onde fiz o Master em Jornalismo para Editores, em 2003, pela Universidade de Navarra (Espanha). Fui conhecer a turma de 2009, da qual só conhecia duas jornalistas, uma de Santos e outra de Araçatuba. Fui rever professores do Brasil e dos Estados Unidos, e, de quebra, assisti a uma aula que reforçou em mim as convicções contra a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão.

Para terminar o dia e a noite, um jantar dos mais agradáveis, regado a um apreciável vinho Periquita da safra de 2005, importando das Terras do Sado, em Azeitão, Portugal.

E como se tudo isso não bastasse, senti, ao me recolher para mais uma noite de sono, que Deus está comigo – e com minha família e Amigos – e que essas férias têm prazo para terminar.

Santa felicidade.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968, professor e orientador de jovens jornalistas, palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação institucional. Foi Editor-Executivo em A Tribuna de Santos de 1º/10/2008 a 17/6/2009.

26/6/2009 17:08:07

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