Por quê? (229) Estou proibido de...


Cláudio Amaral

Estou proibido de dirigir, uma das coisas que mais gosto.

Estou proibido de caminhar, também uma das coisas que mais gosto.

Estou proibido – ainda que temporariamente – de visitar meu querido Parque da Aclimação.

Estou proibido de ir à padocadaria, de preferencia à Recanto Doce, na Rua Castro Alves, na Aclimação.

Estou proibido de ir ao supermercado, seja qual for: ao sacolão do bairro, ao Pão de Açúcar do Largo Ana Rosa e até mesmo do meu preferido e caro mais caro Extra da Avenida Ricardo Jafet.

Estou proibido de caminhar – sozinho – até para fazer algo que mais gosto: ver...

São 3h58 de sexta-feira, 22/7/2011, e começa a chover.

Depois de semanas, mas volta a cair uma chuvinha, que vai aumentado, aumentando, aumentando.

E eu volto à minha crônica.

Estou proibido de caminhar – sozinho – até para fazer algo que mais gosto: ver que a chuva diminuiu.

Estou proibido de ir ao meu dentista, em Marília, a 560 quilômetros da Capital (alô, dr. Wilson!).

Estou proibido de caminhar – mais uma vez sozinho – até meu geriatra dr. Gentil Silva, na Prevent Senior da Rua São Carlos do Pinhal, na Bela Vista.

Estou proibido de visitar meu amigos. Eles são obrigado a me telefonar ou a fazer o sacrifício supremo de vir até minha casa, na Rua Gregório Serrão, na Aclimação.

O meu relógio marca 4h12 e parou de chover. Uma lastima, porque bem que poderíamos aproveitar para curtir uma boa chuva.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?


(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.


22/7/2011 04:15:15

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