Por quê? (324) – A despedida de Neymar



Cláudio Amaral

Se pauteiro eu fosse, hoje… E, se ao invés de pauteiro, eu fosse chefe de reportagem… E, se ao invés de pauteiro ou chefe de reportagem eu fosse editor de esportes ou chefe ou diretor de redação num jornal diário ou numa revista semanal ou numa emissora de rádio ou de televisão… Ou melhor: se estivesse repórter de esportes ou de geral ou especial, isso não importa, o que importa é se repórter eu fosse neste momento de tanta agitação por conta da despedida do craque Neymar, o que eu gostaria de fazer ou o que faria?

Faria, ou melhor, gostaria de fazer – primeiro – uma pesquisa preparatória, daquelas que fiz por vezes durante minhas passagens pelas redações, pela ordem, do Jornal do Comércio e da Rádio Verinha de Marília (SP), do Estadão, do Diário de Notícias do Rio de Janeiro, do Correio Braziliense (DF), do Diário Oficial do Estado de São Paulo, d’O Estado do Mato Grosso do Sul e da TV Morena/Rede Globo (em Campo Grande/MS), do Comércio da Franca (SP) e d’A Tribuna de Santos (SP).

Com base no que conseguisse apurar nessa pesquisa, em seguida prepararia uma pauta especial. Objetivaria fazer uma comparação entre o que está a acontecer com a milionária e bombástica – embora esperada por todos nós – transferência de Neymar, de Santos/SP/Brasil para Barcelona/Catalunia/Espanha.

Iria querer comparar, principalmente, o que está a acontecer com e em torno do principal atleta do futebol brasileiro da atualidade com o que fizeram – ou deixaram fazer – outros jogadores de alto nível, como Neymar.

Procuraria comparar o caminho e as atitudes em torno do outrora chamado “filé de borboleta” – como disse Wanderley Luxemburgo, numa infeliz referência a Neymar para justificar, ou tentar explicar a não escalação do atacante como titular quando da última passagem do treinador pelo Santos FC – e atletas do nível de Casagrande, Sócrates, Júnior, Leonardo, Kaká, Dida, Tafarel, Júlio César, Ronaldo (o tal “Fenômeno”), Luiz Pereira, Luís Fabiano, Roberto Carlos, Careca, Denilson, Raí, Ernanes, Alex, Ronaldinho Gaúcho, Robinho, Diego, Alexandre Pato, André Santos, Rivaldo, Lúcio e muitos outros, como, por exemplo, o mais recente de todos: Lucas, que trocou São Paulo por Paris.

Compararia, também, as transferências de Carlos Alberto Torres, Falcão e do maior de todos os nossos ídolos: Pelé.

Sincera e honestamente, não me lembro, em detalhes, como foram e o que foi que aconteceu com aqueles craques que despertaram interesse dos maiores times de futebol estrangeiros enquanto jogavam no Brasil.

Mesmo assim estou certo de que daria uma interessante reportagem a comparação entre cada um deles com a estratégia – bem pensada e planejada – de transferência de Neymar.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968 e estudante de História na FMU/Liberdade/SP desde 1º. de fevereiro de 2013.

26/05/2013 19:25:43

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