Por quê? (193) O Twitter e a minha produção literária


Cláudio Amaral

Mário Evangelista, o “Gatão”, exímio cozinheiro e competente Editor-Executivo do Expresso Popular de Santos, rebate de frente minha crônica anterior: Produção literária em baixa, postada no dia 20/2/2010.

- Claudião, querido. Não, não creio que sua adesão no twitter tenha derrubado sua produção literária. Tenho visto seus textos no microblog como isso mesmo: microcontos, microcrônicas. Se somar todos eles – tenho certeza – verá que produziu um texto literário partido em pequenas peças, formando um mosaico maravilhoso. Beijos.

Se eu não conhecesse o marido de Mônica como conheço, fruto do relacionamento que temos desde que ele trabalhava no Correio Popular de Campinas, onde ela também trabalhou, me recusaria a tornar pública a mensagem que ele me mandou às 19h34 de domingo (21/2/2010).

“Gatão” é jornalista, culto, criativo, mas, antes de tudo, um típico “italiano”, ou seja, quando ele gosta de alguém, gosta mesmo, por completo. Mas, também, quando tem restrições, pessoais ou profissionais, ele sempre deixa isso bem claro, na cara.

A senha é o beijo. Se ele te beija, pode ter certeza de que gosta de você. Se não beija, ainda falta algo. Algo que tampouco poderá haver.

Nos conhecemos na metade dos anos 1990, eu fazendo o meio-campo entre algumas redações dos principais diários do Brasil e ele na função de Editor-Executivo do Correio Popular de Campinas.

“Gatão” era o braço direito de um outro grande amigo, Roberto Godoy, o Betão, que eu conhecera nos seis meses em que passei pela sucursal de Campinas do Estadão.

E foi como braço direito de um outro grande amigo, Wilson Marini, que nos reencontramos no saguão do Gonzaga Flat, em Santos.

Ali vivemos os três por um mês por conta de A Tribuna.

No segundo mês de Santos, maravilhados com a beleza das praias que o Oceano Atlântico nos proporciona ao longo da orla da Capital da Baixada Santista, nos mudamos com as respectivas famílias para a região dos canais 6 e 7.

Moramos e vivemos por mais de um ano, entre novembro de 2008 e dezembro de 2009, a menos de 100 metros uma família da outra junto ao Canal 6.

Do lado esquerdo da Avenida Dr. Epitácio Pessoa, no edifício de número 555, ocupamos – Sueli, eu e Dona Cidinha – um amplo apartamento localizado no sétimo andar.

Do lado direito, numa vila charmosa, bem na esquina com a Avenida Coronel Montenegro, a casa de número 31 é ocupada até hoje por Mário, Mônica e a filha Marcela (porque a primeira, Mariana, vive e trabalha em São Paulo).

Nossa convivência – “Gatão”, Marini e eu – foi diária por praticamente nove meses.

Foi tempo mais do que suficiente para nos conhecermos bem, sabermos dos gostos de cada um, promovermos o estreitamento das amizades entre as nossas mulheres e filhos.

Tudo isso por conta dos inúmeros encontros no café da manhã do hotel, nos almoços feitos em geral nos restaurantes vegetarianos do Centro Histórico de Santos, nos finais de tardes da Bolsa do Café, nas caminhadas pelas ruas centrais e, principalmente, nas praias.

Pena que tudo isso esteja temporariamente interrompido.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968, repórter, editor, professor e orientador de jovens jornalistas, palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação empresarial e institucional.

22/2/2010 11:06:52

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