Por quê? (269) Histórias do mundo para os netinhos

Monteiro Lobato e o Jeca Tatu


Cláudio Amaral

Venham meus netinhos, venham. Venha Beatriz, venha. Venha Murilo, venha. Venham que Vovó e Vovô têm uma grande surpresa para vocês.

É o seguinte: depois de muita procura aqui em casa, hoje, exatamente hoje, dando sequência à faxina geral, Vovó encontrou, na garagem, a coleção de Histórias do Mundo para crianças escrita e editada por Monteiro Lobato (José Bento Renato Monteiro Lobato nascido em Taubaté a 18 de abril de 1882 e falecido em São Paulo, aqui pertinho, na Casa de Saúde Santa Rita, a 4 de julho de 1948, segundo http://pt.wikipedia.org/wiki/Monteiro_Lobato).

São 12 livros. Uma coleção completa.

A edição é da Editora Brasiliense, a mesma criada por Monteiro Lobato em 1943, em sociedade com Caio Prado Júnior.

Esta que tenho em mãos é a sexta edição e foi impressa em 1977, com ilustrações de Manoel Victor Filho.

Dividida em duas séries – a e b –, esta coleção tem livros intitulados Reinações de Narizinho, Caçadas de Pedrinho + O saci e Memórias de Emília, O Picapau Amarelo e Peter Pan, Fábulas + Histórias de Tia Nastácia e Histórias Diversas, Emília no País da Gramática e Aritmética da Emília, Viagem ao Céu e O Paço do Visconde (na série a) + Aventuras de Hans Staden e Geografia de D. Benta, D. Quixote das Crianças e O Minotauro, A Chave do Tamanho e A Reforma da Natureza, Os Doze Trabalhos de Hércules, História do Mundo para as Crianças, Serões de D. Benta e História das Invenções (na série b).

Tenho certeza de que Beatriz e Murilo vão querer ouvir todas as histórias e que Vovó Sueli terá o maior prazer em ler uma a uma para os dois netinhos queridos.

Afinal, Monteiro Lobato foi um dos mais influentes escritores brasileiros do século XX. Foi um importante editor de livros inéditos e autor de importantes traduções. Seguido a seu precursor Figueiredo Pimentel (Contos da Carochinha) da literatura infantil brasileira, ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo de sua obra de livros infantis, que constitui aproximadamente a metade da sua produção literária. A outra metade, consistindo de contos (geralmente a respeito de temas nacionais), artigos, críticas, crônicas, prefácios, cartas, um livro sobre a importância do petróleo e do ferro, e um único romance, O Presidente Negro, o qual não alcançou a mesma popularidade que suas obras para crianças, que entre as mais famosas destaca-se Reinações de Narizinho (1931), Caçadas de Pedrinho (1933) e O Picapau Amarelo (1939).

Entre essas histórias estão, por exemplo, Emília descobre o Dom Quixote e Dona Benta começa a ler o livro, no volume Dom Quixote das Crianças (volume 2b).

Ah..., eles certamente vão gostar também de A caminho do Picapau Amarelo (3b), Os Argonautas (4b), Como o mundo começou e No Tempo das cavernas (5b) e Como a terra se formou (6b).

Na série a, entre o que imagino que eles mais vão gostar estão as histórias de Narizinho Arrebitado, O Sitio do Picapau Amarelo, O Marquês de Rabicó, O Casamento de Narizinho, Aventuras do Príncipe, O Gato Félix, Cara de Coruja, O Irmão do Pinócchio, O Circo de Cavalinhos, Pena de Papagaio e O Pó de Pirlimpimpim (todas do volume 1a).

Tem mais, muito mais. Mas vou deixar para fazer surpresas aos netinhos queridos, que não vemos desde o dia 16 de novembro de 2011, data em que deixamos Ashburn Village, depois de 58 dias nos Estados Unidos.

Que eles vão se divertir muito eu não tenho dúvida. Até porque, na casa deles, nos Estados Unidos, quando a TV Globo Internacional acabava de mostrar o Bom Dia, Brasil, Vovô gritava: “Vai começar o Sitio do Picapau Amarelo”. E eles saiam correndo, de onde estivessem, em direção ao televisor.

Por quê? Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.

10/12/2011 21:42:50

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