Por quê? (143) Viver só é mais do que uma arte


Cláudio Amaral

Pensando bem, viver só é mais do que uma arte.

Muito mais.

Vivi só pela primeira vez em Marília, quando deixei minha família em Adamantina para ir trabalhar no Jornal do Comércio, no início de 1969.

Vivi só novamente quando troquei Marília por Campinas, para onde fui por conta de minha transferência para a sucursal do Estadão, em fins de 1970.

Vivi só em Campo Grande (MS), para onde fui levado pelo jornal O Estado de Mato Grosso do Sul, em agosto de 2004.

Vivi só em Franca (SP), quando trabalhei na Redação do Comércio da Franca, de abril de 2005 a julho de 2006.

Vivi só..., não, jamais desejei viver só.

Jurei jamais viver só.

Ainda que em Campo Grande e Franca eu não tenha vivido seguidamente só.

Semana sim, semana não, Sueli estava lá comigo.

Por vezes, ela passou duas semanas seguidas comigo.

Mais não ficou porque jamais deixamos nossos filhos e nossa residência sozinhos em São Paulo.

Vivi só em Marília e Campinas, mas sempre tive o apoio, o carinho e o amor da minha família.

Vivi só em Campo Grande e Franca, mas sempre contei com o amor, a solidariedade e a companhia de Sueli e dos nossos filhos.

Pensei, então, que jamais viria a viver só.

Jamais.

Pensei.

Mas, no momento, infelizmente, vivo só.

Ou não?

Estou dividido.

Vivo só ou não?

Temporariamente, sim.

Para sempre, não!

Certamente, não!

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968, professor e orientador de jovens jornalistas, palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação institucional até o dia 1º/10/2008, quando entrou na Redação d’A Tribuna de Santos como Editor-Executivo.

23/01/2009 23:50:59

Comentários

Anônimo disse…
Aqui estou novamente, a Camila, de jornalismo de Adamantina... Agora também com um Blog Cláudio.. vim aqui colher tuas palavras, pra beber um pouco delas e acariciar a mente! Espero também não somente viver só..
Pois já me sinto por diversas vezes assim....


Beijos

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