Por quê? (166) Dance, Santos! Dance!


Cláudio Amaral


Santos, a cidade mais importante do litoral paulista, tem uma dívida para com Niterói, no Estado do Rio de Janeiro.

Uma dívida impagável.

A população de Santos para com os habitantes de Niterói.

A dívida é resultado de uma apresentação impagável que o Ballet da Cidade de Niterói nos ofereceu na noite de sexta-feira, no palco do Sesc, no bairro Aparecida.

Tínhamos, Sueli e eu, comprado ingressos para a apresentação deste domingo, 16/8/2009, a partir das 16 horas.

Mas trocamos as entradas em cima da hora, no sábado, logo após a missa que marcou a passagem do décimo aniversário da morte do nosso saudoso José Arnaldo, o jornalista, herói da Segunda Guerra Mundial, nascido José Padilla Bravos.

Trocamos e não nos arrependemos.

Foi uma noite diferente.

Não pelo teatro.

Nem pela dança.

Foi diferente por tudo: pelo teatro, pela dança, pela companhia e... pela homenagem a Pixinguinha.

Sim, a apresentação do corpo de baile de Niterói – ou melhor, da Companhia de Ballet da Cidade de Niterói – representou um tributo a Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha, nascido no Rio de Janeiro a 23 de abril de 1897 e falecido lá mesmo a 17 de fevereiro de 1973.

Ouvimos, no Teatro do Sesc, em Santos, exatas 16 músicas de Pixinguinha.

Todas deles, mas nem todas exclusivamente dele.

Os arranjos, como nos explicaram após a apresentação, não são exclusivos, mas representam aquilo que melhor se adaptou aos padrões estabelecidos pelo coreógrafo Rodrigo Negri.

Nos figurinos, Cássio Brasil procurou dar liberdade de movimentação aos dançarinos.

Entre eles, a metade, pelo menos, é formada por dançarinos de origem.

Na outra parte, entretanto, existem fisioterapeutas, farmacêutica, uma formada em História, pais e mães.

Todos, obrigatoriamente, são contratados com base na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e dão seis horas por dia ao Ballet da Cidade de Niterói.

Apresentam-se pelo Brasil afora e até no Exterior.

Fazem movimentos indescritíveis para um leigo no assunto, como eu, mas que encheram os olhos de todos nós que estivemos no Teatro do Sesc-Santos.

Tanto que os aplausos foram fortes e seguidos.

Os elogios, também. E de viva voz, porque o diretor e os bailarinos nos chamaram para uma conversa pública ao término da apresentação. E foi aí que ficamos sabendo de tudo, ou quase tudo o que se passa com o elenco.

Alias, se pudéssemos, voltaríamos neste domingo à noite.

Mas domingo é dia de futebol e não de teatro, dança, balé...

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

A propósito: aos interessados em mais informações a respeito de Pixinguinha, Niterói e do Ballet da Cidade de Niterói, recomendamos consultar a enciclopédia livre Wikipédia: http://pt.wikipedia.org.

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968, repórter, editor, professor e orientador de jovens jornalistas, palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação empresarial e institucional.

16/8/2009 15:18:15

Comentários

Olá, Cláudio. Como está?
Acabei de me incluir como seguidora de seu blog.
Agora, inaugurei um outro blog (http://lidiamariademelo.blogspot.com). O outro do Bol continua com o material antigo, mas não postarei mais lá, porque a capacidade para fotos está esgotada.
Um abraço,
Lídia
Cláudio Amaral disse…
Olá, Amiga Lídia Maria de Melo, bom dia. Estamos todos bem: eu, Sueli, Beatriz... Todos. Até porque moramos e vivemos em Santos, à beira da praia.
Também me inclui como seguidor do seu blogue.
Obrigado, boa sorte junto à nova chefia a partir desta segunda-feira e até breve.
Um abraço saudoso do
Cláudio Amaral
Anônimo disse…
Cláudio, que agradável surpresa encontrar seu blog.

Sou fã do seu trabalho desde que ganhei diretamente das suas mãos "Meus escritos de memória", que até mereceram um post no meu "Amazonas in Sampa".

Certamente farei outras visitas. Forte abraço.

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