Por quê? (303) – Only English (final)


Professor John (ao centro, de camisa azul) e a turma do ESOL de 20/9/2012 na Ashburn Library

Cláudio Amaral

Quatro noites antes de pegar o rumo de casa, novamente, encerrei minha participação numa das experiências mais ricas dos meus 62 anos, 8 meses e 17 dias: a frequência nas últimas 20 aulas do ESOL Conversation Groups, na Ashburn Library, uma das unidades da www.library.loudoun.gov, o departamento de bibliotecas públicas do governo do condado de Loudon, Virgínia, EUA.

Tive três Mestres nesta experiência inédita: Bob Eland, Laura e John, todos voluntários na Ashburn Library.

O objetivo do grupo é promover uma conversação informal para pessoas não nascidas nos EUA e querem praticar a língua inglesa como um segundo idioma.

Bob, um senhor peso-pesado, nos animou nas conversas de terça-feira à noite, em geral das 19h às 20h. Nas poucas vezes que ele esteve impedido de comparecer foi substituido pela jovem Laura, formada em Biologia em nível superior.

John, um senhor alto e bem conservado fisicamente, foi o responsável pelas conversas de quinta-feira pela manhã, como neste dia 20 de setembro de 2012. Ele sempre esteve conosco a partir das 10h. Muito bem organizado, trouxe-nos toda vez um plano de aula. E o cumpriu integralmente, ainda que para isso fosse obrigado a dar uma hora e meia ou mais de aula.

Durante as 20 aulas que frequentei, convivi com gente da Irlanda, Índia (o maior grupo de interessados), Coréia do Sul, México, Taiwan, China, Afeganistão, Bolívia, Peru, Argentina, Espanha, Turkmenistão (Leste Europeu), Turquia, Vietnan, Alemanha, Iran, Colômbia (como a jovem Carolina, que me pediu para ensinar Português a ela) e Polônia (os jovens Ilona e Lukas, com quem troquei mensagens pelo correio eletrônico).

Do Brasil, apenas eu e a jovem Beatriz, que compareceu a apenas duas aulas e pouco conversou comigo, infelizmente.

Com Bob as conversas raramente tinham temas. Eram levadas ao sabor dos ventos, descontraidamente. Laura nos apertava nas pronúncias e na aula de 18 de setembro de 2012 fez mais: insistiu em nos explicar os significados, também. Sempre em Inglês. Com John tudo era diferente: ele sempre tinha temas para debater conosco e isso ocupava a primeira parte das conversações. Na segunda, eles nos apresentavam definições de adjetivos, advérbios, verbos e substantivos.
Fora das conversações em grupos sempre tivemos liberdade para consultar todo o acervo da Ashburn Library: livros, revistas, CDs e DVDs, dicionários e jornais editados nos EUA. Um acervo riquíssimo. Para adultos e crianças. Os pequenos têm ainda contação de histórias ao vivo. Todos podem se cadastrar junto à biblioteca e levar para casa o que a eles interessar, por empréstimo e gratuitamente. Ou então fazer seus estudos e suas consultas lá mesmo, inclusive pela Internet.

Por tudo isso, garanto que vou sentir saudades da Ashburn Library.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.

21/09/2012 00:32:40 (horário de Brasília)

20/09/2012 23:32:40 (horário de Ashburn Village, Virgínia, EUA)

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