Por quê? (145) E ela se foi...


Cláudio Amaral

E não é que ela se foi?

Foi e me deixou só.

Foi e levou meu coração.

Foi e com ela carregou todo o meu amor.

Foi a bordo de um pássaro voador da Alitalia.

Foi para voar 11 horas.

Foi direto, de São Paulo a Milano.

Não, ela não foi só.

Ela me deixou só, mas foi acompanhada.

Foi em companhia de um grupo que estuda a língua de Michelangelo numa pequena, mas calorosa escola da Rua Dr. José de Queiroz Aranha, quase esquina da Rua Gregório Serrão, na Aclimação, em São Paulo.

Uma escola tão italiana quanto o nome: Monte Bianco.

Ela não viajou só porque foi com a mãe, de 80, quase 81 anos.

Foi com a sobrinha querida, de pouco mais de 20 aninhos.

Foram.

Foram e me deixaram.

Nem ao embarque eu tive como ir, quanto mais com ela, para a Itália.

Agora, quase meia-noite de quinta (5) para sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009, ela deve estar dormindo.

Ela deve estar dormindo e... sonhando.

Comigo, espero.

Sim, porque, mesmo acordado, eu não consigo pensar em outra... só nela.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968, professor e orientador de jovens jornalistas, palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação institucional até o dia 1º/10/2008, quando entrou na Redação d’A Tribuna de Santos como Editor-Executivo.

05/02/2009 23:15:03

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