Por quê? (352) – Ler ou viajar?
Cláudio
Amaral
O que é melhor, caro
e-leitor: ler ou viajar?
Eu prefiro os dois. Ou
melhor: prefiro ter tempo para ler e também para viajar.
Dou preferência para ler bons
livros (claro, lógico, evidente...) e, ao mesmo tempo, para viajar por lugares
que ainda não conheço.
Mas, como nestas férias, não estou com tempo para viajar tanto quanto gostaria, resolvi meter a cara nos
livros.
Entre uma ajuda e outra à
minha Sueli, que busca colocar a casa em ordem, procurei todos os livros que
ainda não li e fui em frente.
Já li O Quinze, escrito por Rachel de Queiroz e editado pela José Olympio
Editora em 2004. É uma obra pertencente à biblioteca da Escola Estadual Major
Arcy, onde estou a estagiar, como aluno de Licenciatura em História na FMU.
Tenho a impressão, sem muita
certeza, de que havia lido este livro na minha época de colegial, lá pelos anos
1970. Mas, em minhas visitas ao Professor Félix Rogério Moreira Tomitan, responsável
pela biblioteca do Major Arcy, peguei e folheei O Quinze.
Vendo o meu interesse, meu
Amigo Félix me disse: “Leve e leia. Devolva-me quando puder”. Não pensei duas
vezes. Até porque O Quinze foi o
romance de estreia de Raquel de Queiroz, em 1930, quando se dispôs a retratar a
grande seca de 1915.
Mais não vou contar para não estragar
a sua leitura, caro e-leitor. Digo apenas que vale a pena você fazer o que fiz
nos primeiros dias deste mês de julho, o primeiro das minhas férias de meio do
ano.
Sem perder tempo, emendei
outras duas leituras: Vinho & Guerra
e O Senhor Embaixador. Sim, duas de
uma vez.
Vinho & Guerra é uma obra escrita pela dupla de Jornalistas Don e Petie Kladstrup após
três anos de pesquisa e entrevistas com testemunhas que sobreviveram aos terríveis
fatos registrados em cinco grandes regiões viníferas francesas durante a
Segunda Guerra Mundial: Borgonha, Bordeaux, Champagne, Alsácia e Vale do Loire.
O Senhor Embaixador é de autoria do saudoso e consagrado escritor brasileiro Erico
Verissimo (1905-1975). Foi editada em 1965 e o exemplar que tenho em mãos é a
terceira edição impressa pelo Círculo do Livro em 1975. A narrativa retrata o
mundo diplomático e se desenvolve ao mesmo tempo em Washington DC e na fictícia
República de Sacramento.
Estou particularmente
encantado com essas duas obras.
Com Vinho & Guerra porque sou um apreciador incondicional da bebida
dos deuses, como dizem Amigos meus. E também porque fiquei sabendo, por
exemplo, que os nazistas comandados por Hitler tentaram, mas não conseguiram
acabar com o “maior tesouro da França”. Graças, especialmente, à tenacidade de inúmeras
famílias de vinicultores franceses.
Com
O Senhor Embaixador porque Verissimo
tinha uma narrativa sem igual e uma criatividade profunda e inigualável. Ao mesmo
tempo porque descreve alguns lugares que tive o privilégio de conhecer nas
minhas visitas à capital dos EUA em 1974, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015.
Incluindo o Rio Potomac.
E
depois que terminar a leitura dessas duas obras? Em seguida pretendo me
aprofundar na leitura de alguns textos do meu quinto semestre de História. Desejo
também dedicar os dias que ainda tiver, antes de 3 de agosto, quando recomeçam
minhas aulas na FMU e meu estágio no Major Arcy, para ler outros dos mais de 30
livros que ainda não li.
Por quê?
Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?
Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?
(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968, Mestre em Jornalismo para Editores pelo IICS/SP (Turma de 2003) e estudante de História na FMU/Liberdade/SP desde 1º. de fevereiro de 2013.
07/07/2015 21:23:18
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