Por quê? (120) Dias difíceis


Cláudio Amaral


Tem dia que é difícil.

Mais difícil do que o mais difícil dos dias.

Pior: às vezes, os dias, sucessivamente, são difíceis.

Comigo, pelo menos, é assim.

E com você, caro e-leitor?

Você já teve uma seqüência de dias difíceis?

O sábado, o domingo e a segunda-feira, por exemplo?

Cada um mais difícil do que o outro?

E o que você fez ou faz, geralmente, diante das dificuldades?

Você é como eu, que vai a busca das razões, dos motivos, das origens de uma seqüência de dias difíceis?

Ou não?

Tem gente, caro e-leitor, que, diante das dificuldades, faz como a avestruz: enfia a cabeça num buraco.

Outros, entram em depressão e se escondem no silêncio da solidão, no escuro do quarto, no calor da cama.

Quem não tem alternativa, mete a cara no trabalho, porque as contas não param de chegar e, diante delas, é preciso trabalhar e pagar.

Por falar em meter a..., você já teve vontade de meter foi a mão na cara de alguém que estava lhe criando dificuldades sem motivo aparente? Não, certamente, porque ser humano civilizado não faz isso. Ou faz?

Certamente, você encontrou uma alternativa mais digna, como, por exemplo, o consolo das palavras do Senhor e o apoio das pessoas mais próximas, mais amigas, amadas.

Mesmo assim, prezado e-leitor, você teve um aceso de raiva e explodiu?

Comigo já aconteceu. Felizmente, foi uma explosão verbal. Violenta, mas verbal. Furiosa, sim, mas verbal.

Você sabia, caro e-leitor, que essa é uma situação típica de quem está infeliz, não agüenta mais fazer – ou tentar fazer – aquilo que não está no sangue, na alma, no coração?

Mas, não se preocupe desnecessariamente, porque o tempo passa e a calma..., a calma volta, lenta e calmamente.

Aparentemente, talvez, mas a calma volta.

Quando? Boa pergunta.

Só Deus sabe, só Ele é Senhor da questão, da razão e da vida.

Ainda bem que temos Ele.

Ainda bem que podemos nos amparar Nele e nos ensinamentos do filho Dele.

Ainda bem que a família e os amigos estão do nosso lado.

Mesmo que eles não possam fazer muito.

O pouco, no caso, representa muito.

De resto, meu caro, fica a fé inabalável na vida, nas nossas forças, na saúde, no amor que temos e que têm por nós.

Como disse o poeta Chico Buarque de Holanda, “apesar de você, amanhã há de ser um novo dia”.

E se não for... “o que será que será...?”

Será como for, com raiva ou amor, com fé ou rancor, com lágrima ou suor, com paz ou com dor, com espinho ou com flor, mas será. Sempre será.

Por quê?

Ah... e você ainda pergunta por que, caro e-leitor?

26/8/2008 12:09:18

Comentários

Anônimo disse…
Adoro seus textos, Claudim!!!
Continue sempre. Não desanima, não. Lendo este texto, lembro que tentei desanimar de um monte de coisas esses dias, mas não foi muito legal, não... hehehee...

Abraço grande...
Maurício Rezende
Cláudio Amaral disse…
Eu, Cláudio Amaral, jamais entregarei os pontos, Mauricim. E é exatamente para não esmorecer, não desanimar, não, não, não... que eu escrevo.
Grande e forte abraço.
Saudações francanas.
Saudações corintianas.
Cláudio Amaral

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