Por quê? (389) – Os metrôs da Itália


Ana Luiza Karam, Sueli e Cláudio Amaral junto ao Duomo de Milão, Itália

Cláudio Amaral

A nossa viagem à Itália, entre 28 de Setembro e 8 de Outubro de 2019, foi alegre, positiva e produtiva também porque vimos e revimos dois sistemas de transporte metropolitano naquele país.

Primeiro, na noite do nosso primeiro dia de viagem, em Milão, 28/9, conhecemos, Sueli e ieu, ao lado da carioca Ana Luiza Karam, pelo menos duas linhas do metrô de Milão.

Depois, no dia 8/10, tive a oportunidade de rever o metrô de Roma, ao lado de Sueli e do casal Célia e Paulo, sul-rio-grandenses de Caxias do Sul.

O metropolitano de Milão (https://pt.wikipedia.org/wiki/Metropolitano_de_Mil%C3%A3o) é o maior sistema do gênero da Itália. Tem 92 quilômetros (cinco quilômetros a menos do que o metrô de São Paulo, que soma 97,2 quilômetros). Em Milão, 50 quilômetros de metrô estão dentro da cidade, onde funcionam quatro linhas e 113 estações. As primeiras propostas para a construção de uma ferrovia urbana em Milão datam de 1848. Porém, as obras começaram somente em 1957, ou seja, quase 110 anos depois. A primeira linha (Mi1, vermelha), faz a ligação entre as estações de Lotto e Sesto Marelli, numa extensão de 11 quilômetros e foi inaugurada em 1º de Novembro de 1964. Em 1969, deu-se a abertura oficial da segunda linha (Mi2, verde), com 24,7 quilômetros de extensão, ligando as estações de Sesto FS e Rho Fiera, com um ramal entre Buonarroti e Bisceglie. A terceira linha (Mi3, amarela) é de 1990 e tem 17,1 quilômetros de extensão, entre San Donato e Comasina, sendo a última parte entregue em 2011. A outra linha (Mi5, lilás) opera desde 2013, tem 12,9 quilômetros de extensão e representa a mais curta do sistema, entre San Siro (bairro onde fica o mais famoso estádio de futebol de Milão, utilizado tanto nos jogos do Milan quanto da Internazionale) ao Bignami, junto à qual nos hospedamos no Starhotels, na Viale Fulvio Testi, 300. Juntos (Sueli, Ana Luiza e ieu) saímos da nossa hospedaria na noite de 28 de Setembro, embarcamos na Bignami e fomos pela linha Mi5 até a estação Zara, onde fizemos a transferência para a Mi3 e de lá fomos até o Duomo. A Catedral estava fechada, porque já era noite, mas a admiramos por todos os ângulos e contornos. Aproveitamos para tomar um sorvete especial cada um, curtindo a alegria de estarmos naquele local histórico. Na volta, também pelo metrô, fizemos o mesmo trajeto e, uma vez mais no hotel, dormimos o sono dos justos.

O metropolitano de Roma (https://pt.wikipedia.org/wiki/Metr%C3%B4_de_Roma) tem duas linhas: A vermelha e B azul. O traçado total soma 60 quilômetros e por elas transitam trens suburbanos. O projeto é dos anos 1930, quando também se deu o início das obras, no governo fascista (1922-1943). O objetivo era oferecer uma ligação rápida entre a Estação Termini, situada no centro da cidade, e um novo bairro, denominado E42 (Exposição 1942). Lá se realizaria uma mostra que nunca aconteceu por causa da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). No momento da interrupção das obras já haviam sido implantados os túneis ligando as atuais estações Termini e Piramide, utilizados como refúgios antiaéreos. As obras foram retomadas em 1948 e a primeira linha foi inaugurada em 10 de Fevereiro de 1955. Em 1980, foi aberta a segunda linha, ligando as estações Anagnina e Ottaviano, que passou a se chamar linha A. À linha mais antiga foi dado o nome de linha B. Em 1990 a linha B chegou até a estação Rebibbia. Entre 1999 e 2000, entrou em operação a extensão da linha A, ligando as estações Ottaviano e Battistini. Usei o metrô de Roma pela primeira vez em 1974, quando fui à capital italiana pelo Estadão e fiz duas coberturas jornalísticas: uma conferência internacional a respeito da utilização de partículas da parafina de petróleo com fins alimentícios e a reunião anual da FAO, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, que até hoje funciona junto ao Termi di Caracalla. Desta vez, a minha segunda na Itália, aproveitamos nosso último dia, o 8 de Outubro, para voltar de metrô pela linha A, vermelha. Embarcarmos (Sueli, Célia, Paulo e ieu) na estação Barberini às 16h02 e trafegamos por 20 minutos até a estação Cornelia. E dali fomos caminhando, os quatro, até o Ergife Palace, na Via Aurelia, 619, de onde rumamos para o Aeroporto Fiumicino.
Paulo, Célia, Sueli e Cláudio Amaral na Itália

Foram 12 dias de viagem. Dias cansativos, é verdade. Cansativos, mas felizes, por tudo o que vivemos e convivemos num grupo de 42 pessoas.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral (clamaral@uol.com.br) é autor dos livros Um lenço, um folheto e a roupa do corpo (2016) e Por quê? Crônicas de um questionador (2017). É Jornalista desde 01/05/1968, Mestre em Jornalismo para Editores pelo IICS/SP (2003) e Biógrafo pela FMU/Faculdade de História/SP (2013/2015). É também voluntário da Pastoral da Comunicação Social da Paróquia Santa Rita de Cássia de Vila Mariana.

17/10/2019 21:45:40 (pelo horário de Brasília)

Comentários

Madalena disse…
Claudio, quando a gente vê as datas dá pra se conformar com as nossas? Adorei.

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