Por quê? (237) Bagunça e alegria


Cláudio Amaral

Desde o dia 29 de julho de 2011 minha casa – ou melhor, a casa ocupada por mim, Sueli, Flávio, Mauro e Vivian – há quase 40 anos, está bagunçada.

Bagunçada, mas... cheia de alegria, felicidade, de alto astral.

Foi que exatamente naquele dia que minha filha querida, Cláudia Márcia do Amaral Gouvêa, a primeira, veio morar aqui por três semanas com os filhos dela e netos meus e da Sueli: Beatriz (4 anos) e Murilo (um ano e sete meses).

Veio porque, em função da transferência do marido, Márcio Gouvêa, para os Estados Unidos, os três (Cláudia, Beatriz e Murilo), que deveriam ter ido também naquela data, ficaram por decisão do casal.

Fui voto vencido na permanência deles no Brasil.

Tanto quanto possível, eu estava tranquilo em relação à minha cirurgia para extração de um tumor de seis centímetros no cérebro. Acreditava no Dr. Gentil Silva, geriatra que atende a mim e a Sueli: ele havia nos garantido que o tumor era benigno. Como, alias, se confirmou na biopsia pedida pelo Dr. Diogo Lins, o neurocirurgião que me operou.

Mas Cláudia fez questão absoluta de ficar para acompanhar de perto a cirurgia do pai aqui presente.

E aí se instalou a bagunça na residência da família Amaral, na Aclimação.

E com a bagunça, veio também a alegria.

A alegria, a felicidade, o alto astral.

A correria, as roupas espalhadas pelo escritório – que acabou virando quarto de dormir dos três, graças à generosidade do titio-padrinho Flávio, o nosso caçula.

Além do escritório, a bagunça toma conta também da nossa sala, onde tem roupas e brinquedos por todos os cantos.

Tem também alegria, muita alegria.

Tem ainda móveis e utensílios novos, que vieram do apartamento de Cláudia e Márcio, Beatriz e Murilo.

Hoje, só quem está aqui sabe a alegria que é conviver 24 horas por dia com os três.

Ou melhor: 24 horas por dia é modo de dizer, porque pelo menos ao longo de 6 a 8 horas da madrugada eles dormem profundamente.

Eles, no caso, são Beatriz e Murilo, uma vez que mamãe Cláudia não tem sossego. Nem mesmo quando eles estão dormindo.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?


(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.


11/8/2011 20:03:20

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