Por quê? (230) “Notícias diversas”
Cláudio Amaral
Meu sogro, meu saudoso sogro, que morreu 15 de agosto de 1999, escrevia: “Notícias diversas”.
“Notícias diversas” eram uma saída para a falta de notícias verdadeira.
“Notícias diversas”?
Sim, notícias diversas representavam uma espécie de “coletâneas de informações”.
Será que ele, José Arnaldo (que se chamava, na verdade, José Padilla Bravos) desconhecia o que ia pelos jornais?
Pelo sim, pelo não, a verdade era que essa é a impressão que ele me deixa.
Senão, vejamos: por que uma notícia como a do bolinho de arroz – fictícia, claro – iria justificar uma publicação?
Bem, vejamos: não é uma notícia que mereça destaque numa coluna de “De Antena e Binóculo”.
Desconheço se ele, lá do túmulo, estará contente com esse meu texto.
Desconheço.
O certo é que estou sem assunto melhor e resolvi apelar para um texto leve, solto, sem compromisso.
O certo é que estou sem inspiração, hoje, 23 de julho de 2011.
O certo é que estou sem transpiração.
O certo é que não tenho vontade de nada, hoje.
O certo é que não tenho vontade de me arriscar.
Até deixei minha mulher ir à padocadaria para fazer as compras do dia.
“Recanto Doce”, claro, a nossa preferida.
Se ela lá não fosse, teria ido a “Amanda”, que fica mais perto.
Dei meu cartão à Sueli e ela gastou R$ 14,87.
Por quê?
Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?
(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.
23/7/2011 11:42:19
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