Por quê? (293) Como foi a sexta-feira 13?


Cláudio Amaral

Minha sexta-feira 13 foi das melhores que já vivi nestes meus 62 anos e 7 meses e 10 dias. E a sua, caro e-leitor?

Para começar, acordei mais uma vez aqui em Ashburn Village, Virgínia, EUA, onde chegamos, Sueli e eu, no dia 8 de maio de 2012.

Acordei tendo ao meu lado a pequena princesa Beatriz do Amaral Gouvêa, que foi mais uma vez para a nossa cama no meio da madrugada.

Dormi deliciosamente até 8h30, horário de Washington DC e da Costa Leste da América do Norte, que tem o privilégio de ser banhada pelo Oceano Atlântico, o mesmo em que não nos cansamos de nos banharmos nas praias agradáveis de Santos, no Litoral paulista.

Tomei um desejum delicioso, como sempre, embora tenha preferido não tomar café. Servi-me apenas de uma mistura de aveia com frutas. Ao invés de leite, como a maioria faz, preferi água quente. É como gosto e faço toda manhã, desde a última semana de junho, quando descobri que o tal mix é vendido no Giant, aqui pertinho.

A seguir, higiene bucal e computador, para não perder o costume. E uma vez iniciado o sistema informático, tratei logo de pagar – sem a menor dificuldade, graças a Deus – minha conta mensal de cartão de crédito. Ufa!

Conta paga e mensagens lidas no correio eletrônico, no Facebook e no Twitter, minhas redes sociais preferidas, fui com o pequeno príncipe Murilo ao encontro de Beatriz e da vovó Sueli, que há pouco haviam saído para uma caminhada no Lake Ashburn, também aqui do lado.

Infelizmente, não tive condições de andar muito, por conta de uma pequena ferida no pé direito. Voltei logo e só à tarde, depois de uma soneca inusual, saimos novamente, Sueli e eu, para uma nova caminhada, desta vez para valer.

Foi uma caminhada por ruas, avenidas e vielas bem diferentes das diárias. Ao invés de tomarmos o rumo do Lake, onde existe uma pista na qual caminhamos diariamente, fomos ao contrário, rumando sempre à direita: na Donnington Court, na Ringold, na Fincastle e na Ashburn Village. Passamos pelo Ashburn Center e entramos na Gloucester. Passamos novamente pela Ringold e fomos em frente até o Lake. Contornamos até chegar em casa, de novo. Sueli ficou ali e eu fui dar a tradicional volta em torno do Lake.

Quando cheguei em casa, uma hora e 15 minutos depois que dali saimos, minha filha e meu netinho estavam prontos para ir até o Sports Pavillon, onde o genro estava a praticar tênis de quadra com dois amigos e colegas de trabalho.

Sem perda de tempo, fui com eles. E ai, sem que eu esperasse, aconteceu o melhor do dia. O melhor da malfadada sexta-feira 13: depois de meia hora – ou talvez 40 minutos, assistindo Márcio praticar com Paul (do Peru) e Vicente (da Venezuela), o genro me chamou para praticar. Logo eu que há pelo menos 15 anos não pegava numa raquete, embora tenha duas em casa, em São Paulo, ambas ganhas de tenistas profissionais: uma da querida Cláudia Monteiro (que deve estar a viver nos EUA, mas não sei onde) e outra do Amigo Ivan Kley (que trocou Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, pelo Balneário de Camboriu, em Santa Catarina).

Pratiquei e gostei. Gostei muito. Até esqueci da bursite (inflamação das bolsas serosas das articulações) que me tortura desde o começo do ano, exatamente no braço direito, aquele que uso para manejar a raquete de tênis.

Saquei, rebati as bolas que Márcio me mandou na direita e na esquerda, no alto e por baixo. As primeiras foram para aquecimento e algumas rebatidas sairam com defeitos, é claro e normal. Mas depois meus movimentos começaram a entrar no ritmo e gostei mais ainda. Vi e confirmei que posso voltar a praticar tênis. Vi e confirmei com alegria e felicidade.

Voltei para casa repetindo, mentalmente: Santa Sexta-feira 13, Santa Sexta-feira 13…

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.

13/07/2012 23:04:20  (horário de Ashburn Village, Virgínia, EUA)
14/07/2012 00:04:20 (horário de Brasília)

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