Por quê? (149) Santos amanheceu triste


Cláudio Amaral

Dizem por aqui que o Santos Futebol Clube é o termômetro da cidade.

Mais que isso:

- Quando o Santos FC ganha, a cidade fica alegre, segundo um motorista de táxi.

- E quando o Santos perde?, perguntei a ele.

- A cidade amanhece triste, ele me respondeu.

Pelo sim, pelo não... sinto que Santos, a “Capital da Baixada Paulista”, amanheceu triste.

Na praia, na padaria, na banca de jornais e revistas, no supermercado, enfim, por todos os lugares por onde circulei nesta manhã de sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009, as pessoas me pareceram cabisbaixas.

Muitas estavam carrancudas.

A maioria, pouco afeitas ao diálogo.

E não é assim que o povo de Santos costuma ser.

O povo de Santos é sorridente, solícito, cordial, amável e prestativo.

“Boa gente” ou “gente boa” seria a melhor definição para quem vive por aqui há muito tempo.

Ao volante, a história é outra.

Mas, em geral, estamos sempre ouvindo “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”, “com licença”, “por favor”, “seja bem-vindo”, “agradecido”.

O povo santista é assim.

Tem lá os seus “defeitinhos”, como todos nós temos.

Hoje, entretanto, sinto que eles, os santistas que torcem pelo Santos FC, estão contrariados.

E não é para menos.

Afinal, o Santos FC perdeu para o meu Marília Atlético Clube, o MAC, ontem à noite, em Marília, por 1 a 0.

Para piorar a situação, o MAC não havia feito um gol sequer no “Abreusão” neste Campeonato Paulista.

O MAC também não havia vencido um jogo sequer.

Havia conquistado apenas dois pontinhos magros e suados, em dois empates.

E o Santos FC precisava vencer para se aproximar, novamente, do G-4, o grupo dos quatro times que se classificarão para o quadrangular final do Paulistão 2009.

Para completar, Santos amanheceu nublado, cinza, sem os raios solares de quase todos os dias do ano.

Ou seja: tudo contribui para que o povo de Santos esteja triste nesta sexta-feira, 13.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968, professor e orientador de jovens jornalistas, palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação institucional até o dia 1º/10/2008, quando entrou na Redação d’A Tribuna de Santos como Editor-Executivo.

13/2/2009 10:56:26

Comentários

Bruno Pessa disse…
Cláudio, só não fiquei mais triste porque a derrota do meu Santos foi para o também meu MAC, afinal nasci em Marília...

Semana passada fui cortar cabelo perto do Largo Ana Rosa e vi a Sueli passando na rua, me lembrei de vocês.

Grande abraço!

Bruno Pessa

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