Por quê? (171) O valor da leitura


Cláudio Amaral

Quando comecei a aprender a ler e a escrever, criança pequena lá em Adamantina (SP), não tinha ideia do quanto a leitura me seria importante.

Hoje, prestes a completar 60 anos de idade, continuo a valorizar a leitura e cada vez a valorizo mais.

Sem possuir o domínio que tenho da leitura – em português, claro – eu não seria capaz de ter lido centenas e centenas de livros.

Livros que ainda tenho comigo, como quase todos de Machado de Assis.

Livros que me foram emprestados e que devolvi, por respeito aos seus donos e a outras pessoas a quem eles, os livros, pudessem ser cedidos, ainda que por tempo determinado.

Livros que ainda estão me esperando, aqui em Santos e lá em São Paulo, onde está a maioria de todos quantos consegui acumular.

Mas não são apenas os livros que me deliciam e me encantam, a ponto d’eu valorizar a minha capacidade de ler e ler muito.

As revistas, também.

Os jornais, então, nem te falo, caro e-leitor.

E essa conversa toda – que parece “conversa fiada”, mas não é – vem à tona a propósito dos diários que tive oportunidade de ler nesta sexta-feira, a última de agosto de 2009.

Fui ao Sesc de Santos, aqui na Aparecida, logo após o almoço e li três jornais.

Comecei com A Tribuna, passei pelo Estadão e terminei na Folha de S. Paulo.

Três jornais onde trabalhei e para os quais dei o melhor de mim (e Deus sabe que estou a falar, ou melhor, a escrever a verdade).

Na Tribuna de hoje eu revi a maioria dos repórteres com quem convivi por oito meses e 16 dias, entre outubro de 2008 e junho de 2009.

Gente da melhor qualidade, com a maior garra, empenho, dedicação e determinação.

No Estadão, me deliciei com a crônica de Ignácio de Loyola Brandão, o meu cronista preferido entre todos os que escrevem em português.

Caipira de Araraquara, embora seja cidadão do mundo, Loyola escreve fácil, simples e conta as histórias que todos gostam de ler.

Loyola é um craque, um jornalista e escritor que usa sempre palavras acessíveis a todos nós.

Outros dois jornalistas me agradaram muito nas páginas do Estadão de hoje: Antero Greco e Reginaldo Leme, que – não por acaso, até porque nada é por acaso – foram meus colegas de reportagens lá mesmo no jornal da Família Mesquita.

Na Folha... ah... essa Folha de S. Paulo... sempre com pautas e reportagens ditas e tidas como diferentes, só me chamou a atenção, mesmo, de verdade, o repórter especial Clovis Rossi, meu ex-chefe no... Estadão.

Depois que li esses três jornais e coloquei os respectivos exemplares nos devidos lugares, como sempre faço, deixei a sala de leitura do Sesc-Santos mais feliz do que nela havia entrado. Muito mais feliz.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968, repórter, editor, professor e orientador de jovens jornalistas, palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação empresarial e institucional.

28/8/2009 21:38:50

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