Por quê? (271) Meus Amigos Livros


Cláudio Amaral

Quem gosta de livros está num beco sem saída: ou lê ou lê. Outra alternativa inexiste.

Que o digam meus Amigos Carlos Conde, Sérgio Kobayashi e A. P. Quartim de Moraes, só para citar três que me veem à mente de pronto.

Todos são Jornalistas, com J, como eu, que também me considero Jornalista com J, modéstia às favas.

Carlos Conde, a quem me referi em http://blogdoclaudioamaral.blogspot.com/2011/08/por-que-248-carlos-conde.html, é Editor-Chefe de A Tribuna de Santos e um leitor voraz. Lê todas as noites, até 4h ou 5h da madrugada. É padrinho da minha filha e foi meu VP na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e meu diretor na sucursal de São Paulo do Correio Braziliense. É meu Amigo desde que nos conhecemos na Redação do Estadão, em 1971.

Sérgio Kobayashi é um franco-atirador e tem escritório de consultoria no melhor da Avenida Paulista, aqui em São Paulo. Foi meu presidente na Imprensa Oficial, onde editou centenas (se não milhares) de livros da melhor qualidade.

Quartim de Moraes é editor. Foi meu colega de Redação também no Estadão, no início dos anos 1970 e meu chefe de Reportagem temporariamente. Em especial por ocasião dos incêndios dos edifícios Andraus e Joelma. Defende o mercado editorial como poucos. Publica sempre artigos interessantes na página A2 do Estadão. E sempre escrevendo a respeito de livros.

Este assunto me veio à mente nesta tarde de domingo, 8/1/2012, quando me lembrei que havia prometido a mim mesmo que não compraria livro algum enquanto tivesse um, pelo menos um, para ler. E tenho quatro, não necessariamente nesta ordem: O Pai-Nosso – A Oração da Libertação Integral, de Leonardo Boff; La Gran Novela LatinoAmericana, em Espanhol, de Carlos Fuentes; História da Guerra Civil Americana, de John D. Whight; e 80 anos, de Fernando Henrique Cardoso.

Pois bem: fomos, Sueli e eu, almoçar no Shopping Paulista e depois nos metemos na ampla livraria Saraiva. Antes repeti a promessa: livro novo só depois. Mas, livro vai, livro vem, acabei pegando para ver – só para ver – um livro a respeito do qual havia ouvido falar e que tinha me despertado curiosidade.

Peguei, procurei um lugar para sentar, sentei e comecei a folhear Os últimos passos de um vencedor – Entre a vida e a morte, o José Alencar que conheci, escrito por José Roberto Burnier, repórter especial do Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão.

Li, uma a uma, até a página 32, incluindo o Obrigado de Burnier, a Apresentação de Caco Barcellos, O fim e O começo do fim, dois dos primeiros de uma série de 37 capítulos escritos por Burnier.

Parei na página 32 com dor no coração e disse à Sueli: “Vamos embora”. Ela olhou bem para mim e devolveu-me a seguinte pergunta: “Você não vai levar o livro?” E antes que algo eu dissesse, ela pegou o livro e foi ao caixa. Sacou o cartão do BB, pagou e me deu de presente.

Agora, não tenho mais quatro, mas cinco livros para ler. E, claro, os outros quatro vão ter esperar a vez.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.

8/1/2012 16:36:26

Em tempo recorde:  Os últimos passos de um vencedor – Entre a vida e a morte, o José Alencar que conheci foi o livro mais bem escrito que já li e o que fiz em menor tempo, ou seja, das 14h do dia 8/1 às 9h22 do dia 9/1/2012. Parabéns a Burnier.

9/1/2012 19:45:22

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