Por quê? (252) Carta aberta às Amigas e aos Amigos do Brasil


Caminhar em torno do lago de Ashburn Village é inesquecível


Cláudio Amaral

Estou cheio de novidades para contar a todos vocês, minhas Amigas e meus Amigos do Brasil.

Só faço isso agora porque passei 15 dias (desde 19 de setembro de 2011) criando coragem para escrever a vocês sem passar a imagem de “baba ovo” dos moradores daqui onde estamos, Sueli e eu (Ashburn Village, Virginia, Estados Unidos), como hospedes do genro Márcio Gouvêa e da filha Cláudia, que hospedam também a Bisa Cida (mãe da Sueli).

Sei que muitos de vocês estão carecas (e eu não estou mais, porque meus cabelos cresceram um pouquinho desde que aqui cheguei) de vir aos Estados Unidos e de ver o que eu só estou vendo agora. Afinal, não vinha ao Hemisfério Norte há mais de 20 anos e na última vez, para compras de Natal, fiquei quase o tempo todo em Nova Iorque.

Portanto, muito do que vou aqui relatar não é mais novidade para vocês.

Mas para mim é e eu gostei da maioria das coisas que vi por aqui (eu só, não: todos nós que estamos há pouco tempo em Ashburn Village em função da transferência de Márcio Gouvêa pela Nextel do Brasil para a www.nii.com dos Estados Unidos, com sede em Reston).

Em princípio, gostaria de me entregar. Isso mesmo. Como? Contando duas gafes que cometi logo ao chegar aqui:

1) Fui o primeiro a descer do veículo com o qual o genro foi nos buscar no Aeroporto Washington Dulles e gritei: “Ô de casa”. Foi o bastante para ele me advertir: “Sogrão, aqui ninguém grita assim, não”.

2) Um tempo depois que estava instalado – e muito bem – na residência da Downington Court, em Ashburn Village, eu comecei a abrir as portas para renovar o ar da casa. Achava que estava quente demais para o meu gosto. E só então soube que aqui não se faz isso, porque todas têm circulação de ar e precisam estar bem fechadas.

Tirando isso, tudo o mais é só alegria.

Márcio me dizia, pessoalmente e por telefone ou Skype: “Sogrão, você vai pirar quando chegar aqui”. Eu acreditei, como acredito em quase tudo o que ele me fala, mas preferi pagar para ver. E estou pagando.

Caminhar em torno do lago de Ashburn Village, por exemplo, é muito agradável. E eu tenho feito isso todos os dias. Com plantas verdes por todos os lados. E flores coloridas aos montes.

O tráfego de veículos por aqui é completamente diferente do que vemos no Brasil. Especialmente nas nossas grandes cidades brasileiras.

As leis de trânsito aqui são claras, bem diferentes do Brasil e rigorosamente respeitadas.

Aqui quase não se vê carro médio e pequeno. Quase todos os carros são carrões. Márcio me explicou que a principal razão é o preço, porque aqui não se paga os impostos que somos obrigados a pagar no Brasil.

Fiquei surpreso, também – mais que isso: de boca aberta – quando vi motoristas falando ao telefone enquanto dirigiam. Perguntei e me explicaram: a lei permite. A razão é simples, segundo os nativos: os carros são automáticos. Todos. Sem exceção.

Entretanto, se um de vocês perguntar se eu gostei de tudo que tenho visto, vou dizer que não.

Vi vias públicas limpas e muito bem conservadas, gente educada por todos os lugares que andei (aqui é costume cumprimentar as pessoas que passam por você, conhecidas ou não), boa vontade para com aqueles (como Márcio, minha filha Cláudia e meus netos Beatriz e Murilo) que estão chegando agora... e muito mais.

Mas não gostei do comportamento dos fumantes. E toda vez que reclamei, Sueli me disse que “fumante é fumante em qualquer parte do mundo”. Tudo bem, eu disse a ela, mas fumar e jogar a bituca no chão, por todos os lugares, é demais. Muito demais. É muita falta de educação.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

(*) Cláudio Amaral clamaral@uol.com.br é jornalista desde 1º de maio de 1968.

5/10/2011 19:20:20 (atualizado às 19:43:10 de 10/10/2011)

Comentários

André Rodrigues disse…
Claudio, amigo. Coisa boa é poder curtir uns dias com a família, hein? Deus abençoe vcs todos.
Cláudio Amaral disse…
Deus abençoes voce também, Amigo André Rodrigues. A você e a todos os seus, em casa e no trabalho. Esteja certo de que estamos curtindo nossos 58 dias de Estados Unidos. Até dezembro.
Querido amigo, tao bom ver seu entusiasmo narrando os fatos que acontecem nesta linda cidade! Adorei as suas novidades! Fique com Deus!
Cláudio Amaral disse…
Vânia, bom dia.
Fique com Deus você, também. E todos os seus.
Até breve.
Cláudio Amaral (desde Ashburn Village)

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