Por quê? (291) We are the champions!!!


Cláudio Amaral

Se para você é estranho, mais ainda é para mim. Estou há dois meses sem me comunicar com meus e-leitores que me prestigiam por meio deste blogue. A última vez foi na véspera do início da viagem que Sueli e eu fizemos do Brasil para os Estados Unidos, onde chegamos no dia 8 de maio de 2012.

Desde então só me comunico com meus interlocutores por intermédio do Facebook e do Twitter, as duas redes sociais que mais uso, tanto no Brasil quando nos Estados Unidos.

Estes sim sabem da minha vida como ninguém. São 131 no Twitter e 215 no Facebook.

Certo dia, há mais de um ano, comentei com o Amigo Mário Evangelista, Editor-Executivo do diário Expresso Popular, de Santos, que imaginava estar sendo prejudicado pelas redes sociais. E expliquei que minha produção dita “literária” havia caído muito depois que aumentei minha presença no Twitter e no Facebook.

“Gatão”, como é chamado por mim e desde antes pelo Amigo Wilson Marini, discordou. Disse que se eu reunisse todas as postagens do Twitter e do Facebook teria, certamente, dezenas de crônicas.

Parei, pensei e acabei por dar razão a ele, jornalista como eu, Amigo de fé e Irmão camarada.

Antes das redes sociais, entretanto, eu me divertia – e muito – escrevendo crônicas, nas quais faço relatos do meu dia a dia, observações a respeito de pessoas e de fatos que me dizem respeito bem de perto. Aproveito, também, para homenagear Amigos queridos. E Amigas, também.

Não raro, paro, penso e agradeço a Deus por me permitir ser como eu sou, por já ter vivido mais de 62 anos (e meio) e, sempre, por ter me permitido chegar até aqui (onde eu estiver no momento): em casa, em São Paulo; no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, no bairro paulistano do Pacaembu; na Paróquia Santa Rita de Cássia, na Vila Mariana; na residência de um ou outro Amigo; numa biblioteca ou num cinema ou num teatro; na casa da filha, do genro e dos netinhos queridos aqui em Ashburn Village ou ainda dentro da St. Thereza Catholic Church, onde assistimos a Missa dominical desde que aqui chegamos.

Isso tudo também figura nas minhas mensagens diárias, seja pelo Twitter ou pelo Facebook ou nas cada vez mais raras mensagens de correio eletrônico ou nas crônicas que aqui publico.

Quem tem contato comigo, frequentemente, sabe que sou torcedor fanático do TIMÃO, que faço parte da Torcida do Bem e não torço contra ninguém – nunca, que amo minha família, que sou Amigo dos meus Amigos – e das Amigas, também, que adoro estar aqui na Virgínia, nos Estados Unidos. E mais: que me dedico com afinco aos estudos relacionados aos idiomas Inglês e Espanhol, especialmente nos meses que estou a passar no Condado de Loudoun, nas proximidades de Washington DC.

Sabe, igualmente, que sou grato – e serei eternamente, aos meus Amigos e Amigas que dirigiram suas orações a mim nas fases pré e pós à minha cirurgia na cabeça, em julho do ano passado. E que por essa minha característica sou o primeiro – ou um dos primeiros, a estender as mãos a todos a quem eu quero bem.

Nestes dias, por exemplo, mesmo a oito mil quilômetros de distância, tenho pedido a Deus quanto posso – e mereço, pelo Amigão Décio Miranda. Ele mora em Brasília e no mês passado foi internado no Hospital Santa Helena para uma cirurgia realizada no dia 5 de julho de 2012 (ontem, portanto) para implantação de duas pontes de safena.

Tenho notícias dele diariamente graças à gentileza da filha Eliane e não vejo a hora dela me dizer que Décio Miranda saiu da UTI, que está passando bem, que saiu do hospital e voltou para casa, etc.

Conheci Décio Miranda quando cheguei a São Paulo, em 1971, como repórter do Estadão. Ele era da equipe que assessova a Presidência da Nestlè e logo se tornou minha fonte para assuntos de leite, a principal matéria-prima daquela companhia. Tornou-se meu Amigo, também, e passamos a nos frequentar, ele na minha casa, eu no apartamento dele.

Anos depois ele foi transferido para Brasília e nem assim perdemos contato. Na época da minha cirurgia, por exemplo, ele me ligava quase que diariamente. E quando não conseguia falar comingo, falava com minha Sueli.

Queria estar fazendo o mesmo com Décio Miranda, mas, como uma longa distância nos separa, nossos contatos têm sido por correio eletrônico e pelo Skype. Sempre por intermédio da filha Eliane, que me dá notícia dele e da esposa Hebe.

Ah, tem mais uma questão importante, neste caso: Décio é torcedor do Palmeiras, arqui-rival do meu TIMÃO. E como está hospitalizado, nem deve saber que o Corinthians finalmente foi campeão da Taça Libertadores da América. Ou seja, vou ter que esperar dias ou talvez semanas para cantar para ele aquela famosa canção que diz “We are the champions… we are the campions…”

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.

06/07/2012 15:12:24 (horário de Ashburn Village, Virgínia, EUA)


06/07/2012 16:12:24 (horário de Brasília)

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