Por quê? (267) Uma oração, por favor.



Cláudio Amaral

Às vésperas de um determinado 3 de dezembro, sorrisos e ou gargalhadas. Noutras duas vezes, com certeza, alimentos não perecíveis para a campanha da minha Paróquia de Santa Rita de Cassia, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Para mim, pessoalmente, nada. Absolutamente nada.

Pensem o que quiserem, mas sou assim.

Humilde? Talvez.

Desprendido? Quem sabe.

Teimoso? Sem a menor dúvida.

Chato? Na maioria das vezes.

Bem humorado? Sempre que possível, e se possível fosse, sempre.

Metido? Conscientemente, nunca. Juro.

Esnobe? Não, não faz meu gênero. Afinal, vim lá de baixo (e Adamantina, Marília e Campinas nunca estiveram por baixo de nenhuma outra cidade) e o sucesso nunca subiu à minha cabeça. Nem mesmo quando eu tinha (e tenho) o maior orgulho de trabalhar no Estadão (em Marília, Campinas e São Paulo), no Grupo Folha de S. Paulo, no Correio Braziliense e no Jornal do Brasil.

Nunca fui metido nem esnobe porque jamais tive vida fácil (até porque sou corintiano e torcedor do Timão jamais teve moleza).

Mais do que tudo isso, tem o seguinte: sou um cidadão de fé. Muita fé.

Sou adepto e fiel à Igreja Católica Apostólica Romana, da qual não me afastei nem mesmo durante os quase dois meses em que estive recentemente nos Estados Unidos.

Acredito fielmente em Deus, em Nosso Senhor Jesus Cristo e em Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil.

Tudo isso me faz acreditar na humildade e no desprendimento.

Tudo isso me faz valorizar minha fé.

Por tudo isso – humildade, desprendimento, fé – eu quero fazer às minhas Amigas e aos meus Amigos um pedido especial para o próximo dia 3 de dezembro.

Presente, fisicamente, não.

Alimentos não perecíveis, novamente, também não.

Sorridos e ou gargalhadas, não.

Peço, humildemente, uma oração.

A escolha fica a critério de cada Amiga e cada Amigo.

Pode ser um Pai Nosso, igual a aquele que faço diariamente, pela manhã.

Pode ser uma Ave Maria, idêntica a aquela que oro todo dia, logo após o Pai Nosso.

Pode ser, também, uma poesia de Carlos Drummond de Andrade ou de Vinicius de Moraes ou ainda de Manoel de Barros, meu poeta preferido, que entrevistei em Campo Grande para o jornal O Estado de Mato Grosso do Sul, em 2005, quando lá eu era diretor de Redação.

Pode ser um poema, também.

Enfim, a escolha é de cada qual, minha Amiga e meu Amigo.

Por quê? Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.

22/11/2011 13:09:38

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