Por quê? (239) O centro das atenções


Cláudio Amaral

Hoje, sábado, 13 de agosto de 2011, completei oito dias de ida diária ao Convento das Irmãs da Visitação, na Rua Ignácia Uchoa, na Vila Mariana, em São Paulo.

Ou seja: fui à Celebração da Missa todos os dias que me foram possíveis após a cirurgia em que o Dr. Diogo Lins retirou por completo, no Hospital Sancta Maggiore do Paraíso/SP, o tumor que se alojava no meu cérebro e me incomodava há dois anos.

De oito, em seis ocasiões fui sozinho. Ou melhor: eu e Deus.

Numa oportunidade, sexta-feira, dia 12, dia consagrado a Santa Joana de Chantal, Sueli foi comigo e em seguida passamos na feira da região.

Hoje, além de Sueli, tivemos uma companhia especial, muito especial: a netinha Beatriz do Amaral Gouvêa.

Foi ela quem pediu para nos acompanhar. E nós concordamos no ato.

Beatriz tem apenas 4 anos, completados no dia 12 de junho de 2011, o dia dos namorados.

Mas, apesar da pouca idade, não raro ela nos acompanha à Celebração da Missa da Ordem dos Xaverianos, aqui mesmo na Rua Gregório Serrão.

Em geral, comporta-se com educação. Educação surpreendente para uma menina da idade dela.

No caminho, peguei três flores para Beatriz. Ela descartou duas, porque não gostou. E levou uma, a primeira.

Na Igreja, foi com a vovó Sueli até a sacristia e Padre Mario, o celebrante, anunciou que iria chamar Beatriz para entregar a florzinha a ele, que a deixaria no altar.

Fez isso. Durante o ofertório, levou a florzinha e a entregou ao Padre Mario. E a flor passou em torno de meia hora no altar.

Ao final da celebração, Padre Mario a chamou novamente, deu a florzinha a Beatriz e pediu que ela a entregasse ao tio que estava sendo operado naquele instante.

Lamento (lamento?), mas não resisti. Fui às lagrimas. Especialmente pelo comportamento de Beatriz, mas também porque me lembrei que estávamos, com aquele gesto, devolvendo uma pequena, pequenina, parcela do muito que Salete fez por mim ao longo de semanas, em função da minha cirurgia.

Resumindo: Beatriz foi o centro das atenções.

E além do centro das atenções, fez a alegria do vovô e da vovó. Uma alegria que estamos, Sueli e eu, curtindo ao máximo, porque à uma hora do dia 19 de agosto de 2011 ela embarca com os pais, Márcio e Cláudia, mais o irmãozinho Murilo para tempo indeterminado na Virginia, nos Estados Unidos.

O que vai ser de nós dois, os avós, e dos tios e padrinhos Mauro e Flávio, não sabemos.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.

13/8/2011 11:21:17

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