Por quê? (158) Tropecei na Revolução


Cláudio Amaral

Ainda que eu quisesse, a Revolução Constitucionalista de 1932 não teria passado em brancas nuvens na minha vida neste 9 de julho de 2009.

Quem primeiro me fez lembrar da luta do povo paulista contra a ditadura de Getúlio Vargas, há 77 anos, foi meu saudoso sogro, jornalista José Arnaldo [Avaí (SP), 7/4/1922 + Marília (SP) 15/8/1999].

O marido da Dona Cidinha e pai do Zé Cláudio, da Sueli, do Paulo César [Marília (SP) 1º/1/1951 + São Paulo (SP) 6/1/2008], do Mário Márcio, do Sérgio Luiz e da Maria Salete nos deixou duas crônicas a respeito do assunto.

Pelo menos duas: “9 de Julho” e “9 de Julho que passou”, publicadas no jornal Correio de Marília em 9 e 11 de julho de 1957 e republicadas nesta semana no blogue que Sueli e eu fizemos para imortalizar as ideias e os escritos dele: http://josearnaldodeantenaebinoculo.blogspot.com/.

Em seguida, no dia 6 deste mesmo mês, uma segunda-feira, tive o privilégio de assistir a uma reunião e a abertura de uma exposição a respeito da Revolução Constitucionalista de 1932, ambas a convite do pesquisador Paulo Monteiro, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Santos. Na reunião, falou o professor santista Ney Paes Loureiro Malvasio, mestre em história pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e profundo conhecedor do movimento em questão.

Para completar, nesta quinta-feira, em São Paulo, tivemos (Sueli, eu, nossa filha Cláudia e o marido dela, Márcio Gouvêa) uma surpresa agradável enquanto mostrávamos à pequena Beatriz um espetáculo musical no Sesc da Vila Mariana. Um ator, imitando um gazeteiro, anunciava: “Extra! Extra! Extra! Acabou a Revolução de 32! Acabou a Revolução de 32!”

Gritando e caminhando de um lado para outro, o gazeteiro distribuía aos frequentadores do Sesc exemplares de um pequeno jornal de quatro páginas com informações e imagens “de um dos mais importantes episódios históricos do País e seus desdobramentos posteriores”.

Antes de entregar o jornal, o gazeteiro perguntava a cada pessoa a razão do feriado de 9 de Julho. E não é que a maioria sabia e respondia corretamente?

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968, professor e orientador de jovens jornalistas, palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação institucional. Foi Editor-Executivo em A Tribuna de Santos de 1º/10/2008 a 17/6/2009.

9/7/2009 18:16:43

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