Por quê? (134) O presente que leva ao passado


Cláudio Amaral

O presente sempre nos leva a pensar no futuro.

Mas nos leva, também, a relembrar o passado.

E é para o passado que eu me volto hoje, às 15h33 deste domingo ensolarado aqui pelos lados da região central de Santos.

Fui caminhar junto ao mar pela manhã bem cedo com Sueli e a mãe dela, Dona Cidinha.

E junto ao mar eu fiquei a pensar:

- Como eu gostaria de ter o meu pai vivo para contar a ele que estou trabalhando e vivendo em Santos.

- Como seria bom ter vivo também o meu sogro.

- Como eu queria ver vivo o meu grande Amigo Caluchão, e com ele caminhar pelas areias de Santos.

Meu pai porque já no início dos anos 1970 ele me repreendeu porque, depois de trocar Marília por Campinas, por conta de uma transferência promovida pelo Estadão, aceitei uma mudança para São Paulo.

Já naquela época, ou seja, há quase 40 anos, ‘seu’ Lazinho me dizia que São Paulo era uma cidade grande demais, violenta e perigosa.

Ele queria, portanto, que eu continuasse no Interior paulista e lá viesse a criar os filhos que tivesse com Sueli, com quem me casei em 5 de setembro de 1971, em Marília.

Meu sogro porque o sonho do ‘seu’ Zeca era passar os últimos anos em Santos, onde ele tinha amigos, parentes e conhecidos.

Meu Amigo Carluchão porque ele vinha por aqui com freqüência para cuidar dos pais e numa das praias de Santos, junto ao Canal 1, morreu no dia 10 de abril de 2008.

Tenho certeza de que os três iriam ficar felizes vendo a mim e a Sueli num amplo apartamento da Rua Epitácio Pessoa, junto ao Canal 6, no Bairro Aparecida, em Santos.

O Sr. Lázaro Alves do Amaral, que morreu em Marília, em 1985, por conta da falência do sistema coronário, ficaria alegre por saber que o filho jornalista passa a maior parte dos dias numa cidade menos barulhenta, menos congestionada, menos violenta e menos perigosa.

O Sr. José (Arnaldo) Padilla Bravos, jornalista como eu, que faleceu também em Marília e igualmente por problemas cardíacos, em 15 de agosto de 1999, porque teria mais um motivo para se transferir para a “Capital da Baixada Santista” com Dona Cidinha.

O caríssimo Carlos Maciel da Silva, formado em Jornalismo e em Economia, porque poderia falar mais de perto comigo e com a Sueli.

Hoje, como não estão mais conosco – fisicamente, pelo menos – só posso falar com eles em pensamento e em especial durante minhas orações.

E é nos momentos de reflexões que eu conto a eles o quanto estou feliz em Santos. Pessoal e profissionalmente. Eu (que vivo Santos 24 horas por dia) e Sueli, Cláudia, Márcio Gouvêa e Be(bê)atriz, que estão comigo sempre que podem.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968, professor e orientador de jovens jornalistas, palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação institucional até o dia 1º/10/2008, quando entrou na Redação d’A Tribuna de Santos como Editor-Executivo.

23/11/2008 16:13:25

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