Por quê? (73) Decepção

Cláudio Amaral

Há meses, minha mulher vinha me pedindo para não mais entrar no Extra da Avenida Ricardo Jafet, na Vila Santa Eulália, aqui em São Paulo.

Mas, vira e mexe, lá estava eu.

Ora comprando algum produto no hipermercado, ora abastecendo o tanque de combustível de um dos carros que uso.

“Você foi ao Extra da Ricardo Jafet, de novo?”, me perguntava ela toda vez que chegava em casa com alguma mercadoria ou com o cupom fiscal do posto de combustível.

Na noite deste sábado, eu dei um basta.

Chega!

Não quero mais ter o desprazer de voltar ao Extra da Ricardo Jafet.

Por quê?

Porque não quero mais correr o risco de ser atendido com descomprometimento, nem de sofrer alguma agressão desnecessária.

Explicando melhor: toda vez que vou ao posto de combustíveis do Extra da Ricardo Jafet, sou obrigado a assistir a desentendimentos entre frentistas.

E nesta noite não foi diferente.

Ou melhor: foi diferente.

Por quê?

Porque, além de ter que assistir e ouvir mais discussões entre os frentistas, foi obrigado a ver dois motoristas quase sairem no braço.

Pra mim, chega!

Diante dos desentendimentos entre os frentistas, falei, mais uma vez:

- Ninguém disse a vocês que isso não é o tipo de comportamento que se tem diante de clientes?

Como a reação do frentista que me atendia foi de desprezo, indaguei novamente:

- Cadê o gerente dessa birosca?

E sabe você, caro e-leitor, o que ele me respondeu:

“Esse é o problema”.

Conclusão: ou o posto não tem gerente, ou o gerente não é profissional, ou é um ausente, ou o Extra – ou melhor, a Companhia Brasileira de Distribuição, proprietária do estabelecimento – não dá a ele condições para gerenciar como deveria aquela birosca.

Para completar, o frentista ainda me afirmou:

“Não vejo a hora de entrar no Exercito, porque lá, quando um manda, os outros obedecem, tenha ele (o mandão) razão ou não”.

Ou seja: para ele, o frentista, manda quem pode, obedece quem tem razão. E no Extra da Ricardo Jafet não tem nem quem mande, nem quem tenha razão.

Dito isso, e enquanto eu tentava pagar minha conta de R$ 55.02 por 45,8881 litros de álcool, um motorista buzinou para o condutor do carro da frente “andar logo”, este se irritou (ou ‘se estressou’, como definiu o frentista) e chamou o outro de “louco” mais de uma vez. O “louco” tentou sair do carro, mas foi impedido por três vezes. E quando saiu, estando cara a cara com o oponente, um chamou o outro para briga.

É por tudo isso que disse para que todos os frentistas e clientes do Extra da Avenida Ricardo Jafet me escutassem, às 22h42 deste sábado:

- Aqui eu não volto mais!

Por quê?

Ah... e você ainda me pergunta por que?

12/4/2008 23:30:56

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