Por quê? (320) – Levantador de…
Cláudio
Amaral
Nunca fui bom para fazer os
outros rirem à toa. Nem eu, nem meu Amigo José do Galho Seco. Eu continuo sendo
um zero à esquerda nessa matéria, mas ele deu duas sacadas neste Domingo de
Páscoa que foram dignas de registros.
A primeira aconteceu no páteo
de entrada da Paróquia de Santa Rita de Cássia da Vila Mariana, na Rua Dona
Inácia Uchôa, aqui em São Paulo. A Celebração da Missa, presidida pelo Frei
Cristiano Zeferino de Faria, havia terminado há menos de dez minutos. Já passava do meio-dia.
Pouco, mas passava. E duas amigas conversavam animadamente em frente à sala do
dízimo quando José do Galho Seco, que eu havia convidado para comer bacalhau
aqui em casa, chegou para minha Sueli e disse:
- Senhora, o bacalhau acabou
de ligar.
Diante da cara de espanto da
patroa, ele explicou:
- O bacalhau ligou para dizer
que não vê a hora de ir para o forno.
Fui uma risadaria geral, o
sufiente para Sueli se tocar que estava na hora de encerrar a conversa e tomar
o rumo de casa.
Chegamos, lavamos as mãos
conforme o ritual que Sueli aprendeu no curso de panificação que ela fez na
quinta-feira, no Palácio dos Bandeirantes e fomos para a mesa. Comemos como
gente grande, até porque o bacalhau que nos foi oferecido pela comadre Salete,
madrinha do nosso caçula, estava mais gostoso do que na Sexta-Feira Santa.
Perto das 4 horas da tarde
resolvemos que estava na hora de sair da mesa. Saímos e rumamos para frente da
televisão. Eu me ajeitei de um lado do sofá, meu filho Mauro se ajeitou do
outro e José do Galho Seco ficou em pé, bem atrás de nós.
O jogo começou e logo o SPFC
fez um gol no meu Corinthians. Cleber Machado gritou goooooooooooool e nós
ficamos calados. Coisa de corinthiano.
O tempo passa, o tempo voa e
nós ali, firmes e fortes, até que o Timão empatou com um chute forte do
meio-campista Danilo. Nem assim nós tivemos forças para vibrar, gritar ou coisa
que o valha.
Só nos mexemos quando Cleber
Machado voltou a levantar a bola para uma cortada magistral do José do Galho
Seco. É que o narrador da TV Globo estava recebendo a visita do treinador de
voleibol José Roberto Guimarães, corinthiano como nós. E resolveu, o Cleber,
saber se o convidado jogava ou havia jogado futebol. Não. E tênis? Nem uma
palavra. Aí o Cleber resolveu dar uma de engraçadinho e disse:
- O Zé Roberto foi um
levantador de primeira.
José do Galho Seco não perdeu
a piada e sacou, de pronto:
- Levantador de copo.
Por quê?
Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?
Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?
(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968 e estudante de História na FMU/Liberdade/SP desde 1º. de fevereiro de 2013.
31/03/2013 19:51:43
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