Por quê? (169) Santos para não santistas


Cláudio Amaral

Para fazer jus ao que ouvi de um Amigo santista, na semana passada...

- Você escreve a respeito de Santos como se aqui houvesse nascido...

...me dispus a fazer uma caminhada especial na manhã desta segunda-feira.

O dia não estava dos mais claros.

Antes, entretanto, que escurecesse mais, fui à luta.

Primeiro, tomei um bom café da manhã na Padaria Cristo Redentor, na esquina da Avenida Epitácio Pessoa com a Rua Trabulsi, na Ponta Praia.

Depois, fui em direção a avenida da orla santista e, ao invés de virar à esquerda e seguir rumo à balsa que liga Santos com Guarujá, tomei o caminho contrário.

Passei pelos canais 6, 5, 4, 3, 2 e 1.

Fui até a divisa de Santos com São Vicente, mas, antes de cruzar a linha divisória entre as duas cidades, fiz algumas incursões.

No Canal 2, por exemplo, andei rumo à Vila Belmiro, aonde vou sempre que me disponho a visitar o casal de Amigos Cristina Saliba e Carlos Conde e ou aos jogos do Santos FC, no “Alçapão”.

Desta vez, entretanto, descobri um novo caminho rumo à “Vila mais famosa do mundo”, como gostam de dizer os santistas fanáticos pelo time de Pelé.

No 1, visualizei um canal bem mais largo do que os demais.

Constatei, também, que existe um outro canal, que eu não conhecia e que deságua no 1.

Ainda junto ao Canal 1, localizei a tão comentada Pensão Caiçara, da qual me falou por vezes o advogado e jornalista Eduardo Velozo Fuccia, autor do livro “Reportagem Policial - Um jornalismo peculiar”.

Indo em direção a São Vicente, passei por um outro local muito comentado por Velozo: o Universo Palace, cenário de casos famosos.

Na volta – não sem antes tomar um café na Padaria José Menino, na esquina da avenida da orla com a Avenida Santa Catarina, bem em frente ao Parque Municipal Roberto Mario Santini – parei por cerca de dez minutos diante das placas que nos dão informações a respeito dos canais de Santos.

Lá fiquei sabendo que os canais de Santos (http://www.canaisdesantos.com.br) foram idealizados pelo pai da engenharia sanitária no Brasil, Francisco Rodrigues Saturnino de Brito (http://pt.wikipedia.org/wiki/Saturnino_de_Brito).

Inaugurados a partir de 1907, os canais ajudaram a sanear a hoje Capital da Baixada Santista, porque, após o início da drenagem superficial do solo, a epidemia de febre amarela deixou de gerar mortes e foi declarada extinta.

Na época, os comandantes e as companhias de navegação evitavam atracar seus navios no Porto de Santos, hoje o maior do País e do continente, para que seus tripulantes não ficassem doentes.

Por consequência, Saturnino de Brito é venerado em Santos e, imagino, em mais de 50 municípios (53, precisamente) em que trabalhou como engenheiro sanitarista.

Vi mais, claro.

Vi muito mais.

Até porque andei das 9 às 14 horas nesta segunda-feira.

Andei e consegui resistir a tentação de embarcar num ônibus urbano, na volta de São Vicente para a Ponta da Praia.

Só não resisti à tentação de comer uma tortinha de banana no McDonalds da Aparecida, onde estou instalado há dez meses.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968, repórter, editor, professor e orientador de jovens jornalistas, palestrante e consultor de empresas para assuntos de comunicação empresarial e institucional.

24/8/2009 16:00:25

Comentários

Isso é paixão!
Qualquer dia desses, você recebe o título de Cidadão Santista.
Beijos.

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