Por quê? (218) I.O.: O melhor, profissionalmente.


Cláudio Amaral

Os melhores anos de minha vida profissional, até então – ou seja, final dos anos 1990 e início dos anos 2000 – vivi na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

Foram 5 anos e 45 dias da mais pura alegria, satisfação e intensidade.

Antes estive em jornais do porte d’O Estado de S. Paulo, Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e Jornal do Brasil.

Quatro dos maiores diários do País.

Entre os maiores, só deixei de trabalhar n’O Globo.

Numa certa tarde, quando estava na antessala do diretor do Jornal de Piracicaba, no interior de São Paulo, o celular tocou.

Era o jornalista Carlos Conde, meu compadre, amigo e tudo mais que você, caro e-leitor, possa imaginar.

Conde, com quem tinha trabalhado no Estadão e no Correio Braziliense, me convidou para ir à posse dele na vice-presidência da Imprensa Oficial. E fui, em princípio, para prestigiar o Amigo.

Antes, entretanto, Sueli e eu passamos pelo apartamento de uma grande Amiga, Marlene dos Santos. Ela havia trabalhado na Imprensa Oficial e era uma boa referência, pelo sim, pelo não.

- Se ele te convidar, aceite na hora.

Fui, ele me convidou para ser Gerente de Redação, porque o titular estava se aposentado. Aceitei “na hora”, como me recomendou a Amiga Marlene.

Faltava apenas o “sim” de alguém que eu ainda não conhecia: o presidente e jornalista Sergio Kobayashi.

A primeira pergunta que SK me fez foi a respeito de minhas ligações políticas. E me pareceu aliviado quando eu disse que jamais havia me filiado a partido algum e tinha admiração apenas por Mario Covas.

Saímos da sede da Imprensa Oficial direto para uma jantar numa das melhores churrascarias de São Paulo, a Vento Aragano, na Avenida Rebouças, onde Carlos Conde, meu novo chefe, me garantiu que eu havia feito um “gol de placa” ao mencionar o governador paulista, o verdadeiro e único responsável pela nomeação de SK.

A partir daí tudo correu às mil maravilhas.

Sergio Kobayashi e Carlos Conde nunca tiveram que repetir duas vezes a mesma ordem dada a mim. E jamais tiveram problemas comigo.

Creio que esse entrosamento foi fundamental para nossa convivência harmoniosa. E que jamais me levou a ter vontade alguma de pensar em deixar a Imprensa Oficial. Tanto que quando Hubert Alquéres assumiu, eu pensei, em tom de brincadeira, só em tom de brincadeira: “Estou demitido”. E não é que fui demitido mesmo!

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.

31/1/2011 09:21:15

Comentários

Cláudio Amaral disse…
Oi Cláudio,

É verdade. Pra nós que (re) começamos a escrever naquela época também foi sensacional.

Abraços,

Marcia L.G. Bitencourt

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